Bips
Speedy leeerdo - Por conta
da falta de gente especializada (a Telefônica despediu boa parte
do pessoal que detinha a base de conhecimentos da Telesp, ao assumir o
controle dessa empresa) e da forma atabalhoada com que passou a implantar
a nova tecnologia de acesso à Internet em banda larga, a operadora
de telefonia consegue a proeza de ter usuários bastante satisfeitos
com o Speedy em paralelo com parcela considerável daqueles que têm
ganas de atirar o modem pela janela.
Uns tiveram a sorte de ter como instaladores
pessoas que conhecem do assunto. Outros caíram nas mãos de
funcionários que conhecem apenas superficialmente o produto e fazem
instalações erradas. Para complementar, não há
uma bateria de testes que cubra os principais pontos de falha na instalação,
então o usuário que se vire - ainda mais que sempre dá
para dizer aos mais inexperientes que a culpa é do computador do
usuário.
O editor de Novo Milênio
teve a oportunidade de acompanhar um desses atendimentos, em um importante
escritório de advocacia de Santos. Ali, a conexão ao Speedy
era lenta e instável: como exemplo, a página principal do
portal Terra (pertencente à Telefônica, responsável
pelo Speedy), em diversas chamadas era dada como inexistente ou indisponível.
Chamado o técnico, a conexão foi testada por uns 40 minutos,
sem falha. Quando o técnico da Telefônica se preparava para
ir embora, enfim a falha ocorreu.
Sorte do usuário: como a falha
congela o sistema para o assinante, o técnico teve a oportunidade
de contatar a central do Speedy na capital paulista para que verificasse
o estado da conexão. Foi descoberto o erro: um parâmetro de
configuração nos roteadores estava errado, e o erro só
podia ser descoberto quando determinado conjunto de situações
ocorresse, acionando tal parâmetro.
Como esse, há muitos outros
parâmetros afetando as instalações de outros assinantes,
que por falta de uma política de qualidade e testes por parte da
Telefônica ficarão dependendo da "sorte" do usuário
em ter um técnico da empresa verificando o sistema no momento em
que o defeito se caracterizar.
Cláusulas - A propósito,
os assinantes insatisfeitos já estão se reunindo, formando
grupos e sites de protesto e até mesmo contratando advogados para
questionar as cláusulas do contrato de adesão e a própria
prestação do serviço.
Um dos pontos controversos é
a exigência de o usuário contratar (e pagar) um provedor de
acesso, sob ameaça de cancelamento do acesso (não consta
nos contratos do serviço, pelo menos nos iniciais, e o fato é
que o Speedy já é em si um acesso à Internet, não
havendo necessidade técnica de se contratar um provedor intermediário).
Também é questionada
a cláusula que garante ao assinante apenas 10% da largura de banda
contratada. Ou seja, quem contrata acesso de 256 Kbps só tem garantia
de 25,6 Kbps, metade do que obtém com um modem padrão de
mercado para acesso discado. A cláusula é considerada abusiva,
ainda mais num contrato de adesão que o usuário não
tem como negociar, mesmo porque o contrato costuma seguir semanas depois
pelo correio. Como se esperava que a Telefônica oferecesse bem mais
que o mínimo e isso geralmente não ocorre, tem muita gente
querendo (e com razão!) pagar apenas 10% do valor contratado...
Tênis ou carro? - "Do
pára-choque à traseira, o novo tênis da Adidas lembra
em tudo
o veículo alemão. Para desenvolvê-lo, os designers
da Audi usaram a mesma técnica de fabricação do carro,
de dentro para fora, e com 32 moldes em argila", refere-se a divulgação
da própria empresa no lançamento do tênis Audi TT,
aliás, Kobetwo (Audi TT é o nome do carro...), lembrando
que normalmente são usados apenas quatro moldes. E você não
leu errado, os designers são os mesmos que desenvolveram
o projeto do carro. O nome Kobetwo é uma homenagem ao astro do basquete
da liga norte-americana NBA, Kobe Bryant, também o mais jovem jogador
a ingressar nessa liga: o tênis foi projetado para máxima
performance dos usuários em quadras de basquete.
Vale a descrição do
produto: "Como o Audi TT, o Kobetwo possui linhas contínuas e superfícies
limpas. A parte da frente do calçado é baseada no design
da grade do radiador, enquanto o pára-choque frontal do carro e
a área junto ao calcanhar também
são bem parecidos com a traseira do Audi TT. O cabedal é
revestido em couro sintético resistente, com um visual levemente
metalizado, lembrando a pintura do automóvel. A entressola do Kobetwo
fica escondida na parte interna do calçado e a cobertura do cadarço
com fecho de zíper contribuem com seu desenho minimalista, com poucas
emendas e costuras. O solado tem desenho que garante tração
máxima e ainda traz a tecnologia Torsion - sistema que mantém
o movimento natural dos pés, o que reduz o risco de lesões
e garante estabilidade e suporte." |