Embora esteja previsto que a circulação plena do Euro nos países europeus só se dará em fins de 2003, a partir de 14/12/2001 a população desse continente começou a receber os primeiros conjuntos de moedas euro, e desde 1999 o Euro já é usado em transações bancárias internacionais, como valor de referência. A partir do primeiro dia de 2002, a nova unidade monetária ganha status de moeda circulante. Na Internet, já há diversos sites com explicações detalhadas em diferentes idiomas (inclusive em português) sobre o Euro, seu símbolo, os critérios de conversão etc. 

Pelas convenções internacionais (padrão ISO-4217 de classificação alfabética e numérica) o euro é classificado com os códigos de moeda [EUR 978]. Com sua entrada em circulação em 1/1/2002, doze moedas européias saem do meio circulante (até 1/7/2002): marco alemão (German Mark [DEM 276]), guilda ou florim holandês (Dutch Guilder [NLG 528]), punt ou libra irlandesa (Irish Punt [IEP 372]), franco francês (French Franc [FRF 250]), xelim austríaco (Austrian Schilling [ATS 040]), franco belga (Belgian Franc [BEF 056]), marca finlandesa (Finnish Markka [FIM 246]), dracma grego (Greek Drachma [GRD 300]), lira italiana (Italian Lira[ITL 380]), franco luxemburguês (Luxembourg Franc [LUF 442]), escudo português (Portuguese Escudo [PTE 620]), e peseta espanhola (Spanish Peseta [ESP 724]).

O uso é simples: clique na bandeira do país com que deseja estabelecer a conversão. A moeda correspondente surgirá no quadro abaixo do símbolo do euro. Clique no euro ou nessa moeda para escolher em que expressão monetária quer inserir a quantia (a seta vermelha muda de mostrador acompanhando a escolha). Clique nos botões da calculadora para indicar a quantia, use a vírgula para separar os centavos e o botão "C" para limpar (clean) os valores.

Dracma: o fim - Uma das moedas mais antigas do mundo ainda em circulação, o dracma grego é uma das que deixa de circular em 2002. Segundo a página Web catalã Dracma, os primeiros dracmas circularam no século III aC em Emporion, a colônia grega de Sant Martí d'Empúries. Essas moedas eram bastante influenciadas pelas moedas cartaginesas da ilha de Sicília, que tinham grande prestígio no mundo mediterrâneo. O anverso dos dracmas de Empúries tinha o busto da deusa grega Perséfone, filha de Demeter e de Zeus. No reverso, tinha o cavalo alado Pégaso e a inscrição Emporiton em alfabeto grego.

Ao final da segunda guerra púnica, Iltirta (Lleida) cunha dracmas de prata que seguem o mesmo modelo, tendo no anverso a cabeça da deusa Perséfone e do outro lado o Pégaso sobre uma inscrição em alfabeto ibérico. As moedas recebem  as inscrições Iltirtar, Iltirtasalir ou Iltirtasalurstin. Um pequeno símbolo sob as patas do cavalo funciona como indicativo da cidade emissora da moeda.

No século IV aC, em Massália (atual Marselha), que então era uma colônia grega, cunhou pequenas moedas de prata denominadas hemióbolos. No anverso, a cabeça do deus Apolo e no reverso a roda do tempo. No quadrantge superior da roda do tempo constavam as letras gregas M i A, invertidas (de ponta-cabeça) e no sentido anti-horário, indicando o nome da cidade emissora. Uma dúzia dessas pequenas moedas valiam um dracma, e portanto os hemióbolos tinham de pesar doze vezes menos, já que as moedas antigas não eram fiduciárias (isto é, não eram consideradas confiando-se no valor inscrito); seu valor era determinado pelo peso do metal

O escritor grego Aristófanes, na obra Les abelles, comenta que os gregos quando iam ao mercado guardavam tais moedas sob a língua para não perdê-las. Tais moedas também foram imitadas em Iltirta, de forma pouco acurada, com a substituição das letras gregas M i A por símbolos ibéricos. No século II aC, começam as emissões de moeda de bronze e, quando o poder romano se consolida em terras catalãs, Iltirta passa a cunhar moedas de prata e de bronze.