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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/05/01 21:06:06
Feliz ano novo para a propaganda brasileira 

Saint’ Clair de Vasconcelos (*)
Colaborador

2001 não foi exatamente o ano dos sonhos da indústria da propaganda. Acontecimentos atípicos, como a desvalorização do real frente ao dólar, a crise argentina, o apagão e, por fim, os atentados terroristas, trouxeram reflexos Saint’ Clair de Vasconcelosnegativos para o negócio, assim como para toda a economia brasileira. 

O mercado, porém, demonstrou união para combater as dificuldades. Sua maturidade ficou patente na campanha "Não Existem Grandes Empresas Sem Grandes Marcas", liderada pela Associação Brasileira das Agências de Propaganda e da qual participaram entidades fortes como a Associação Brasileira das Emissoras de Rádio e TV, Associação Nacional de Jornais, Associação Nacional de Editores de Revistas, Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura, Federação Nacional das Agências de Propaganda e a Central de Outdoor. 

Foi por aí que a indústria da propaganda deu uma lição a todos ao enfrentar os problemas com ação e idéias, em vez de ficar na lamentação. Arregaçando as mangas e encarando a crise de frente, plantamos sementes importantes para dias melhores. 

Hoje, felizmente, olhamos para o futuro com otimismo. Trabalhamos com a certeza de que 2002 será um ano de colheita. Nós, publicitários, somos otimistas até por dever de ofício, é verdade. Desta vez, no entanto, podemos falar em boas perspectivas analisando friamente a conjuntura. 
 

Imagens da campanha 'Não Existem Grandes Empresas Sem Grandes Marcas' Imagens da campanha 'Não Existem Grandes Empresas Sem Grandes Marcas'

Em 2002, a crise financeira da Argentina certamente terá solução e o apagão deverá ser melhor contornado. Os maciços investimentos do governo norte-americano em sua economia, para amenizar os impactos dos atentados, também terão reflexo positivo na economia mundial e, em particular, no Brasil. 

Outro fator relevante para estimular o negócio é o posicionamento forte do Governo Federal contra as barreiras alfandegárias. Ao combater o protecionismo americano contra o aço brasileiro e o protecionismo europeu contra nossos produtos agrícolas, o País abre novos horizontes para a macroeconomia. A possibilidade do crescimento das exportações e os dividendos que daí advirão podem se refletir em bons negócios para a indústria da propaganda. 

Imagens da campanha 'Não Existem Grandes Empresas Sem Grandes Marcas'
2002 - O próximo ano conta ainda com um calendário extremamente interessante para a sociedade brasileira e, particularmente para nós, publicitários. As eleições para presidente, governadores, para Câmara, Senado e assembléias estaduais, além da Copa do Mundo, vão estimular os investimentos em comunicação. Todos esses pontos, aliados com a perspectiva da diminuição da taxa de juros internos, deixam-nos bastante animados.

Também trabalhamos com a perspectiva de realizar bons negócios na área das telecomunicações. O setor sofrerá a maior abertura de sua história e a disputa pelas empresas-espelho da telefonia, pelas novas companhias de celulares, certamente trará injeção de recursos para a Propaganda. O mesmo vale para a área da energia elétrica, que ficará bastante interessante com a abertura de mercado e o acirramento da concorrência. 

A situação é promissora até em termos institucionais. O Brasil seguirá sediando importantes eventos de qualidade, como o Maximídia, o que é interessantíssimo para toda a cadeia da Comunicação. A consolidação do Conselho Executivo das Normas-Padrão (CENP) e o ferramental de serviços e pesquisas que ele coloca à disposição das pequenas e médias agências está criando a possibilidade da propaganda crescer e ampliar sua base de anunciantes. 
 

Imagens da campanha 'Não Existem Grandes Empresas Sem Grandes Marcas' Imagens da campanha 'Não Existem Grandes Empresas Sem Grandes Marcas'

O Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo, por sua vez, prosseguirá com as ações para fortalecer o negócio. Em 2002, continuaremos promovendo cursos e treinamentos, por todo o Estado de São Paulo, com o objetivo de qualificar os serviços das agências, torná-las mais fortes, rentáveis, e para fornecer-lhes instrumentos capazes de fidelizar a base de clientes e multiplicá-la. 

Existe, enfim, uma conjunção de fatores que nos levam a aguardar ansiosamente a chegada de 2002, para estourar um champanhe e festejar um feliz ano novo para a propaganda do Brasil.

(*) Saint’ Clair de Vasconcelos é presidente do Sindicato das Agências de Propaganda do Estado de São Paulo e diretor da Contexto Propaganda.