Bips
Congresso - Bem a propósito
esta charge animada, de autor identificado como Mariano, do Rio
de Janeiro, que chegou a Novo Milênio repassada pelo internauta
Sérgio Struffaldi, em 26/11/2001. Para quem achar imerecida a homenagem
aos políticos nacionais, é bom lembrar que a atual Constituição
data de 1988, e em treze anos não
houve tempo para os congressistas votarem os regulamentos requeridos,
como o do artigo 192, que regula a cobrança de juros em no máximo
12% ao ano, não capitalizáveis (isto é, incorporados
ao montante da dívida principal, caso em que temos juros sobre juros),
pelas instituições financeiras.
Recado aos hoteleiros - "Se
você projeta hotéis, lembre-se de que há pessoas que
trabalham em trânsito, usam a Internet e não são circenses.
Faço meu número de contorcionismo todas as vezes que preciso
ligar o modem em uma inacessível tomada de telefone atrás
da cama, e a corrente na tomada da TV ou do frigobar na parede oposta.
Aí começa meu número de equilibrista para manter meu
notebook
estável sobre uma pilha de travesseiros em algum lugar entre uma
tomada e a outra. Não custa nada colocar ambas as tomadas sobre
a escrivaninha do apartamento".
O recado é de Mário
Persona, articulista de inúmeros jornais e revistas e realizador
de palestras em empresas de todo o Brasil. Quando é que os serviços
de hotelaria vão se adaptar à Era da Informação?
Natal digital - Telefones
celulares e aparelhos reprodutores de DVD devem liderar as vendas natalinas
de 2001, na opinião dos fabricantes e varejistas. É o resultado
da soma de novidades tecnológicas com preço bastante reduzido
em relação aos anos anteriores. O aparelho de DVD, que custou
R$ 2.000,00 em 1999 e R$ 1.000,00 em 2000, pode ser encontrado nas lojas
por R$ 500,00. Ou melhor, R$ 499,00...
E, se as vendas natalinas em geral
estão acima do esperado, a grande surpresa virá logo após
o Carnaval, quando as lojas pretenderem receber as primeiras prestações
dos financiamentos. Afinal, a situação econômica brasileira
é tal que, na definição de um empresário, as
companhias estão esperando as compras extras efetuadas com o 13º
salário para pagar aos funcionários o 13º salário...
Bombas solares - Crise de
energia dá nisso. No Rio de Janeiro, bombas de combustível
fóssil (gasolina, diesel) estão sendo movidas a energia...
solar. A primeira bomba de combustível sem eletricidade, da Siemens,
foi instalada pela BR Distribuidora em um posto da zona Norte do Rio de
Janeiro, com investimento de R$ 28 mil (sendo R$ 16 mil na bomba, apenas
R$ 300,00 mais que custaria uma bomba elétrica convencional).
Outras 16 bombas inéditas
na América do Sul (o modelo do projeto é espanhol, foi desenvolvido
pela British Petroleum), serão instaladas em sete estados brasileiros
até 2003. Buguinho, nosso consultor de plantão para assuntos
aleatórios, antevê o dia em que o combustível será
de origem solar. Nesse dia, talvez a bomba é que passe a ser movida
a gasolina...
Carro a ar - Enquanto as bombas
passam a usar energia solar, está sendo apresentado aos investidores
o projeto do carro movido a ar... comprimido. A tecnologia é parecida
com a dos carros atuais, apenas em vez da explosão da gasolina ocorre
a liberação do ar sob pressão, fazendo girar a engrenagem
do motor. Está na Internet,
confiram. Mas ignorem aquela história de tal carro não poluir.
Na verdade, a fonte de poluição seria apenas transferida
das cidades para o local onde fossem instalados os equipamentos de compressão
do ar, que teriam sua cota de poluição.
C&A - A rede de lojas
C&A está colhendo bons resultados na Internet. Inaugurado em
2000, seu site responde por uns 10% do volume total de vendas, recebendo
360 mil visitantes/mês, com o detalhe que 76% são mulheres
entre 18 e 25anos de idade - perfil bem diferente da média dos internautas
brasileiros, geralmente homens na faixa dos 35 anos. E metade das compras
no site procedem de cidades onde não há uma loja dessa rede.
Fim da Compaq - A Compaq Computer
dura até 6/2002, diz o presidente da HP Brasil,
Carlos Ribeiro, que comandará a fusão das duas companhias
no país. Para ele, a decisão sobre o fechamento da Compaq
- que, curiosamente, tem registrada a logomarca "Compaq NonStop"... -
será tomada pela diretora executiva da HP, Carly Fiorina, e pelo
executivo-chefe da Compaq, Michael Capellas. A união vem sendo analisada
pelo órgão regulador de fusões e aquisições
nos EUA, a Security & Exchange Commission. As duas empresas atuam no
mesmo nicho de mercado, sendo que a Compaq registrou faturamento de US$
1,2 bilhão de dólares em 2000, contra US$ 854 milhões
da HP.
Exatidão - Informa
o presidente da República que, em suas mensagens à comunidade
internacional, passa a assinar "Em nome de quase todos os brasileiros"
ou "Em nome da metade, mais ou menos", se o tema envolver a sucessão
presidencial, mesmo que indiretamente, como noticiou o site Artlink.
Talvez fosse melhor assumir de vez números mais condizentes com
sua popularidade e assinar apenas "Em nome de Fernando Henrique Cardoso".
E olhe lá.
E, nesse ponto, o público
externo já anda concordando com o eleitorado. Logo após o
atentado de 11/9/2001, quando o presidente foi à embaixada dos EUA
prestar solidariedade ao povo norte-americano, foi "recebido" por um funcionário
de terceiro escalão, e ainda teve o vexame de ver sua equipe passar
por revista completa, bem ao estilo de ladrão de galinha em delegacia
de subúrbio. Depois, em visita à Casa Branca, teve a afronta
de se ver largado no jardim pelo presidente G.Washington Bush, que se retirou
logo após os jornalistas registrarem a foto oficial do encontro.
Para que se possa avaliar como anda
a popularidade do supremo mandatário nacional, foi este o texto
da crônica então publicada na imprensa por Sebastião
Nery:
Fernando Henrique
com o pé na senzala
Sebastião
Nery
BRASÍLIA
- Esta é uma história absolutamente verdadeira, embora pareça
absolutamente impossível e seja absolutamente impensável.
Fernando Henrique e o ministro Celso Lafer, das Relações
Exteriores, foram anteontem à embaixada norte-americana, aqui em
Brasília, com toda a corte palaciana, prestar solidariedade aos
Estados Unidos pela tragédia das duas torres.
Chegaram, o
embaixador não estava. Só o encarregado de negócios.
Fernando Henrique foi o único autorizado a entrar, sem ser apalpado.
Os outros, a começar pelo ministro Celso Lafer, entraram em um corredor
polonês de delegacia de subúrbio, humilhante e vexaminoso.
Os carros,
todos, foram vistoriados, os capôs levantados, porta-malas vasculhados.
Começando com o judaico e barbichado ministro Lafer, mal saíam
dos carros, um a um eram pegados, vistoriados, apalpados, massageados.
Tomaram os celulares, destarracharam as canetas, confiscaram os chaveiros.
Procuravam bomba em cada pedacinho de metal. Mal dispensaram os pivôs.
Bomba na
cueca - Os poucos que foram liberados para entrar, quando chegaram
lá dentro, encontraram Fernando Henrique de pé, a seu lado
o ministro Lafer também de pé, e um funcionário da
embaixada dizendo alto, agressivo, atrevido:
- Ninguém
senta.
Deviam estar
com medo de que alguém carregasse uma bomba na bunda. Fernando Henrique
e Celso Lafer aceitaram cabisbaixos a humilhação, entregaram
a mensagem que tinham levado e foram embora. Fernando Henrique, quando
tomou posse, disse que tem o pé na cozinha. Nada disso. Os vassalos
têm o pé na senzala. Que presidentezinho fantoche fomos arranjar!
Ele tem a síndrome do vassalo.
Impostores
ou talibãs - Fernando Henrique, Pedro Malan e a tucanagem sempre
disseram que a globalização é que impõe a miserável
política econômica e financeria do neoliberalismo colonizador.
Agora, a verdade escancarou. Ou eles são impostores ou talibãs.
Terrorismo econômico é isso aí.
Os juros no
mundo inteiro estão baixando. No Brasil continuam lá no último
andar das torres da agiotagem internacional. O dólar no mundo inteiro
está caindo. No Brasil, sobe cada dia. Logo vai chegar a R$ 3.
O presidente
do Banco Central americano disse que os Estados Unidos vão segurar
o dinheiro até a guerra passar. No Brasil, o Banco Central despeja
todo dia centenas de milhões de dólares, os últimos
das reservas internacionais do País, para encher a mamadeira dos
banqueiros, patrões deles. Não são talibãs.
São impostores mesmo.
(...) |
|