Microsoft fecha acordo com governo
dos EUA
A Microsoft
Corporation anunciou em 2/11/2001 ter firmado acordo com o governo
dos Estados Unidos, concluindo um processo de três anos em que a
empresa é acusada de exercer monopólio. O acordo ainda deverá
passar pela aprovação da juíza
federal encarregada do caso, que poderá impor restrições
e regulamentações à Microsoft por um período
de cinco anos, quanto ao seu processo de desenvolvimento e licenciamento
de programas, sua interação com as demais empresas de tecnologia
e com parceiros e concorrentes.
Segundo Bill Gates, titular e chefe
de arquitetura de programas da Microsoft, o acordo é justo e razoável,
e vai ao encontro dos interesses de consumidores e da própria economia.
“Apesar da imposição de normas e restrições
bastante severas à nossa empresa, acreditamos que a resolução
desse caso, nesse momento, seja a medida mais adequada a ser tomada perante
nossos consumidores, para todo o mercado de tecnologia e para a economia.”
“Queremos que esse acordo seja bem-sucedido
e temos o firme propósito de continuar oferecendo importantes inovações
que contribuam para revitalizar a economia e melhorar a qualidade de vida
das pessoas”, prosseguiu Bill Gates: “Há inúmeros desafios
e oportunidades para nosso segmento de mercado, para nosso país
e para a economia global, e esse acordo permitirá à Microsoft
voltar a se concentrar no futuro.”
O acordo, que envolveu o mediador
Eric Green, indicado pela própria justiça federal, resulta
de intensas negociações ocorridas nas semanas anteriores.
Embora o Departamento de Justiça e a Microsoft tenham chegado a
esse acordo, os 18 estados envolvidos no processo ainda não decidiram
se referendarão a decisão.
Steve Ballmer, diretor executivo
da Microsoft, aprovou a participação do mediador, considerando-a
decisiva no atendimento das reivindicações do governo norte-americano.
“A decisão permite que possamos dar continuidade às nossas
inovações e transcender as atuais fronteiras da tecnologia”.
E conclui: “Esperamos que, após uma criteriosa análise dos
termos fechados com o Governo Federal, os respectivos estados decidam também
aderir ao presente acordo.”
Faturamento - A empresa anunciou
o faturamento de US$ 6,13 bilhões para o trimestre encerrado em
30/9/2001, representando um aumento de 6% sobre os US$ 5,77 bilhões
registrados no mesmo período de 2000. O lucro operacional totalizou
US$ 2,90 bilhões, valor superior aos US$ 2,78 bilhões registrados
no trimestre encerrado em 9/2000.
O lucro líquido do trimestre
foi de US$ 1,28 bilhão, incluindo um total de US$ 1,24 bilhão
de gastos reportados em perdas decorrentes de investimentos em ações,
principalmente das indústrias de telecomunicações
e cabo. Esta despesa está registrada na linha de perdas de investimentos
de US$ 980 milhões desse trimestre. |