Brasil Escolar amplia espaços
em São Paulo
Conhecer
os novos produtos, avaliar seus propósitos e comprovar suas qualidades
- esta é a proposta do Espaço Didático Brasil Escolar,
que acontece na Escolar 2001 – 15ª Feira Internacional de Produtos
para Escola, Papelaria, Escritório e Informática, de 2 a
5/10/2001, das 13 às 21 horas, em 25 mil m² do Pavilhão
de Exposições do Anhembi, na capital paulista. Com 440 expositores
(inclusive 22 procedentes de países como EUA, Alemanha, Argentina,
Coréia, Índia, Indonésia, Inglaterra, Itália
e Turquia), a mostra é restrita a profissionais do setor, que podem
obter mais informações pelo telefone (0**11) 4191.8188.
Algumas grandes empresas do setor
participam do evento: Acrilex, Bic, Brinquedos Bandeirantes, Caderbrás,
Credeal, Faber Castell, Grotaferrata, Helios Carbex, Henkel Loctite, Jubilee
Brasil, Mercur, Pelikan, Pilot Pen, Pimaco, Pincéis Tigre, Redfax,
Report, Ripasa, Souza Reis, Termolar, Tilibra, Votorantim e Xalingo. Em
termos de participação, a Brasil Escolar está assim
dividida: Centro-Oeste – 5,83%; Norte – 7,69%; Nordeste – 15,16%; Sul –
18, 64%; Sudeste – 52,68%. O evento é patrocinado pela Associação
Brasileira da Indústria Gráfica (Abigraf), com apoio do Sindicato
do Comércio Varejista de Materiais de Escritório e Papelaria
de São Paulo e Região (Simpa).
É o terceiro ano consecutivo
em que esse espaço didático é organizado, em parceria
entre a Francal Feiras e Empreendimentos (organizadora e promotora da feira)
e a Associação Brasil Escolar – entidade que desenvolve e
apóia pequenas papelarias. Trata-se de um grande salão de
vendas ao varejo, dentro da feira, onde diretores de colégio, professores,
orientadores pedagógicos e lojistas presentes ao evento podem comprar,
em pequenas quantidades, alguns lançamentos em produtos para o setor.
O salão, em princípio
destinado aos professores e orientadores educacionais (que influem decisivamente
na escolha do material a ser adotado no ano letivo seguinte), ganhou a
simpatia dos lojistas, que viram nesta iniciativa uma oportunidade de comprar
um grande mix de produtos, em especial os lançamentos, para, num
segundo momento, decidir sua compra comercial em conjunto com sócios
e funcionários. Assim, em 2000, praticamente todo o estoque – cerca
de 20 toneladas de material escolar - foi comercializado em apenas 4 dias.
Associação - A
Brasil Escolar existe desde setembro de 1990. Começou com 37 empresários
de papelarias que, na época, eram consignatários da Fundação
de Assistência ao Estudante (FAE). Eles criaram a Brasil Escolar,
pois previam ou imaginavam que a FAE terminaria e que o mercado ficaria
mais competitivo e, caso não se unissem, dificilmente conseguiriam
sobreviver junto aos “grandes” – que compram em quantidade.
A entidade surgiu com o propósito
de fornecer ao estudante brasileiro materiais escolares e didáticos
a preços módicos, como forma de ajuda na educação.
Para que isso ocorresse, foi necessário criar uma central de compras
para barganhar melhores preços e condições junto aos
fornecedores. “É o que fazemos atualmente com os nossos 540 associados,
nos 26 estados da Federação. Juntamos nossas necessidades
de compras e vamos negociar com fornecedores. As vantagens são várias,
entre as quais: preços mais baixos, pequenos lotes por faturamento,
entregas rápidas etc.”, afirma Nilmar Paul, gerente operacional
da Brasil Escolar.
Desta forma, as pequenas e médias
papelarias conseguem preços que as tornam competitivas com as grandes.
Hoje, consultores do setor estimam
a existência de cerca de 25 mil pontos de venda de artigos escolares,
material de escritórios e bazares, entre pequenos, médios
e grandes. “Nota-se que, no interior, o lojista mescla em seu comércio
magazine, bazar, armarinho e loja de brinquedos, adquirindo grande variedade
de itens. Já nos grandes centros ocorre o contrário - a especialização
em determinado produto –, pois assim ele é conhecido e consegue
sobreviver”, observa Nilmar.
De acordo com dados da Brasil Escolar,
os estados mais significativos em vendas de material escolar são
aqueles onde ocorre maior concentração demográfica:
São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul e Rio
de Janeiro. O faturamento dos 540 associados da Brasil Escolar foi de R$
400 milhões em 2000 e o crescimento esperado em 2001 deve ficar
em torno de 17,6%, levando-se em conta o aumento de faturamento e o aumento
vegetativo (novos associados no ano de 2001).
Ainda de acordo com estimativas e
experiências de vendas da Brasil Escolar, o brasileiro consome em
material escolar na escola pública, sem incluir os livros didáticos,
de R$ 18,00 a R$ 23,00 nas 1ª a 4ª séries primárias
e de R$ 27,00 a R$ 35,00 nas 5ª a 8ª séries primárias.
Segundo dados da Abigraf, o Brasil
produziu, em 2000, cerca de 120 mil toneladas de cadernos, produção
que foi praticamente toda vendida. E, como o período escolar no
Hemisfério Norte é invertido em relação ao
brasileiro, as exportações se concentram no primeiro semestre.
Em 2001, o período registrou o equivalente a US$ 18,4 milhões
em vendas para o exterior, principalmente para América Latina, EUA
e África. Na classificação das maiores exportadoras
estão Tilibra, Jandaia e Caderbrás, empresas que inclusive
participam de feiras do segmento no exterior. Na Escolar 2001, o setor
de cadernos ocupa mais de 10% do espaço comercializado em estandes.
CTO - Solucionar e esclarecer
dúvidas dos lojistas sobre os novos produtos, visando melhor atendimento
ao consumidor final, é a principal proposta do Centro de Treinamento
Operacional (CTO) que acontece durante a mostra. O projeto foi idealizado
pela Brasil Escolar, que verificou, em seus encontros com lojistas e fornecedores,
a carência de informações e esclarecimentos por parte
dos varejistas sobre os produtos lançados no mercado e suas aplicações.
“O vendedor precisa conhecer o produto que está vendendo. Na feira
deste ano, além de visitar o evento, o lojista vai poder aprender”,
declara Wanira Salles, gerente nacional de vendas da feira.
Desta forma, a feira se renova e
cresce em importância, deixando de ser apenas exposição
para se tornar um núcleo de aprendizado direcionado a varejistas.
“O projeto é a semente de um grande e importante negócio
no futuro”, afirma Alfonso dos Santos Theiss, presidente da associação
Brasil Escolar.
O CTO Escolar 2001 traz os principais
temas indicados em pesquisas realizadas junto aos revendedores de papelarias,
supermercados e lojas. As palestras acontecem em horários pré-determinados
e os treinamentos são ministrados por expositores com demonstrações
dos produtos, características e soluções de vendas.
“O projeto torna a relação fornecedor/comprador bem mais
completa, pois os produtos adquiridos são apresentados no CTO, onde
o comprador pode esclarecer suas dúvidas e melhor orientar seus
funcionários para a realização de vendas com mais
qualidade”, explica Wanira.
Novidades - Envelope que
não rasga, máquina que plastifica documentos em três
segundos, estação digital de fotografias para ser instalada
em papelarias, fragmentadora de papéis que corta cartões
de banco e de crédito em pedacinhos, conjunto de produtos escolares
a preço popular e uma linha de cadernos universitários em
que as folhas podem ser destacadas e recolocadas, são algumas das
novidades apresentadas na Educar 2001:
A
Cortiarte
participa do evento há oito anos e nesta edição apresenta
uma linha completa de quadros para comunicação visual e cortiça,
com novos modelos, incluindo os infantis; além de giz, brinquedos,
etc. A empresa produz o equivalente a R$ 380 mil/mês. As exportações
representam 8% de seus negócios e têm como destino, na maioria
das vezes, a Argentina, os Estados Unidos e Portugal.
A
Dataprint,
fabricante de formulários contínuos, participa do evento
com sua linha produtos Dataprint e Datapel. A empresa, que faturou R$ 24
milhões em 2000, mantém uma perspectiva de acréscimo
de R$ 6 milhões em 2001. Com um volume de cerca de 550 toneladas
de produtos por mês, a empresa se prepara para exportar para países
do Mercosul.
A
Facislito,
empresa 100% nacional que já atuava no setor de códigos de
barras, lança a Linha Faxlito (em que as cópias não
se apagam e asseguram alta definição) – filmes para fax de
papel plano. Os novos equipamentos de fax, que utilizam filmes para papel
plano, surgiram para substituir as bobinas de papel térmico que,
ao longo do tempo, fazem as cópias perderem a nitidez de impressão,
comprometendo até a qualidade de informação recebida.
A
Garbel
lança produtos complementares à sua tradicional linha de
cartuchos de tinta compatíveis com impressoras Canon, Epson e HP:
são tintas para indústrias de recargas de cartuchos, acessórios
para recargas, papéis e mídias especiais como: transferências,
glossy paper, papel fotográfico, papel de alta resolução
(2.880 dpi) de uma e duas faces imprimíveis. Com a nova parceria
firmada com a estadunidense Inkjets, a empresa amplia sua linha de produtos
para mais de 100 itens.
Em
sua primeira participação na feira, a Kodak
apresenta o Picture Maker GC 2.1. Indicado para papelarias, é uma
estação digital capaz de fazer fotos para documentos (inclusive
passaportes) em cinco minutos. O equipamento transforma fotos coloridas
em preto-e-branco, corrige cor, brilho e contraste. A novidade também
oferece alguns opcionais (digitalizador de filme, gravador de CD e impressora
para papel A4). O Picture Maker GC 2.1 também faz álbuns
digitais em CD, possibilita gravações das fotos em disquete
e ampliações de até 20x25cm. Outro diferencial do
produto é a possibilidade de se aprovar a foto antes da impressão.
Com
produção voltada a filmes para impressão por transferência
térmica (TTR) para área de automação com impressão
de dados variáveis e código de barras e filmes para fax de
uso em papel plano, a Iimak participa da feira,
pela primeira vez, com o objetivo de divulgar a marca. A empresa produz
1 milhão de m² de filmes para fax e exporta para todos os países
do Mercosul.
A
Rio
Branco Distribuidora, empresa do Grupo Rio Branco focada na
distribuição para
o mercado de suprimentos de escritório (com mais de 4 mil ítens),
lança (na Rua M-27) seu site
Web de comércio eletrônico voltado a lojistas dos segmentos
de papelaria e informática. O site é o primeiro que permite
aos revendedores do setor de papelaria realizarem compras online de de
4 mil itens de material de escritório, suprimentos e produtos de
informática. A Trellis, empresa especializada em tecnologia de ponta
para comunicação de dados, fechou um acordo de distribuição
com a Rio Branco, englobando toda a linha de produtos de rede da Trellis,
incluindo placas de fax modem, placas de rede, cartões de rede PCM
Cia, concentradores, comutadores, roteadores e servidores de impressão.
E a Maxprint (marca própria do Grupo Rio Branco) lança cartuchos
de tinta pretos e coloridos compatíveis com os novos modelos de
impressoras Epson; embalagens para a sua tradicional linha de artefatos
de papel; uma linha de 20 modelos de papéis especiais e as embalagens
invioláveis (blister) para cartuchos de tinta, que oferecem
maior segurança aos lojistas.
Calculadoras
e agendas eletrônicas, fragmentadoras de papel, globos terrestres
e canetas à base de gel são alguns dos produtos que a Procalc/Truly
apresenta. A empresa, que participa há cinco anos da mostra, destaca
um dicionário eletrônico inglês/português - português/inglês
e uma fragmentadora de papéis que corta cartão de crédito
em pedaços.
Pela
primeira vez na mostra, a Regispel apresenta
toda sua linha de suprimentos para automação comercial -
bobinas brancas e personalizadas para emissoras de cupom fiscal (ECF),
máquinas de atendimento automático (ATM) -, além das
destinadas ao setor de papelarias como as bobinas de fax e calculadoras.
A empresa quer fortalecer seu nome no mercado e aumentar o faturamento
anual em 15% a 25% em 2001. Assim, a Regispel, que já teve crescimento
de 40% no último ano, no segmento de papelarias (negociando aproximadamente
660 mil bobinas de fax (230 mil toneladas de papel térmico) e 360
mil bobinas para calculadoras (48 t de papel térmico) no primeiro
semestre, investe neste evento para que tais produtos respondam por uma
fatia mais considerável nos negócios da empresa - que produz
mais de 30 milhões/ano de bobinas para ECF (aproximadamente 600
mil km de papel entre o autocopiativo e o térmico).
A
Pimaco
lança oficialmente sua linha de 12 produtos em tamanho A5, denominada
Mini Pack A5, ideal para quem precisa de pequenas quantidades em pequenos
tamanhos. A empresa, que consome cerca de 2 milhões de m² de
papel por mês (mais de 550 mil caixas de etiquetas todo mês),
prevê crescimento de 20% para 2001 (já exporta para a Argentina,
Uruguai, Chile, Bolívia e Paraguai).
Toda
a criatividade da Etéria também
esta presente na feira: os cartões artesanais para todas as ocasiões
trazem adereços e personagens feitos de resina e pintados à
mão. A empresa tem como objetivo fortalecer suas vendas em papelarias,
pois hoje os seus principais clientes são as lojas esotéricas
e floriculturas.
Com
álbuns em diversos modelos e formatos, a Ical
Álbuns participa pela primeira vez do evento, com o objetivo
de analisar a intensidade do interesse do mercado varejista de papelarias
em álbuns de fotografia. Entre os lançamentos, apresenta:
capas de aparência metalizadas; Álbum do Bebê com capa
tipo cetim e ilustrações aquareladas; linha da Turma da Mônica
com paródia dos personagens em obras de arte famosas; linha Jumbo
com capacidade para 500 ou 100 fotos 10X15 cm; Álbum de Memórias
- estilo clássico, capa em tecido e camurça sintética,
folhas de papel e pergaminho para proteger as fotos.
Há
13 anos participando da Escolar, a fabricante de cadernos escolares Credeal
quer aumentar sua participação nos mercados nacional e internacional.
Com produção mensal de cerca de 4 mil toneladas, o faturamento
da empresa em 2000 foi de R$ 105 milhões e a expectativa para 2001
é aumentá-lo para R$ 130 milhões. No que diz respeito
às exportações (15% do faturamento da empresa) os
países mais representativos são: EUA, Argentina, Uruguai,
México e outros. A empresa lança os produtos das Linhas:
Ellen Roche; MTV; Pétalas de Jesus; Mormaii; Mormaii feminina; Flair
- cadernos que vão dentro de pasta com zíper tipo maleta;
Happy; Metallic Abstract; Paisagens da América do Sul; Garfield;
Smilingüido; e Atrevida.
Também
na parte de cadernos escolares, fichários, blocos, agendas, envelopes,
índices telefônicos e impressos, a Foroni,
que participa há 10 anos da mostra, apresenta sua linha de Volta
às
Aulas 2002. A empresa faturou em 2000 cerca de R$ 57 milhões, número
que este ano deve saltar para R$ 69 milhões, exportando para Argentina,
Uruguai, México e África.
A
Imprimax
apresenta sua linha de etiquetas auto-adesivas para impressoras matriciais,
laser e jato de tinta, além de adesivos para revestimento e decoração
de ambientes.
Pague
e Pronto, uma rede alternativa para recebimento de contas de água,
luz e telefone, conta com estande de 35 m² (Rua J-19) para apresentar
um sistema que permite o pagamento, em dinheiro ou cheque, de contas de
consumo em qualquer estabelecimento comercial, como supermercados, papelarias
e lojas em geral. O Pague e Pronto
é um empreendimento da Interchange, especializada na gestão
de relacionamentos eletrônicos de comunidades corporativas.
A
Visitex
participa há seis anos da feira e lança o Data Jet High Gloss
Paper 260 gramas, papel fotográfico para impressoras a jato de tinta
compatível com todos os equipamentos do gênero, permitindo
alta qualidade de impressão de imagens e fotos com resolução
de 2.400 dpi. Lança também outras cores (com texturas imitando
mármores e vernizes) da massa de modelar Fimo Soft, que se destaca
pela facilidade de manuseio, podendo decorar louças, fazer porta
retratos, bonecos para imãs etc.: depois de executado o trabalho,
basta levar ao forno caseiro a 130º C, endurecendo e fixando a massa
para que não saia quando a peça for lavada. |
Adota Escola - Ampliando seu
papel social, a promotora Francal colocou em prática na Escolar-2000
o projeto “A Escolar adota uma Escola”. Em conjunto com seus expositores,
a Francal arrecadou grande quantidade de material que beneficiou sete instituições
de ensino carentes. Os critérios para a seleção das
instituições são suas dificuldades e carências,
além da seriedade do trabalho desenvolvido junto a crianças
e adolescentes.
No princípio, eram apenas
três as entidades beneficiadas com o projeto, mas devido à
grande arrecadação (um caminhão de produtos), sete
escolas municipais e entidades de ensino de São Paulo, Franca/SP
e Nova Andradina/MS receberam as doações. O projeto volta
a ser realizado na edição 2001 da Escolar.
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