TERROR NOS EUA
Nova tentativa de desacreditar imagens
Depois
que foi desmentida - pela rede de televisão
noticiosa estadunidense CNN e pelo próprio autor paulista do boato
- a história de que imagens divulgadas pela televisão de
árabes comemorando os atentados eram falstas, uma nova versão
da história começou a ser distribuída pela Internet,
não mais datando as imagens de 1991, mas de 1998.
Na edição 264 (de 20/9/2001)
de seu Relatório Alfa,
o editor Aldo Novak desmente essa mensagem eletrônica: começa
observando que segundo o boato as críticas teriam sido produzidas
pelos "profissionais de um grande jornal" - Aldo nota que tal publicação
não é citada, apesar de ser um "grande jornal".
Outra alegação chave
para provar a falsidade das fotos é que não seria possível
mostrar cidadãos comemorando em pleno dia nas ruas do Oriente Médio,
por já ser noite quando as notícias dos atentados nos EUA
chegaram àquela parte do mundo.
Na verdade, uma simples consulta
aos fusos horários demonstra
que - quando os primeiros atentados ocorreram e começaram a ser
divulgados - seriam cerca de 15 horas no Oriente Médio. Por outro
lado, em muitos países islâmicos as mulheres se vestem e se
comportam à moda ocidental ou apenas usam a proteção
na cabeça sem necessariamente esconder o rosto como na região
dominada pelo Talibã. Exemplos assim podem ser vistos nas transmissões
da televisão árabe a cabo ART, disponível em várias
redes de TV a cabo no Brasil.
Este é o texto da falsa mensagem
repassada à lista eletrônica Política Brasileira (note-se
que a data 8 de setembro, anterior ao atentado, pode ser motivada pelo
computador do emitente estar com calendário desatualizado, não
constituindo em si prova de fraude):
Sent: Saturday, September 08, 2001
8:10 PM
Subject: [PB] Sobre a CNN
Na quinta, 13/11, profissionais de
um grande jornal do pais admitiram que uma das fotos da suposta comemoração
dos palestinos pelo atentado nos EUA é falsa.
A agencia Reuters teria vendido a
imagem de árabes comemorando um jogo de futebol da Copa de 98 nas
ruas, como se estivessem vibrando com a explosão do WTC. A foto
foi publicada em vários jornais do Brasil e chama a atenção
por ter um menino com uma camisa da seleção brasileira comemorando
com crianças e adultos. Se você guardou o jornal, note que
logo ao atrás do menino, existe outro, com uma camisa com uma bola
de futebol desenhada. Mais ao fundo, de frente, um outro veste uma outra
camisa de futebol, com algumas palavras escritas. As bandeiras, cortadas
na edição da foto, são da Arábia Saudita e
não do Afeganistão.
Imagens veiculadas na TV também
estão sendo questionadas. O acidente teria sido noticiado no mundo
árabe por volta das 18-19h, fim de tarde de outono no Oriente Médio
(horário local, pelo menos 9h de fuso em relação a
NYC). Duas horas depois, imagens editadas com pessoas armadas e outras
bandeiras, sob um sol a pino (!), na edição, uma senhora,
em outro lugar com o rosto descoberto (o que não se permite no regime
Taliban) sai as ruas, também com o sol a pino, distribuindo comida
para algumas crianças felizes. Alem da quantidade de clichês
(velhos, crianças e adultos armados com bandeiras nas ruas) e do
pouco tempo para se ter uma grande reação popular e uma subseqüente
adaptação/edição/venda/retransmissão
pelo resto do mundo, nenhuma TV registrou com precisão o pais de
origem das imagens, identificando apenas que eram "da Palestina", que não
existe como pais.
Sem duvida, boa parte dos palestinos,
inimigos declarados dos americanos, deve ter se sentido vingado com
o ato de terrorismo em NY. Mas fique atento para ver se os EUA não
estão usando como contra-ataque sua arma mais poderosa: a mídia. |
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