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Casa Cor-MG ganha página Web 

Uma casa de 1914, tombada pelo Patrimônio Histórico, com referências que guardam um pouco da memória de Belo Horizonte e uma edificação totalmente construída através de conceitos de arquitetura inteligente. O que poderia ser um contraponto tornou-se a alquimia da Casa Cor Minas 2001, aberta ao público no dia 7/8/2001. Uma novidade desta 7ª edição é o site do evento: nele, o internauta poderá conhecer um pouco dos 52 ambientes da mostra, ter informações atualizadas sobre a programação dos bares, restaurantes, seminários que serão realizados durante o período de realização do evento, além de conferir fotos dos público visitante. A mostra permanece aberta até 16/9/2001, de terça a sexta-feira das 13 às 22 horas, aos sábados das 11 às 22 horas e aos domingos das 10 às 21 horas.

Pela primeira vez, em todas as edições da Casa Cor realizadas no Brasil, praticamente todo o espaço onde será realizada a mostra, uma área de 1,1 mil m², foi construído em apenas 40 dias. Esta iniciativa, que confirma a ousadia do projeto, tornou-se possível em função do sistema integrado de construção aplicado pela Construtora RKM.

O sistema inteligente de construção, ainda pouco utilizado no Brasil, possibilita uma construção mais econômica, limpa e rápida. Se a edificação que abriga a maior parte dos ambientes nesta Casa Cor tivesse sido construída pelo método convencional, demoraria o dobro do tempo para ficar pronta e o custo poderia ser até 20% maior. 

Soluções para o bem-estar - Os 52 ambientes da mostra foram instalados em uma área total de 2,1 mil m², sendo uma casa de 150 m² que pertenceu à Família Franco e hoje integra o acervo do patrimônio municipal, uma edificação de 310 m², além de jardins projetados junto a um pomar com jabuticabeiras, um pé de jambo e ainda um pau-brasil de 70 anos. 

Os visitantes conhecerão as propostas de decoradores e arquitetos, que abusaram da criatividade para aliar tecnologia ao bem-morar. Só para citar algumas novidades, que há bem pouco tempo poderiam ser imaginadas somente em casas de um futuro distante, estão a substituição do olho mágico por uma câmara conectada a um computador; persianas que se abrem ao comando do controle remoto; janelas que se fecham ao respingo das primeiras gotas de chuva; aparelhos domésticos acionados à distância pelo computador, telefone ou voz; além de sensores que racionalizam o uso de energia, sistemas de irrigação de jardineiras automatizados e climatização de ambientes por controle remoto.

Aquecendo o mercado - Além de apresentar as tendências em arquitetura, decoração e paisagismo, pode-se dizer que a Casa Cor seja uma indústria itinerante, que anualmente colabora para aquecer a economia da cidade. A estimativa de movimentação financeira para este ano é da ordem de R$ 11,5 milhões. Esse valor se refere ao somatório dos investimentos de todas as indústrias e empresas participantes da exposição. 

A Casa Cor também colabora na geração de empregos. Em três meses (do início das obras ao término do evento), a previsão é de que cerca de 1.400 trabalhadores se envolvam na elaboração da mostra, entre pedreiros, marceneiros, eletricistas, tapeceiros, pintores, garçons, atendentes, segurança etc. Os frutos gerados para a cidade vão além da período de realização da mostra, já que o evento também contribui para a criação de negócios futuros entre os seus participantes (empresas, arquitetos e decoradores), empresas e visitantes. 

A Casa Cor Minas 2001 é uma realização da Cult Promoções, franqueada da Casa Cor Minas Gerais, com apoio da Revista Casa Cláudia, Cecrisa, Itautec/Philco, Multibrás, Construtora RKM, Ponteio Lar Shopping, Lutron/Crestron e Telemig Celular. Patrocinadora oficial da Casa Cor Minas 2001 pela sétima vez consecutiva, a Deca aproveita a mostra para apresentar seus lançamentos: as linhas de metais Revival; Oxford; Belle Époque de Ville, Clássico e Tradicional; Duna Clássico; Windsurf e Monocomando Decamix, além de Louças da linha Nuova e cubas de apoio em modelos diversos. Entres os ambientes onde podem ser encontrados esses lançamentos, estão o banho master e a cozinha mineira.
 

Ambientes Profissionais:
1
Jardim Principal Jose Aganette de Barros
2
Varanda das Flores Patricia Lage
3
Hall das Coleções Junia Ferrari
4
Cozinha do Gourmet Andréa de V. Ker Bacha Fernandes 
5
Sala de Jogos Sandra Maria Oliva Gontijo 
6
Biblioteca Rosângela Araújo Nóbrega e Lilian Lima 
7
Escada e Alpendre Ana Paula Massote Rohlfs
8
Sala de Visita Sandra Penna
9
Gabinete Dodora Gontijo
10
Sala de Jantar Ana Machado Sallum
11
Cozinha Mineira Gina Fiuza Glorinha Lage Janice Fiuza
12
Saleta de Leitura Cássio Gontijo Christiana G. Barbosa Nogueira
13
Quarto da Filha Solteira Teresinha Géo Horta
14
Quarto do Casal Andréa Boratto Anaine Vieira Pitchon
15
Lavabo do Colecionador Orlando Lemos
16
Oratório Fernando Hermanny
17
Quarto do Tio Paulo Luso
18
Pátio do Jambo Marcelo Sena Renata Pietra
19
Living Beatriz Siqueira
20
Vestíbulo e Lavabo Simone Teixeira
21
Home Office Laura Rabe
22
Jantar e Vinho Márcia Carvalhaes
23
Varanda Pedro Lázaro
24
Sala de TV Cristina Menezes Lecticia Vianna
25
Suite Master Jacqueline Salomão S. Viana
26
Banho Master Christine Boerger
27
Quarto do Neném Eduarda Corrêa
28
Saleta do Bainho Rubia Schwartz
29
Closet Infantil Erika Valadares V. Foureaux
30
Galeria e Jardim Joanna Mendes Ciruffo Paulo Junqueira Ribeiro
31
Quarto do Pirralho Viviane Castanheira
32
Banheiro do Menino Christianne Taranto
33
Quarto da Teen Gislene Lopes
34
Camarim de Produção Ana Lúcia Rodarte
35
Cozinha Johanna Lanna Anastasia Cardoso Tomas Anastasia Rebelo Horta
36
Lavanderia Multiuso Flávia Soares
37
Lavabo do Hobby Márcia Alves Fernandes
38 Hobby Paula Gontijo Ferreira
39
Despensa Luciana Czechmeister Suzana Teixeira de Mello Freitas
40 Jardim de Inverno Bernadette Corrêa
41
Jardim do Café e Bar Pedro Malloy Denise Augsten
42
Cyber Café Marina Maciel
43
Galeria de Tecnologia Aluisio Meireles Pedro Lázaro
44
Shopping Edson Luiz Marinho  Regina Marcia F. Fonseca Moura
45
Banheiro Público Masculino Jacqueline Melo Juliana França
46
Banheiro Público Feminino Fernando Maculan Rafael Prates Yanni
47
Restaurante Euclydes Leonardo Diniz Sandra Quick
48
Deck do Restaurante Zilda Santiago Anamaria Bretas Diniz
49
Bar 1007 Anna Lamas Lena Pinheiro
50
Restaurante do Ipê Juliana Boechat Mônica Lemos Patrícia Nicácio
51
Terraço do Pau Brasil Edwiges Cavalieri
52
Jardim da Despedida Patricia Haddad
Cozinha do Gourmet é um dos ambientes destacados na mostra mineira

Relação de Ambientes e Profissionais da Casa Cor Minas Gerais 2001:

1. AMBIENTE: JARDIM PRINCIPAL
RESPONSÁVEL: JOSÉ AGANETTI BARROS
A primeira preocupação do paisagista, ao elaborar o projeto, foi o de respeitar e reverenciar o patrimônio histórico, preservando inclusive as espécies vegetais existentes, como os manacás, a cerca viva de ficus e as damas-da-noite. O caramanchão de madeira e aço é uma versão contemporânea do mesmo que um dia existiu no jardim, porém, formado por vasta vegetação. O ambiente é embelezado por orquídeas que ficam dependuradas na estrutura. O conjunto é completado por árvores altas que, através de sua verticalidade, desenham os limites do espaço e ornamentam o projeto.

2. AMBIENTE: VARANDA DA FLORES
RESPONSÁVEL: PATRÍCIA LAGE
A música Flores, do Grupo Titãs, foi a fonte de inspiração para o projeto conceitual da decoradora. A letra da música, aplicada em faixas de acrílico transparente, contorna toda a parede do ambiente. Mini lâmpadas no piso, colocadas em vasos de barro, simbolizam as flores. Paredes e teto são definidos pelo trabalho de vinil adesivo da designer Glaura Santos. 

3. AMBIENTE: HALL DA COLEÇÕES
RESPONSÁVEL: JÚNIA FERRARI, ARQUITETA
Os objetos de arte são a tônica deste ambiente, localizado no porão da casa tombada. Para clarear o espaço e destacar os objetos, optou-se pelo predomínio do branco. Somente a parede de fundo é de vidro amarelo, colocado estrategicamente de forma a servir de eixo central e também dividir uma bateria de expositores. 

Contrastando com a casa antiga, a instalação contemporânea valoriza os objetos de arte, feitos basicamente de metais, madeira e pedras. Estarão expostas obras de Marcos Coelho Benjamin, Sônia de Assis, José Bento e Amilcar de Castro.

As obras são apresentados em nichos de gesso acartonado. Uma cortina de tela aramada em bronze coroa o ambiente com metal e a iluminação da Iluminar cria uma atmosfera cênica, valorizando e pontuando os objetos de arte. O portão é de Allen Roscoe e respeita a mesma linguagem utilizada pelos artistas.

4. AMBIENTE: COZINHA DO GOURMET
RESPONSÁVEL: ANDRÉA KER BACHA
O projeto mostra a mágica da culinária com o calor do fogo, do vinho, do café e do chocolate, com uma mescla entre o antigo e o hi tech. Para aproveitar bem o espaço, foram usadas uma mesa que corre sobre trilho para auxiliar o gourmet e também dar lugar para mais convidados; um gaveteiro com rodízio; instalação de armários somente na área inferior da bancada. 

O ambiente apresenta uma série de novidades em tecnologia:
- A grande vedete é a geladeira com computador de tela plana acoplado na porta e identificador de código de barras que regista o estoque de alimentos. O máximo da comodidade ocorre quando o sistema envia um e-mail para o supermercado  solicitando a reposição dos produtos. 
- O computador com tela plana permite que o gourmet consulte receitas pela  Internet.
- A instalação do DVD contribui para que o espaço agregue as pessoas. 
- A tecnologia de automação é da Lutron e controla os sistemas de iluminação. 
- O controle da cascata instalada no ambiente, da persiana, som e DVD são automatizados através do sistema Crestron.

5. AMBIENTE: SALA DE JOGOS 
RESPONSÁVEL: SANDRA MARIA OLIVA GONTIJO
Os elementos principais do ambiente são duas mesas de jogos de carta, uma com quatro lugares e outra com dois, para jogos como gamão, xadrez, damas, entre outros. Todos os móveis têm pés com rodízios.

Para criar uma iluminação compatível com o clima descontraído ou de jogo, a decoradora  utiliza luminária com braço móvel. Um aparador é usado como apoio para cafés, licores e vinhos. Nichos, sendo alguns feitos com caixas de vidros coloridos, foram fixados nas paredes para expor esculturas. 

6. AMBIENTE: BIBLIOTECA
RESPONSÁVEL: ROSÂNGELA NÓBREGA E LÍLIAN LIMA 
A biblioteca foi idealizada para ser um recanto de leitura e de trabalho. Como está localizada no porão da casa de 1914, as decoradoras preservaram as características do local e usaram mobiliário contemporâneo, trazendo equilíbrio entre os dois estilos. A madeira sucupira, o cristal jateado, espelhos e a iluminação linear em néon dão aconchego ao ambiente. 

7. AMBIENTES: ESCADA PRINCIPAL E ALPENDRE
RESPONSÁVEL: ANA PAULA MASSOTE ROHLFS 
Ao elaborar o projeto da escada,  principal entrada da Casa Cor 2001 Minas, a arquiteta respeitou a arquitetura da casa tombada, construída em 1914, sem deixar de reforçar o tema da mostra deste ano: tecnologia, com o uso de materiais modernos. 

A contemporaneidade é percebida na fachada lateral/alpendre, através do uso ousado e marcante do aço de tom verde espelhado, ainda pouco difundido como revestimento externo. Os pilares do alpendre têm detalhes em lâminas de ferro envelhecido, propondo uma releitura dos capitéis existentes junto ao frontão.

No patamar da escada, o piso é de mármore Carrarinha e o do alpendre é de  cerâmica da Terra Tile, lançada em parceria com a ceramista Nícia Braga. Balaústres com esferas e esculturas de Gilberto Lustosa recepcionam os visitantes, logo nos primeiros degraus. 

A varanda contemporânea recebeu mobiliários funcionais - móveis de fibras sintéticas e um puf de casca de banana. Para dar aconchego ao pé-direito elevado, a presença de uma tela translúcida e iluminada no teto que se finaliza onde começa o rolô, acionado por controle remoto. 

8. AMBIENTE: SALA DE VISITA
RESPONSÁVEL: SANDRA PENNA
Para aproveitar o espaço, que dá passagem a vários ambientes, a designer criou um warm-up lounge. O clima sensual foi obtido pelo uso de mobiliário e luminária da designer Ayala Serfaty. A cortina de luz nas passagens intensifica o astral do espaço, que tem também uma escultura de Dan Fialdini.

Um elemento marcante da Sala é a trilha sonora, criada especialmente pelo DJ Dudu Marques. Ouvintes de dep house, new bossa e progressive vão se esbaldar.

9. AMBIENTE: GABINETE
RESPONSÁVEL: DODORA GONTIJO
O ambiente, todo revestido em madeira, tem ares dos anos 50/60, mas sem perder a conexão com o século XXI. Motivada por sua consciência ecológica, a decoradora utiliza em seu projeto, a madeira de reflorestamento. Na verdade, um tipo de eucalipto que depois de beneficiado fica com qualidade e aparência de madeira nobre.

Presente em todo o revestimento, inclusive no chão, a madeira reflorestada também faz parte do mobiliário: estantes e aparador, que são um prolongamento do piso, e também nos móveis do arquiteto e designer carioca Sérgio Rodrigues, tido pela enciclopédia Delta Larrousse como o pai do design do móvel moderno brasileiro. O artista, homenageado por Dodora, mostra em primeira mão suas criações em Minas. Entre elas, as réplicas da Poltrona Mole, que está no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (Moma), e da poltrona “Oscar”, encomendada por Niemeyer para presentear sua filha.

10. AMBIENTE: SALA DE JANTAR DE UMA CASA MINEIRA
RESPONSÁVEL: ANA MACHADO SALLUM
O projeto utiliza elementos do próprio espaço, como o piso em peroba do campo, um pé direito de quatro metros, janelas altas e tijolo maciço do século passado. A decoração enfatiza o mobiliário à moda mineira, com cadeiras em tiras de madeira escura e couro no assento. 

No intuito de homenagear o talento dos artistas mineiros, Ana Sallum convidou alguns para participar da decoração de sua sala. O pé da mesa é de Pedro de Castro, o painel em óleo, de Fernando Veloso, e as cerâmicas, de Ana Paula Lanari. 

11. AMBIENTE: COZINHA MINEIRA 
RESPONSÁVEL: JANICE FIUZA, GINA FIUZA E GLORINHA LAGE
O ambiente une os elementos da cozinha mineira tradicional às necessidades do estilo de vida moderna. A concepção contrasta o antigo com o novo, tendo como resultado um cozinha usável, funcional, cheia de charme e do sabor das cozinhas de nossas avós. 
A mesa antiga com cadeiras de Philippe Starck é um convite ao convívio da família. Dois armários foram confeccionados em madeira de demolição e tela, lembrando os antigos “guarda-comidas”. Os eletrodomésticos são de aço inox, os mais novos lançamentos da   Brastemp. Acima da bancada, as arquitetas projetaram um engradamento de madeira - solução original para pendurar utensílios de cozinha e ervas aromáticas. O piso em madeira original da casa foi conservado. 

12. AMBIENTE: SALETA DE LEITURA
RESPONSÁVEIS: CHRISTIANA GONTIJO B. NOGUEIRA E CÁSSIO GONTIJO
Os profissionais criaram um ambiente aconchegante, agradável e muito pessoal -  o lugar onde o proprietário da casa guarda os objetos mais queridos e desfruta de momentos de prazer. A janela da casa é ampla para deixar entrar o verde do jardim, e dar mais luminosidade. Varais de aço  iluminam e valorizam o pé direito elevado, de 3,60 metros. O piso claro oferece leveza ao ambiente e a lareira intensifica o aconchego. O toque contemporâneo apresenta-se na escrivaninha moderna e nas luminárias. No espaço há também um mezanino para se guardar livros, malas, baús, objetos colecionados. Na parede, o destaque é um quadro de Mônica Sartori.

13. AMBIENTE: QUARTO DA FILHA SOLTEIRA
RESPONSÁVEL: TEREZINHA GÉO HORTA 
O projeto foi criado a partir de uma personagem - a estudante de hotelaria e turismo. Madeiras laqueadas em tons diferenciados, uso do vidro acidado, acrílico e couro inseridos no design dos móveis e a presença das ferragens são as soluções práticas e modernas que marcam o projeto. 

14. AMBIENTE: QUARTO DO CASAL
RESPONSÁVEIS: ANAÍNE VIEIRA PITCHON E ANDRÉA BORATTO 
O espaço foi projetado com a proposta de integrar o requinte e a funcionalidade, sem perder o conforto. As arquitetas fizeram uso de fio de cobre, aço inox e dourado. Utilizaram também cores variadas, misturadas a materiais metálicos, com o objetivo de dar mais personalidade ao ambiente.

Pensando na funcionalidade, um dos pontos principais do projeto, foi criado um armário multifuncional, que é escritório, estante de TV, mini-copa e mini-closet. Tapetes de cores quentes contrastam com o piso e mobiliário de madeira clara lavada. Na iluminação, as profissionais empregaram recursos tecnológicos para racionalizar o consumo.

15. AMBIENTE: LAVABO DO COLECIONADOR
RESPONSÁVEL: ORLANDO LEMOS
O decorador teve uma proposta original ao colocar no ambiente obras de arte, fazendo dele uma espécie de mini galeria. Para criar o projeto, Orlando Lemos imaginou o dono da casa  como sendo um sofisticado colecionador de obras de arte, que esbanja charme em seu banheiro social. Para apresentar as obras de artistas como Lígia Clark, Cildo Meirelles, Benjamim, Bruno Ciorgi, foram criadas duas vitrines de madeira que vão do chão ao teto. Entre elas, foi colocada uma cuba de acrílico apoiada sobre bandeja de madeira, formando uma estante de ar museológico, pela raridade de algumas peças.

Os metais cromados do ambiente são da linha Duna Clássica, da Deca. Detalhe importante ficou por conta da bica e dos registros aparentes. Sobre o piso bege, um tapete de nylon da Marrie Camille. O teto rebaixado tem a mesma cor do piso, assim como todos os embutidos colocados seqüencialmente em rasgos. Destaca-se a parede de fórmica metalizada prateada.

16. AMBIENTE: ORATÓRIO
RESPONSÁVEL:  FERNANDO HERMANNY
O arquiteto teve na dualidade religião/prazer a inspiração para conceber seu espaço, que gira em torno da imagem de Nossa Senhora dos Prazeres. A imagem proporciona ao espaço fortes conotações sagradas, mas, como o próprio nome sugere, mesclam-se a ela emoções terrenas, ao prazer, ao profano. A obra, de origem portuguesa, é uma rara imagem do início do século XVII, pertencente ao acervo particular da colecionadora Sandra Penna. 

A iluminação é um dos principais elementos de composição do ambiente, que tem paredes marrom-café e piso em granito preto. A imagem é iluminada por fibra-ótica, o mesmo sistema utilizado nos melhores museus do mundo, pois não produz calor e não compromete a tinta original da peça. O pé-direito elevado é ressaltado pelo trabalho rendado em papel nepalês de Hilal Sami Hilal, que flutua sobre o fundo escuro, e pelos fachos de luz paralelos. Para complementar a ambientação, o espaço é sonorizado com músicas que pretendem emocionar o observador e conduzi-lo à reflexão espiritual. 

17. AMBIENTE: QUARTO DO TIO
RESPONSÁVEL: PAULO LUSO
Para aproveitar plenamente o espaço de oito metros quadrados, o arquiteto criou um kit em mogno composto por cama, criados e mesa de computador/tv. Uma poltrona em tom laranja se destaca e descontrai o ambiente de paredes em tons claros.  O armário embutido, revestido por espelho, proporciona amplitude ao espaço de proporções reduzidas. Painéis de correr em madeira com espelho jateado assumem o papel das cortinas. O toque cultural fica por conta das fotografias de Nello Gontijo, executadas especialmente para o quarto. 

18. AMBIENTE: PÁTIO DO JAMBO
RESPONSÁVEIS: RENATA PIETRA PAPA E MARCELO GOULART DE SENA
Uma das novidades da Casa Cor Minas 2001 são os shows que aconteceM neste ambiente central, sob o enorme pé de jambo. 

O Pátio é composto por três níveis, com pisos de cores e texturas diferentes. A grande estrutura de madeira que surge do espelho d`água é o símbolo do espaço, que também é uma extensão do bar, com a presença de uma grande mesa comunitária.  O aspecto cenográfico e aconchegante é acentuado pela iluminação, através de jogos de luz. O verde do jardim de grama japonesa arremata as formas do espaço. 

19. AMBIENTE: LIVING
RESPONSÁVEL: BEATRIZ SIQUEIRA 
Este é o primeiro dos 20 ambientes do apartamento modelo que, após a mostra, fará parte do prédio que será construído pela RKM no terreno. Na planta original, a sala tem três ambientes, mas aqui foi modificada para caracterizar melhor os diferentes espaços. Para dar amplitude ao Living, a arquiteta usou piso em mármore claro, paredes e teto também com revestimento de tonalidade clara, e um espelho aumenta a sensação de espaço. 

A surpresa fica por conta de um biombo que circula a metade da área de o estar, dando cor e luminosidade. A iluminação é despojada e o mobiliário de linhas retas. O cinema doméstico de dimensões reduzidas confirma o moderno da concepção. 

20. AMBIENTE: VESTÍBULO E LAVABO
RESPONSÁVEL: SIMONE TEIXEIRA
Com inspirações inusitadas, a profissional produziu um ambiente com massa asfáltica e quartzo no piso, resgatando o famoso pó de pedra das fachadas. Na iluminação, fachos de luz projetam-se do chão para o teto buscando referências cênicas. Na bancada, a água escoa naturalmente através de uma torneira com sensor fotoelétrico contida somente por uma chapa de vidro, remetendo às antigas fontes.  Na parede principal, vidro belga pintado na cor prata, que nos atrai e desafia a tocá-lo para compreender a sua natureza.

No “ambiente vaso” , a tela de cristal líquido sensível ao toque quebra a intimidade passiva através da interação sensorial com a música e com as imagens. 

21. AMBIENTE: HOME OFFICE
RESPONSÁVEL: LAURA RABE
Ao realizar o projeto, a designer propôs elaborar um ambiente elegante, com traços limpos e funcionais, conciliando organização e praticidade. O clima calmo e agradável, necessário ao trabalho em casa, são duas características marcantes do espaço, que também oferece uma área de pesquisa ou relaxamento.

Os destaques tecnológicos ficam por conta dos monitores, do aparelho de som da Nakamichi, e dos dois mostradores de cristal líquido com som ambiente automatizado. O painel em tom areia, criado pela designer e executado pela Oficina de Design, abriga a mesa de trabalho. 

O estilo contemporâneo do mobiliário de design funcional tira partido do conceito do novo luxo. Destacam-se aí, o trabalho em couro, o acabamento em laca do painel, a textura do tecido de cortina e o conforto do tapete tibetano. Os tons utilizados são, ao mesmo tempo, elegantes, calmos e modernos. O ambiente também é composto por uma chaise, com design de Niemeyer, e um móvel de apoio para CDs e bebidas, além de uma bela imagem da Praça da Liberdade, em uma das paredes. 

22. AMBIENTE: JANTAR E VINHOS
RESPONSÁVEL: MÁRCIA CARVALHAES 
Inspirada em um cliente apreciador de vinhos, a profissional optou por colocar um grande aparador/adega em imbuia escura para abrigar a coleção do proprietário. A mesa de jantar é redonda, para oito lugares, também em imbuia escura. As cadeiras são revestidas de couro e pêlo. Nas paredes, painéis em madeira pintada, na mesma cor do piso: mármore “lime stone blue”. Um grande espelho em uma das paredes dá amplitude ao ambiente e cortinas em seda cinza nas janelas completam a decoração.

23. AMBIENTE: VARANDA
RESPONSÁVEL: PEDRO LÁZARO RODRIGUES
A iluminação moderada do ambiente foi obtida através da cobertura de painéis de madeira laqueada móvel. Esse mesmo material, usado também como divisórias, é o ponto alto desse espaço. As madeiras horizontais, separadas entre si, permitem aos observadores criar imagens com o movimento das pessoas do outro lado da parede. 

Compõe o mobiliário uma confortável chaise Passpatourt, feita de um bloco de espuma revestido em vinil. O Blue Bench tem sentido multifuncional: pode ser para uso individual ou para acolher várias pessoas. O aspecto horizontal do ambiente é enfatizado pelo grande banco/estante de freijó natural e palhinha. Cadeiras Platner, originais da década de 50, fazem a conexão com o antigo.

24. AMBIENTE: SALA DE TV
RESPONSÁVEIS: CRISTINA MENEZES E LECTICIA VIANNA 
Seguindo a concepção da Casa Cor Minas 2001, que traz a tecnologia como palco para uma vida confortável, segura e atraente, a sala de TV, concebida para ser um espaço multiuso, é o que se poderia chamar de um ambiente inteligente.

Tudo é automatizado pela tecnologia Crestron, desde a iluminação, com sistema Lutron que forma cenas diferenciadas, ao controle dos equipamentos de áudio e vídeo do cinema caseiro. Para se ter uma idéia, dando apenas um comando no painel Crestron, previamente programado, simultaneamente a TV plasma sai verticalmente de dentro da estante, a persiana se fecha, uma iluminação aconchegante cria a cena ideal para se assistir ao programa e o ar refrigerado é acionado. Detalhe: tudo isso também pode ser acionado/desligado através de comandos do telefone celular. 

O mobiliário, de design contemporâneo, atende aos variados gostos: tablados com almofadas, para os que gostam de assistir TV deitados ao chão, e poltronas e sofás que se transformam em chaise, para o conforto individualizado. Como apoio, o ambiente dispõe de uma pequena geladeira, um Umidor de Charutos e um mini bar. Tudo isso posicionado junto à estante de TV, confortavelmente à mão de todos.

25. AMBIENTE: SUÍTE MASTER
RESPONSÁVEL: JACQUELINE SALOMÃO
A mistura de temas dá o tom aconchegante ao ambiente. Materiais rústicos sobrepõem-se e funcionam em harmonia com elementos modernos e sofisticados para o quarto do casal cheio de afinidades, mas com identidade própria e respeito a individualidade. De um lado o tom do antigo na mesa, do outro a leveza da modernidade. Na prancha de apoio de madeira maciça, o encontro da rusticidade com a alta tecnologia. Sobre ela, obras de arte e livros.

26. AMBIENTE: BANHO MASTER
RESPONSÁVEL: CHRISTINE BOERGER
A grande vedete do ambiente é a Hidromasauna da El Bagno, fabricada na Itália, multifuncional - hidromassagem, sauna a vapor com cinco climas diferentes e massagem na planta dos pés. 

Através de painel de comando eletrônico, pode ser integrada a um sistema de automação e receber comandos à distância pelo celular. É mais um exemplo do que a tecnologia pode fazer pelo conforto e bem-estar das pessoas. 

27. AMBIENTE: QUARTO DO NENÉM
RESPONSÁVEL: EDUARDA CORRÊA
Com a presença de peças clássicas como a poltrona Charles Eames e a mesa Sarineem, a arquiteta mostra como é possível criar um quarto ao mesmo tempo infantil e elegante. O trocador e os nichos, de design da arquiteta, dão charme ao quarto. A moldura em MDF com apliques em gesso de ursos e flores na parede finalizam a decoração criando um clima lúdico que inspira e emociona. 

28. AMBIENTE: SALETA DO BAINHO
RESPONSÁVEL: RUBIA SCHWARTZ
O lúdico e o funcional são a tônica da Saleta, projetada para proporcionar um clima de aconchego ao momento do banho do neném. Entre os recursos lúdicos, destaca-se o painel pintado pela artista plástica Bebeth Leonardo, onde foram aplicados a barra de cerâmica com ondas e golfinhos de porcelana, lançamentos da Terra Tile. 

Para compor a bancada, a decoradora optou pelo Silestone. Um compacto de quartzo e cristais, resistente a manchas e riscos, e de fácil assepsia. Compõem o ambiente potes exclusivos da Il Bagno, com temas infantis, e um moderno chuveiro colocado em barra. 

29. Closet Infantil 
Responsável: Érika Valadares Foureaux
Uma porta de correr divide os dois closets - o do bebê e do “pirralho” -  e cria um clima de “passagem secreta” entre os ambientes. O lúdico norteou o projeto de Érika, que criou no espaço do menino um cenário com elementos de um castelo. 
Destacam-se a construção do closet armário e o tapete de pedra. 

30. AMBIENTE: GALERIA E JARDIM
RESPONSÁVEIS: JOANNA MENDES CIRUFFO E PAULO JUNQUEIRA RIBEIRO
O espaço tem como ênfase a convivência harmônica entre os moradores e foi concebido para proporcionar um clima relaxante frente ao estresse diário. 

Seguindo a filosofia amigo-da-natureza, os arquitetos buscaram a utilização de materiais naturais na ambientação, como a pedra. Vidro e cerâmica também estão presentes. A cantaria do século XVIII, pertencente a uma fazenda da região de Berilo, compõe o ambiente, juntamente com as luminárias da premiada designer israelense Ayala Sertaty.

31. AMBIENTE: QUARTO DO PIRRALHO
RESPONSÁVEIS: VIVIANE SAMPAIO DE MOURA CASTANHEIRA
O projeto transmite a sensação de retorno à infância, mas com o conforto e tecnologia atuais. A profissional busca despertar os sentidos sensoriais das pessoas - para ressaltar a visão, foi intensificado o uso de cores e formas; texturas diferentes exaltam o tato; e para aguçar a audição, uma seleção criteriosa de músicas tornam o ambiente um lugar mágico, algo que toda criança gostaria de ter em casa. 

A tecnologia é notada através da TV com vídeo e joguinhos eletrônicos. Para dar vida e movimento ao ambiente, estão espalhados pelo quarto desenhos de autoria mirim, marcas de pés e mãos infantis. O mobiliário, da Vibel, condiz com a proposta de usar móveis que favoreçam o desenvolvimento dos talentos das crianças, com segurança e conforto. Obras da artista plástica Niki de Saint Phalle, que ficou famosa na França pela ousadia na utilização de formas e cores, proporcionam cultura e arte à meninada.

32. AMBIENTE: BANHEIRO DO MENINO
RESPONSÁVEL: CHRISTIANNE TARANTO
A arquiteta buscou inspiração no filho Pedro de oito anos para pensar o projeto. Partindo do princípio de que as crianças não gostam de parar de brincar nem na hora do banho, o banheiro foi transformado em palco para brincadeiras. 

A banheira, de medidas especiais da Il Bagno, é um convite a banhos demorados e inesquecíveis. Os revestimentos são claros, transparentes e sugerem limpeza. O aquário é utilizado tanto como elemento calmante como para aguçar a imaginação da meninada. O espelho do painel deslizante permite que a criança se veja por inteiro. 

33. AMBIENTE: QUARTO DA TEEN
RESPONSÁVEL: GISLENE LOPES
As tonalidades de uva e lilás remetem a adolescente ao romantismo, sem perder a praticidade e modernidade do século XXI. O sistema de automação do projeto personaliza e valoriza o ambiente como a cortina que corre por sistema de controle remoto. Como o espaço é pequeno, tudo foi planejado para que o canto de estudo acomodasse um painel revestido em couro e chapa de aço inox escovado, com computador, livros, fotos, som e TV.

34. AMBIENTE: CAMARIM DE PRODUÇÃO
RESPONSÁVEL: ANA LÚCIA RODARTE
Este ambiente é, na verdade, o banheiro da suíte da adolescente. A decoradora criou um espaço multifuncional em uma área reduzida, com propostas não convencionais, que tiveram um resultado inovador. 

O box tradicional deu lugar a uma cortina rolô motorizada e embutida no teto assim como o chuveiro. As paredes foram revestidas de chodopak branco, dando leveza, luminosidade e sensação de amplitude. Outros detalhes importantes são a utilização do vidro laminado em amarelo forte, que dá cor e calor ao ambiente, e as estruturas produzida com rodízios que podem ser movimentadas no espaço. Com isso, o ambiente assume a sua multifuncionalidade sendo usado como lavabo, toucador e camarim de produção. Os móveis são da Linea D’oro.

35. AMBIENTE: COZINHA
RESPONSÁVEL: JOHANNA LANNA ANASTASIA RABELO CARDOSO E TOMÁS ANASTASIA RABELO HORTA 
O projeto ressalta as possibilidades trazidas pelos novos métodos construtivos. O uso de shafts, tubulações flexíveis, paredes ocas, eliminam a necessidade de encanamentos embutidos na alvenaria, evitando vazamentos e infiltrações. Os profissionais trabalharam o espaço para compor uma copa-cozinha despojada, contemporânea  e mais econômica.

36. AMBIENTE: LAVANDERIA MULTIUSO
RESPONSÁVEL: FLÁVIA SOARES 
A lavanderia é um espaço multiuso que vai além das funções de lavar e secar roupas. O cantinho da circulação abrigou a casa do cachorro e próximo à janela foi reservado um espaço para trabalhar com as plantas. As bancadas foram fabricadas em Silestone branco. O charme e diferencial ficam por conta dos acabamentos rústicos como ladrilho hidráulico e placa de concreto, da Terra Tile.

37. AMBIENTE: LAVABO DO HOBBY
RESPONSÁVEL: MÁRCIA FERNANDES
Para ampliar o pequeno espaço de 2,4 metros quadrados, a decoradora privilegiou o branco nas louças e no pavit (Vidrotil). Nos detalhes, porém, destacam-se cores como o preto e o verde. A parede ondulada ao fundo, com chapas de aço na cor verde (Inoxcolor), ajuda a quebrar a forma retangular do espaço. Nela são incrustados nichos que substituem os armários convencionais, proporcionando mais espaço para se guardar toalhas e sabonetes, livros, e outros objetos. O bojo e a torneira formam um belo conjunto com o painel e a bancada de MDF revestidos com radica noce ebanizada. 

38. AMBIENTE: HOBBY
RESPONSÁVEL: PAULA GONTIJO
O projeto foi desenvolvido para conceber um local onde os donos da casa possam relaxar. A arquiteta optou por criar um ambiente aconchegante e intimista para que a pessoa fique em paz consigo mesma e alivie as tensões diárias, meditando, ouvindo boa música, lendo um bom livro. O teto é rebaixado e as paredes são forradas com painel de madeira clara. No chão, uma inovação: o uso de um piso de papel prensado para proporcionar conforto a quem ficar descalço para meditar. Propositalmente, foram usados poucos móveis para dar mais amplitude ao espaço. 

39. AMBIENTE: DESPENSA
RESPONSÁVEL: LUCIANA CZECHMEISTER E SUZANA TEIXEIRA DE MELLO FREITAS 
O projeto faz da despensa um local atraente e de permanência mais prolongada que o usual. Para isso, utilizaram materiais e composições para atrair o visitante: o  chão induz à entrada por seu desenho de listras em preto e branco que prolongam o espaço, seguido pela divisória de vidro translúcido na cor laranja que permite a visualização completa do ambiente. A bancada, as prateleiras e os caixotes são de madeira pintada ao natural.

Para controlar a luminosidade natural vinda da janela foi utilizada uma estrutura acoplada a um toldo de tecido telado e móvel, que veda sem obstruir a luz. 

40. AMBIENTE: JARDIM DE INVERNO
PROFISSIONAL: BERNADETTE CORRÊA
O projeto prevê um espaço amplo, claro e confortável,  ideal para a leitura, para ouvir uma boa música ou assistir um bom filme. Tudo isso, em contato constante com a natureza, através do jardim, do espelho d´água ou da iluminação zenital, onde se pode ver o céu.

O ambiente reúne todos os elementos da natureza: água, ar e terra. Por isso mesmo, a composição do mobiliário também segue este conceito: piso em deck de madeira, tecidos em linho e algodão e mobiliário em madeira, ferro e couro. 
As referências tecnológicas aparecem na automatização da iluminação da La Lampe, do som, vídeo, persianas, funcionando através de um único aparelho de controle, o Crestron. 

41. JARDIM DO CAFÉ E BAR
RESPONSÁVEIS: PEDRO MALLOY E DENISE AUGSTEN
Duas frondosas árvores frutíferas, tombadas pelo patrimônio histórico, nortearam o projeto dos paisagistas. Maciços de vegetação de baixo porte (forrações) compõem o ambiente. Para o equilíbrio entre os elementos verticais e rateiros, conjuntos de arbustos da espécie pitosporo.

No cento do jardim, três belas esculturas do artista Ricardo Carvão, que margeiam os espelhos d’água, acompanham a imponência das copas. Bancos Link, de Samy Lansky, se destacam no ambiente iluminado pela Dominici. 

42. AMBIENTE: CYBER CAFÉ
RESPONSÁVEL: MARINA MACIEL
O projeto foi desenvolvido para conceber um espaço cibernético não convencional, mas sem perder o caráter de um café. A área abriga o espaço da construtora RKM e aí, a natureza e tecnologia convivem harmoniosamente entre si, traduzidos pela presença de uma antiga jabuticabeira, madeiras de reflorestamento e equipamentos avançados de automação. 

Entre as novidades, está o sistema de segurança o qual imagens são captadas por uma câmera e transmitidas pela Internet, através do sistema E-Control, da Crestron. Isso possibilita que se tenha o controle da casa, de qualquer parte do mundo. Tudo o que estiver acontecendo no Cyber Café poderá ser monitorado por quem passar pelo Jardim de Inverno, através da tela de um notebook. Com o sistema de automação também é possível programar a TV para apresentar uma pequena janela no canto da tela, com imagens da casa, enquanto se assiste à programação normal.

A iluminação é outra inovação. A tecnologia Grafc Eyes, da Lutron, permite a programação de "cenas de luz". Ou seja, em períodos distintos, a iluminação é alterada, conforme definição prévia. Todo o controle é interligado pela tecnologia da Crestron, o que significa que o comando de acender ou apagar pode ser feito à distância, pela Internet ou celular.

Os computadores da Itautec disponíveis ao público, conectados à rede através do portal Terra, ficam dentro de tubos gigantescos de tecidos translúcidos, de cinco metros de altura. Esses elementos são iluminados de forma a criar um teatro de sombras por quem está acessando o computador. Os tubos também podem ser vistos como grandes luminárias que verticalizam o ambiente, em contraste às linhas longilíneas presentes. O antigo e o moderno são percebidos pelo uso de mourões de eucalipto, de reflorestamento, e móveis de linhas modernas. As paredes têm pinturas texturizadas e, para compor o ambiente, mármore travertino bruto.

43. AMBIENTE: SALA  DE TECNOLOGIA
RESPONSÁVEIS: PEDRO LÁZARO  RODRIGUES E ALOÍZIO MEIRELES
Toda a tecnologia empregada na construção de mil metros quadrados da Casa Cor Minas 2001 é apresentada neste ambiente cenográfico, caracterizado por um labirinto escuro dividido por grandes painéis de plástico preto. 

Marcas e produtos são mostrados através de ícones luminosos que se destacam no espaço negro. São anteparos de vidro, espelhos, projetores e caixas de luz permeados por alta tecnologia e interligados às conchas de acrílico, “sound tubes”. Esse equipamento tem como destaque a “coluna” de som, ou seja, para ouvi-lo, é necessário estar debaixo da concha.

44. AMBIENTE: SHOPPING
RESPONSÁVEL: EDSON LUIZ MARINHO E REGINA MÁRCIA   FONSECA MOURA
O ponto de partida do projeto é a utilização do eucalipto como opção de material nobre e uma alternativa arquitetonicamente viável. Neste ambiente, os profissionais usaram o “ eucalyptus cloeziana” , de origem australiana, que tem tonalidade mais clara e bom desempenho no revestimento do ambiente. Como referência de equilíbrio e sintonia com a natureza, há a presença forte do vermelho (urucum), do preto (jenipapo), e cru (palha e fibras). As vitrines ganharam  cortina de sementes feitas pela tribo Krenak e também pintura em urucum como pano de fundo para a escultura em eucalipto, do artista plástico chileno radicado em Sete Lagoas, Hugo Pagani. É dele também o trabalho feito no gesso cartonado com grafismo inspirado na arte indígena. 

45. AMBIENTE: BANHEIRO PÚBLICO MASCULINO
RESPONSÁVEIS: JACQUELINE MELO E JULIANA FRANÇA
O ambiente, voltado para um público de estilo eclético, possui linhas modernas e, sobretudo, práticas, para facilitar sua utilização e manutenção. No intuito de criar um espaço iluminado, foram usadas cores claras, associadas a tons vivos.
Materiais nobres como porcelanato, mármore italiano e vidros laminados com películas coloridas, contrapostos à madeira de demolição, dão um ar sofisticado ao local.

46. AMBIENTE: BANHEIRO PÚBLICO FEMININO
RESPONSÁVEIS: FERNANDO MACULAN ASSUMPÇÃO E RAFAEL PRATES YANNI 
O ambiente funcional tem como destaques o boxe, a área de circulação e o painel. 
Os boxes, transformados em caixas vermelhas, são percebidos desde o hall da entrada. Teto, parede e piso da circulação formam um único elemento construtivo, caracterizado pela cor preta. O espaço se completa com um painel de azulejos desenhados pelos arquitetos. Destaque para a instalação luminosa de lâmpadas fluorescentes sobre o forro de acrílico.

47. AMBIENTE: RESTAURANTE EUCLYDES
PROFISSIONAIS: LEONARDO DINIZ E SANDRA QUICK 
O ambiente alia história mineira e o passado do local com a proposta de um espaço contemporâneo e rico. O barroco e seus elementos são os grandes norteadores do projeto - uma leitura de movimento de significado particular para os mineiros foi o argumento escolhido para a criação de um espaço moderno, harmonioso e contemporâneo. 

O ouro confere elegância e sobriedade no jogo de gigantescas pétalas douradas que flutuam levemente sobre o teto do restaurante, a sete metros de altura. O jogo de espelhos e transparências reforçam o caráter barroco, usados num ritmo sequencial e geométrico, o que marca a imagem contemporânea do espaço. Contrates e diferenças são a todo o momento explorados no projeto, desde a passarela negra do piso contrastando com as cadeiras leves do arquiteto Philippe Starch. 

48. AMBIENTE: DECK
RESPONSÁVEL: ZILDA SANTIAGO  E ANAMARIA BRETAS DINIZ
A localização não poderia ser melhor: no meio dos jardins e entre o restaurante e o bar. A bela jabuticabeira que ocupa a parte central dos 80 metros quadrados deste ambiente é um belo destaque. As arquitetas usaram mobiliário variado - bancos, pufs em palha, cadeiras e sofás com almofadões coloridos - possibilitando o visitante almoçar ou comer  um rápido tira-gosto, tendo uma bela vista de toda a Casa Cor. A iluminação fica praticamente por conta da luz de velas. 

49. AMBIENTE: BAR 1007
RESPONSÁVEIS: LENA PINHEIRO E ANNA LAMAS
Para criar um “certo impacto” logo na entrada do bar, que tem no nome o número da casa tombada, que pertenceu à família Franco, as profissionais criaram um túnel todo revestido de vidro laminado azul, com iluminação também azulada. No chão, que se estende desde a parte do túnel até o interior, está um tapete desenhado pelas arquitetas, formando uma ilha, com mesinhas e assentos de madeira freijó, e que divide o bar em dois ambientes.

No mobiliário, mesas tipo bandeja de sucupira e de aço carbono oxidada com pranchão central de madeira freijó. Cadeiras mineiras, com espaldar alto do século XIX, se contrapõem às poltronas Tom Vac, com cubos de aço inox da Less. Uma iluminação especial destaca o pé direito de seis metros e a escultura suspensa criada para a ocasião pelo artista plástico Hernany Vieira. Blocos de cimento com agregado (mármore branco com cimento pigmentado no tom cru) formam o piso.

50. AMBIENTE: RESTAURANTE DO IPÊ
PROFISSIONAIS: JULIANA BOECHA, MÔNICA LEMOS e PATRÍCIA NICÁCIO
O Ipê, localizado na área externa do terreno, foi o centro de referência para a criação do projeto. Dando continuidade ao conceito da Casa Cor Minas 2001  - tecnologia de ponta associada à tradição de uma casa do início do século - as arquitetas associaram conceitos antigos ao moderno. Para dar suporte ao Ipê e introduzi-lo no ambiente, foi criado um aparador de madeira antiga. O ponto alto é a transparência do teto que permite aos visitantes observar as flores amarelas da árvore. 

Ao centro do restaurante serão utilizadas cadeiras de estilo com um estofamento importante - veludo vermelho com referência oriental - acompanhadas de cadeiras modernas com design limpo e reto. Outro elemento de destaque é a iluminação que mais uma vez une tecnologia aos elementos naturais - luminárias de tecido instaladas no teto e luz das velas. 

51. AMBIENTE: TERRAÇO DO PAU BRASIL
RESPONSÁVEL: EDWIGES CAVALIERI
O ambiente, a céu aberto, é acolhido pela sombra de um pau brasil de 70 anos de idade. Para valorizar ainda mais a rara árvore, a designer criou um jardim em "L" que tem árvores mortas e secas, no intuito de lembrar a devastação das matas virgens e das espécies em extinção. O piso do jardim também é coberto por folhas secas e recebe iluminação de efeito especial na cor âmbar.

Com o objetivo de apoiar o atendimento do bar e do restaurante, foram instaladas duas mesas de cinco metros de comprimento para uso coletivo e dois enormes aparadores de estruturas de ferro reagido e tampo de cerâmica artesanal. Madeiras e fibras predominam no mobiliário.

52. AMBIENTE: JARDIM DA DESPEDIDA
RESPONSÁVEL: PATRÍCIA HADDAD
No intuito de transformar uma pequena área vazia em um ambiente harmônico, bonito e que fizesse da despedida um momento inesquecível, a paisagista optou pela leveza e  romantismo. O ambiente, que não sofreu mudança arquitetônica, é composto de vasos de parafina, bambus ornamentados com orquídeas e prisma (objeto usado no feng shui). O piso tem revestimento gramazon granito, da Amazônia S.A., e a iluminação tem o toque da Iluminar.

Jardim de inverno, um dos destaques