Casa Cor-MG ganha página
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Uma casa
de 1914, tombada pelo Patrimônio Histórico, com referências
que guardam um pouco da memória de Belo Horizonte e uma edificação
totalmente construída através de conceitos de arquitetura
inteligente. O que poderia ser um contraponto tornou-se a alquimia da Casa
Cor Minas 2001, aberta ao público no dia 7/8/2001. Uma novidade
desta 7ª edição é o site
do evento: nele, o internauta poderá
conhecer um pouco dos 52 ambientes da mostra, ter informações
atualizadas sobre a programação dos bares, restaurantes,
seminários que serão realizados durante o período
de realização do evento, além de conferir fotos dos
público visitante. A mostra permanece aberta até 16/9/2001,
de terça a sexta-feira das 13 às 22 horas, aos sábados
das 11 às 22 horas e aos domingos das 10 às 21 horas.
Pela primeira vez, em todas as edições
da Casa Cor realizadas no Brasil, praticamente todo o espaço onde
será realizada a mostra, uma área de 1,1 mil m², foi
construído em apenas 40 dias. Esta iniciativa, que confirma a ousadia
do projeto, tornou-se possível em função do sistema
integrado de construção aplicado pela Construtora RKM.
O sistema inteligente de construção,
ainda pouco utilizado no Brasil, possibilita uma construção
mais econômica, limpa e rápida. Se a edificação
que abriga a maior parte dos ambientes nesta Casa Cor tivesse sido construída
pelo método convencional, demoraria o dobro do tempo para ficar
pronta e o custo poderia ser até 20% maior.
Soluções para o
bem-estar - Os 52 ambientes da mostra foram instalados em uma área
total de 2,1 mil m², sendo uma casa de 150 m² que pertenceu à
Família Franco e hoje integra o acervo do patrimônio municipal,
uma edificação de 310 m², além de jardins projetados
junto a um pomar com jabuticabeiras, um pé de jambo e ainda um pau-brasil
de 70 anos.
Os visitantes conhecerão as
propostas de decoradores e arquitetos, que abusaram da criatividade para
aliar tecnologia ao bem-morar. Só para citar algumas novidades,
que há bem pouco tempo poderiam ser imaginadas somente em casas
de um futuro distante, estão a substituição do olho
mágico por uma câmara conectada a um computador; persianas
que se abrem ao comando do controle remoto; janelas que se fecham ao respingo
das primeiras gotas de chuva; aparelhos domésticos acionados à
distância pelo computador, telefone ou voz; além de sensores
que racionalizam o uso de energia, sistemas de irrigação
de jardineiras automatizados e climatização de ambientes
por controle remoto.
Aquecendo o mercado - Além
de apresentar as tendências em arquitetura, decoração
e paisagismo, pode-se dizer que a Casa Cor seja uma indústria
itinerante, que anualmente colabora para aquecer a economia da cidade.
A estimativa de movimentação financeira para este ano é
da ordem de R$ 11,5 milhões. Esse valor se refere ao somatório
dos investimentos de todas as indústrias e empresas participantes
da exposição.
A Casa Cor também colabora
na geração de empregos. Em três meses (do início
das obras ao término do evento), a previsão é de que
cerca de 1.400 trabalhadores se envolvam na elaboração da
mostra, entre pedreiros, marceneiros, eletricistas, tapeceiros, pintores,
garçons, atendentes, segurança etc. Os frutos gerados para
a cidade vão além da período de realização
da mostra, já que o evento também contribui para a criação
de negócios futuros entre os seus participantes (empresas, arquitetos
e decoradores), empresas e visitantes.
A Casa Cor Minas 2001 é uma
realização da Cult Promoções, franqueada da
Casa Cor Minas Gerais, com apoio da Revista Casa Cláudia, Cecrisa,
Itautec/Philco, Multibrás, Construtora RKM, Ponteio Lar Shopping,
Lutron/Crestron e Telemig Celular. Patrocinadora oficial da Casa Cor Minas
2001 pela sétima vez consecutiva, a Deca aproveita a mostra para
apresentar seus lançamentos: as linhas de metais Revival; Oxford;
Belle Époque de Ville, Clássico e Tradicional; Duna Clássico;
Windsurf e Monocomando Decamix, além de Louças da linha Nuova
e cubas de apoio em modelos diversos. Entres os ambientes onde podem ser
encontrados esses lançamentos, estão o banho master e a cozinha
mineira.
Relação de Ambientes
e Profissionais da Casa Cor Minas Gerais 2001:
1. AMBIENTE:
JARDIM PRINCIPAL
RESPONSÁVEL: JOSÉ
AGANETTI BARROS
A primeira preocupação
do paisagista, ao elaborar o projeto, foi o de respeitar e reverenciar
o patrimônio histórico, preservando inclusive as espécies
vegetais existentes, como os manacás, a cerca viva de ficus e as
damas-da-noite. O caramanchão de madeira e aço é uma
versão contemporânea do mesmo que um dia existiu no jardim,
porém, formado por vasta vegetação. O ambiente é
embelezado por orquídeas que ficam dependuradas na estrutura. O
conjunto é completado por árvores altas que, através
de sua verticalidade, desenham os limites do espaço e ornamentam
o projeto.
2. AMBIENTE:
VARANDA DA FLORES
RESPONSÁVEL: PATRÍCIA
LAGE
A música Flores, do Grupo
Titãs, foi a fonte de inspiração para o projeto conceitual
da decoradora. A letra da música, aplicada em faixas de acrílico
transparente, contorna toda a parede do ambiente. Mini lâmpadas no
piso, colocadas em vasos de barro, simbolizam as flores. Paredes e teto
são definidos pelo trabalho de vinil adesivo da designer Glaura
Santos.
3. AMBIENTE:
HALL DA COLEÇÕES
RESPONSÁVEL: JÚNIA
FERRARI, ARQUITETA
Os objetos de arte são a
tônica deste ambiente, localizado no porão da casa tombada.
Para clarear o espaço e destacar os objetos, optou-se pelo predomínio
do branco. Somente a parede de fundo é de vidro amarelo, colocado
estrategicamente de forma a servir de eixo central e também dividir
uma bateria de expositores.
Contrastando com a casa antiga, a
instalação contemporânea valoriza os objetos de arte,
feitos basicamente de metais, madeira e pedras. Estarão expostas
obras de Marcos Coelho Benjamin, Sônia de Assis, José Bento
e Amilcar de Castro.
As obras são apresentados
em nichos de gesso acartonado. Uma cortina de tela aramada em bronze coroa
o ambiente com metal e a iluminação da Iluminar cria uma
atmosfera cênica, valorizando e pontuando os objetos de arte. O portão
é de Allen Roscoe e respeita a mesma linguagem utilizada pelos artistas.
4. AMBIENTE:
COZINHA DO GOURMET
RESPONSÁVEL: ANDRÉA
KER BACHA
O projeto mostra a mágica
da culinária com o calor do fogo, do vinho, do café e do
chocolate, com uma mescla entre o antigo e o hi tech. Para aproveitar bem
o espaço, foram usadas uma mesa que corre sobre trilho para auxiliar
o gourmet e também dar lugar para mais convidados; um gaveteiro
com rodízio; instalação de armários somente
na área inferior da bancada.
O ambiente apresenta uma série
de novidades em tecnologia:
- A grande vedete é a geladeira
com computador de tela plana acoplado na porta e identificador de código
de barras que regista o estoque de alimentos. O máximo da comodidade
ocorre quando o sistema envia um e-mail para o supermercado solicitando
a reposição dos produtos.
- O computador com tela plana permite
que o gourmet consulte receitas pela Internet.
- A instalação do
DVD contribui para que o espaço agregue as pessoas.
- A tecnologia de automação
é da Lutron e controla os sistemas de iluminação.
- O controle da cascata instalada
no ambiente, da persiana, som e DVD são automatizados através
do sistema Crestron.
5. AMBIENTE:
SALA DE JOGOS
RESPONSÁVEL: SANDRA MARIA
OLIVA GONTIJO
Os elementos principais do ambiente
são duas mesas de jogos de carta, uma com quatro lugares e outra
com dois, para jogos como gamão, xadrez, damas, entre outros. Todos
os móveis têm pés com rodízios.
Para criar uma iluminação
compatível com o clima descontraído ou de jogo, a decoradora
utiliza luminária com braço móvel. Um aparador é
usado como apoio para cafés, licores e vinhos. Nichos, sendo alguns
feitos com caixas de vidros coloridos, foram fixados nas paredes para expor
esculturas.
6. AMBIENTE:
BIBLIOTECA
RESPONSÁVEL: ROSÂNGELA
NÓBREGA E LÍLIAN LIMA
A biblioteca foi idealizada para
ser um recanto de leitura e de trabalho. Como está localizada no
porão da casa de 1914, as decoradoras preservaram as características
do local e usaram mobiliário contemporâneo, trazendo equilíbrio
entre os dois estilos. A madeira sucupira, o cristal jateado, espelhos
e a iluminação linear em néon dão aconchego
ao ambiente.
7. AMBIENTES:
ESCADA PRINCIPAL E ALPENDRE
RESPONSÁVEL: ANA PAULA MASSOTE
ROHLFS
Ao elaborar o projeto da escada,
principal entrada da Casa Cor 2001 Minas, a arquiteta respeitou a arquitetura
da casa tombada, construída em 1914, sem deixar de reforçar
o tema da mostra deste ano: tecnologia, com o uso de materiais modernos.
A contemporaneidade é percebida
na fachada lateral/alpendre, através do uso ousado e marcante do
aço de tom verde espelhado, ainda pouco difundido como revestimento
externo. Os pilares do alpendre têm detalhes em lâminas de
ferro envelhecido, propondo uma releitura dos capitéis existentes
junto ao frontão.
No patamar da escada, o piso é
de mármore Carrarinha e o do alpendre é de cerâmica
da Terra Tile, lançada em parceria com a ceramista Nícia
Braga. Balaústres com esferas e esculturas de Gilberto Lustosa recepcionam
os visitantes, logo nos primeiros degraus.
A varanda contemporânea recebeu
mobiliários funcionais - móveis de fibras sintéticas
e um puf de casca de banana. Para dar aconchego ao pé-direito elevado,
a presença de uma tela translúcida e iluminada no teto que
se finaliza onde começa o rolô, acionado por controle remoto.
8. AMBIENTE:
SALA DE VISITA
RESPONSÁVEL: SANDRA PENNA
Para aproveitar o espaço,
que dá passagem a vários ambientes, a designer criou um warm-up
lounge. O clima sensual foi obtido pelo uso de mobiliário e
luminária da designer Ayala Serfaty. A cortina de luz nas
passagens intensifica o astral do espaço, que tem também
uma escultura de Dan Fialdini.
Um elemento marcante da Sala é
a trilha sonora, criada especialmente pelo DJ Dudu Marques. Ouvintes de
dep
house, new bossa e progressive vão se esbaldar.
9. AMBIENTE:
GABINETE
RESPONSÁVEL: DODORA GONTIJO
O ambiente, todo revestido em madeira,
tem ares dos anos 50/60, mas sem perder a conexão com o século
XXI. Motivada por sua consciência ecológica, a decoradora
utiliza em seu projeto, a madeira de reflorestamento. Na verdade, um tipo
de eucalipto que depois de beneficiado fica com qualidade e aparência
de madeira nobre.
Presente em todo o revestimento,
inclusive no chão, a madeira reflorestada também faz parte
do mobiliário: estantes e aparador, que são um prolongamento
do piso, e também nos móveis do arquiteto e designer carioca
Sérgio Rodrigues, tido pela enciclopédia Delta Larrousse
como o pai do design do móvel moderno brasileiro. O artista, homenageado
por Dodora, mostra em primeira mão suas criações em
Minas. Entre elas, as réplicas da Poltrona Mole, que está
no Museu de Arte Moderna de Nova Iorque (Moma), e da poltrona “Oscar”,
encomendada por Niemeyer para presentear sua filha.
10. AMBIENTE:
SALA DE JANTAR DE UMA CASA MINEIRA
RESPONSÁVEL: ANA MACHADO
SALLUM
O projeto utiliza elementos do próprio
espaço, como o piso em peroba do campo, um pé direito de
quatro metros, janelas altas e tijolo maciço do século passado.
A decoração enfatiza o mobiliário à moda mineira,
com cadeiras em tiras de madeira escura e couro no assento.
No intuito de homenagear o talento
dos artistas mineiros, Ana Sallum convidou alguns para participar da decoração
de sua sala. O pé da mesa é de Pedro de Castro, o painel
em óleo, de Fernando Veloso, e as cerâmicas, de Ana Paula
Lanari.
11. AMBIENTE:
COZINHA MINEIRA
RESPONSÁVEL: JANICE FIUZA,
GINA FIUZA E GLORINHA LAGE
O ambiente une os elementos da cozinha
mineira tradicional às necessidades do estilo de vida moderna. A
concepção contrasta o antigo com o novo, tendo como resultado
um cozinha usável, funcional, cheia de charme e do sabor das cozinhas
de nossas avós.
A mesa antiga com cadeiras de Philippe
Starck é um convite ao convívio da família. Dois armários
foram confeccionados em madeira de demolição e tela, lembrando
os antigos “guarda-comidas”. Os eletrodomésticos são de aço
inox, os mais novos lançamentos da Brastemp. Acima da
bancada, as arquitetas projetaram um engradamento de madeira - solução
original para pendurar utensílios de cozinha e ervas aromáticas.
O piso em madeira original da casa foi conservado.
12. AMBIENTE:
SALETA DE LEITURA
RESPONSÁVEIS: CHRISTIANA
GONTIJO B. NOGUEIRA E CÁSSIO GONTIJO
Os profissionais criaram um ambiente
aconchegante, agradável e muito pessoal - o lugar onde o proprietário
da casa guarda os objetos mais queridos e desfruta de momentos de prazer.
A janela da casa é ampla para deixar entrar o verde do jardim, e
dar mais luminosidade. Varais de aço iluminam e valorizam
o pé direito elevado, de 3,60 metros. O piso claro oferece leveza
ao ambiente e a lareira intensifica o aconchego. O toque contemporâneo
apresenta-se na escrivaninha moderna e nas luminárias. No espaço
há também um mezanino para se guardar livros, malas, baús,
objetos colecionados. Na parede, o destaque é um quadro de Mônica
Sartori.
13. AMBIENTE:
QUARTO DA FILHA SOLTEIRA
RESPONSÁVEL: TEREZINHA GÉO
HORTA
O projeto foi criado a partir de
uma personagem - a estudante de hotelaria e turismo. Madeiras laqueadas
em tons diferenciados, uso do vidro acidado, acrílico e couro inseridos
no design dos móveis e a presença das ferragens são
as soluções práticas e modernas que marcam o projeto.
14. AMBIENTE:
QUARTO DO CASAL
RESPONSÁVEIS: ANAÍNE
VIEIRA PITCHON E ANDRÉA BORATTO
O espaço foi projetado com
a proposta de integrar o requinte e a funcionalidade, sem perder o conforto.
As arquitetas fizeram uso de fio de cobre, aço inox e dourado. Utilizaram
também cores variadas, misturadas a materiais metálicos,
com o objetivo de dar mais personalidade ao ambiente.
Pensando na funcionalidade, um dos
pontos principais do projeto, foi criado um armário multifuncional,
que é escritório, estante de TV, mini-copa e mini-closet.
Tapetes de cores quentes contrastam com o piso e mobiliário de madeira
clara lavada. Na iluminação, as profissionais empregaram
recursos tecnológicos para racionalizar o consumo.
15. AMBIENTE:
LAVABO DO COLECIONADOR
RESPONSÁVEL: ORLANDO LEMOS
O decorador teve uma proposta original
ao colocar no ambiente obras de arte, fazendo dele uma espécie de
mini galeria. Para criar o projeto, Orlando Lemos imaginou o dono da casa
como sendo um sofisticado colecionador de obras de arte, que esbanja charme
em seu banheiro social. Para apresentar as obras de artistas como Lígia
Clark, Cildo Meirelles, Benjamim, Bruno Ciorgi, foram criadas duas vitrines
de madeira que vão do chão ao teto. Entre elas, foi colocada
uma cuba de acrílico apoiada sobre bandeja de madeira, formando
uma estante de ar museológico, pela raridade de algumas peças.
Os metais cromados do ambiente são
da linha Duna Clássica, da Deca. Detalhe importante ficou por conta
da bica e dos registros aparentes. Sobre o piso bege, um tapete de nylon
da Marrie Camille. O teto rebaixado tem a mesma cor do piso, assim como
todos os embutidos colocados seqüencialmente em rasgos. Destaca-se
a parede de fórmica metalizada prateada.
16. AMBIENTE:
ORATÓRIO
RESPONSÁVEL: FERNANDO
HERMANNY
O arquiteto teve na dualidade religião/prazer
a inspiração para conceber seu espaço, que gira em
torno da imagem de Nossa Senhora dos Prazeres. A imagem proporciona ao
espaço fortes conotações sagradas, mas, como o próprio
nome sugere, mesclam-se a ela emoções terrenas, ao prazer,
ao profano. A obra, de origem portuguesa, é uma rara imagem do início
do século XVII, pertencente ao acervo particular da colecionadora
Sandra Penna.
A iluminação é
um dos principais elementos de composição do ambiente, que
tem paredes marrom-café e piso em granito preto. A imagem é
iluminada por fibra-ótica, o mesmo sistema utilizado nos melhores
museus do mundo, pois não produz calor e não compromete a
tinta original da peça. O pé-direito elevado é ressaltado
pelo trabalho rendado em papel nepalês de Hilal Sami Hilal, que flutua
sobre o fundo escuro, e pelos fachos de luz paralelos. Para complementar
a ambientação, o espaço é sonorizado com músicas
que pretendem emocionar o observador e conduzi-lo à reflexão
espiritual.
17. AMBIENTE:
QUARTO DO TIO
RESPONSÁVEL: PAULO LUSO
Para aproveitar plenamente o espaço
de oito metros quadrados, o arquiteto criou um kit em mogno composto por
cama, criados e mesa de computador/tv. Uma poltrona em tom laranja se destaca
e descontrai o ambiente de paredes em tons claros. O armário
embutido, revestido por espelho, proporciona amplitude ao espaço
de proporções reduzidas. Painéis de correr em madeira
com espelho jateado assumem o papel das cortinas. O toque cultural fica
por conta das fotografias de Nello Gontijo, executadas especialmente para
o quarto.
18. AMBIENTE:
PÁTIO DO JAMBO
RESPONSÁVEIS: RENATA PIETRA
PAPA E MARCELO GOULART DE SENA
Uma das novidades da Casa Cor Minas
2001 são os shows que aconteceM neste ambiente central, sob
o enorme pé de jambo.
O Pátio é composto
por três níveis, com pisos de cores e texturas diferentes.
A grande estrutura de madeira que surge do espelho d`água é
o símbolo do espaço, que também é uma extensão
do bar, com a presença de uma grande mesa comunitária.
O aspecto cenográfico e aconchegante é acentuado pela iluminação,
através de jogos de luz. O verde do jardim de grama japonesa arremata
as formas do espaço.
19. AMBIENTE:
LIVING
RESPONSÁVEL: BEATRIZ SIQUEIRA
Este é o primeiro dos 20
ambientes do apartamento modelo que, após a mostra, fará
parte do prédio que será construído pela RKM no terreno.
Na planta original, a sala tem três ambientes, mas aqui foi modificada
para caracterizar melhor os diferentes espaços. Para dar amplitude
ao Living, a arquiteta usou piso em mármore claro, paredes
e teto também com revestimento de tonalidade clara, e um espelho
aumenta a sensação de espaço.
A surpresa fica por conta de um biombo
que circula a metade da área de o estar, dando cor e luminosidade.
A iluminação é despojada e o mobiliário de
linhas retas. O cinema doméstico de dimensões reduzidas confirma
o moderno da concepção.
20. AMBIENTE:
VESTÍBULO E LAVABO
RESPONSÁVEL: SIMONE TEIXEIRA
Com inspirações inusitadas,
a profissional produziu um ambiente com massa asfáltica e quartzo
no piso, resgatando o famoso pó de pedra das fachadas. Na iluminação,
fachos de luz projetam-se do chão para o teto buscando referências
cênicas. Na bancada, a água escoa naturalmente através
de uma torneira com sensor fotoelétrico contida somente por uma
chapa de vidro, remetendo às antigas fontes. Na parede principal,
vidro belga pintado na cor prata, que nos atrai e desafia a tocá-lo
para compreender a sua natureza.
No “ambiente vaso” , a tela de cristal
líquido sensível ao toque quebra a intimidade passiva através
da interação sensorial com a música e com as imagens.
21. AMBIENTE:
HOME OFFICE
RESPONSÁVEL: LAURA RABE
Ao realizar o projeto, a designer
propôs elaborar um ambiente elegante, com traços limpos e
funcionais, conciliando organização e praticidade. O clima
calmo e agradável, necessário ao trabalho em casa, são
duas características marcantes do espaço, que também
oferece uma área de pesquisa ou relaxamento.
Os destaques tecnológicos
ficam por conta dos monitores, do aparelho de som da Nakamichi, e dos dois
mostradores de cristal líquido com som ambiente automatizado. O
painel em tom areia, criado pela designer e executado pela Oficina
de Design, abriga a mesa de trabalho.
O estilo contemporâneo do mobiliário
de design funcional tira partido do conceito do novo luxo. Destacam-se
aí, o trabalho em couro, o acabamento em laca do painel, a textura
do tecido de cortina e o conforto do tapete tibetano. Os tons utilizados
são, ao mesmo tempo, elegantes, calmos e modernos. O ambiente também
é composto por uma chaise, com design de Niemeyer,
e um móvel de apoio para CDs e bebidas, além de uma bela
imagem da Praça da Liberdade, em uma das paredes.
22. AMBIENTE:
JANTAR E VINHOS
RESPONSÁVEL: MÁRCIA
CARVALHAES
Inspirada em um cliente apreciador
de vinhos, a profissional optou por colocar um grande aparador/adega em
imbuia escura para abrigar a coleção do proprietário.
A mesa de jantar é redonda, para oito lugares, também em
imbuia escura. As cadeiras são revestidas de couro e pêlo.
Nas paredes, painéis em madeira pintada, na mesma cor do piso: mármore
“lime stone blue”. Um grande espelho em uma das paredes dá amplitude
ao ambiente e cortinas em seda cinza nas janelas completam a decoração.
23. AMBIENTE:
VARANDA
RESPONSÁVEL: PEDRO LÁZARO
RODRIGUES
A iluminação moderada
do ambiente foi obtida através da cobertura de painéis de
madeira laqueada móvel. Esse mesmo material, usado também
como divisórias, é o ponto alto desse espaço. As madeiras
horizontais, separadas entre si, permitem aos observadores criar imagens
com o movimento das pessoas do outro lado da parede.
Compõe o mobiliário
uma confortável chaise Passpatourt, feita de um bloco de
espuma revestido em vinil. O Blue Bench tem sentido multifuncional: pode
ser para uso individual ou para acolher várias pessoas. O aspecto
horizontal do ambiente é enfatizado pelo grande banco/estante de
freijó natural e palhinha. Cadeiras Platner, originais da década
de 50, fazem a conexão com o antigo.
24. AMBIENTE:
SALA DE TV
RESPONSÁVEIS: CRISTINA MENEZES
E LECTICIA VIANNA
Seguindo a concepção
da Casa Cor Minas 2001, que traz a tecnologia como palco para uma vida
confortável, segura e atraente, a sala de TV, concebida para ser
um espaço multiuso, é o que se poderia chamar de um ambiente
inteligente.
Tudo é automatizado pela tecnologia
Crestron, desde a iluminação, com sistema Lutron que forma
cenas
diferenciadas, ao controle dos equipamentos de áudio e vídeo
do cinema caseiro. Para se ter uma idéia, dando apenas um comando
no painel Crestron, previamente programado, simultaneamente a TV plasma
sai verticalmente de dentro da estante, a persiana se fecha, uma iluminação
aconchegante cria a cena ideal para se assistir ao programa e o ar refrigerado
é acionado. Detalhe: tudo isso também pode ser acionado/desligado
através de comandos do telefone celular.
O mobiliário, de design
contemporâneo, atende aos variados gostos: tablados com almofadas,
para os que gostam de assistir TV deitados ao chão, e poltronas
e sofás que se transformam em chaise, para o conforto individualizado.
Como apoio, o ambiente dispõe de uma pequena geladeira, um Umidor
de Charutos e um mini bar. Tudo isso posicionado junto à estante
de TV, confortavelmente à mão de todos.
25. AMBIENTE:
SUÍTE MASTER
RESPONSÁVEL: JACQUELINE SALOMÃO
A mistura de temas dá o tom
aconchegante ao ambiente. Materiais rústicos sobrepõem-se
e funcionam em harmonia com elementos modernos e sofisticados para o quarto
do casal cheio de afinidades, mas com identidade própria e respeito
a individualidade. De um lado o tom do antigo na mesa, do outro a leveza
da modernidade. Na prancha de apoio de madeira maciça, o encontro
da rusticidade com a alta tecnologia. Sobre ela, obras de arte e livros.
26. AMBIENTE:
BANHO MASTER
RESPONSÁVEL: CHRISTINE BOERGER
A grande vedete do ambiente é
a Hidromasauna da El Bagno, fabricada na Itália, multifuncional
- hidromassagem, sauna a vapor com cinco climas diferentes e massagem na
planta dos pés.
Através de painel de comando
eletrônico, pode ser integrada a um sistema de automação
e receber comandos à distância pelo celular. É mais
um exemplo do que a tecnologia pode fazer pelo conforto e bem-estar das
pessoas.
27. AMBIENTE:
QUARTO DO NENÉM
RESPONSÁVEL: EDUARDA CORRÊA
Com a presença de peças
clássicas como a poltrona Charles Eames e a mesa Sarineem, a arquiteta
mostra como é possível criar um quarto ao mesmo tempo infantil
e elegante. O trocador e os nichos, de design da arquiteta, dão
charme ao quarto. A moldura em MDF com apliques em gesso de ursos e flores
na parede finalizam a decoração criando um clima lúdico
que inspira e emociona.
28. AMBIENTE:
SALETA DO BAINHO
RESPONSÁVEL: RUBIA SCHWARTZ
O lúdico e o funcional são
a tônica da Saleta, projetada para proporcionar um clima de aconchego
ao momento do banho do neném. Entre os recursos lúdicos,
destaca-se o painel pintado pela artista plástica Bebeth Leonardo,
onde foram aplicados a barra de cerâmica com ondas e golfinhos de
porcelana, lançamentos da Terra Tile.
Para compor a bancada, a decoradora
optou pelo Silestone. Um compacto de quartzo e cristais, resistente a manchas
e riscos, e de fácil assepsia. Compõem o ambiente potes exclusivos
da Il Bagno, com temas infantis, e um moderno chuveiro colocado em barra.
29. Closet
Infantil
Responsável: Érika
Valadares Foureaux
Uma porta de correr divide os dois
closets - o do bebê e do “pirralho” - e cria um clima de “passagem
secreta” entre os ambientes. O lúdico norteou o projeto de Érika,
que criou no espaço do menino um cenário com elementos de
um castelo.
Destacam-se a construção
do closet armário e o tapete de pedra.
30. AMBIENTE:
GALERIA E JARDIM
RESPONSÁVEIS: JOANNA MENDES
CIRUFFO E PAULO JUNQUEIRA RIBEIRO
O espaço tem como ênfase
a convivência harmônica entre os moradores e foi concebido
para proporcionar um clima relaxante frente ao estresse diário.
Seguindo a filosofia amigo-da-natureza,
os arquitetos buscaram a utilização de materiais naturais
na ambientação, como a pedra. Vidro e cerâmica também
estão presentes. A cantaria do século XVIII, pertencente
a uma fazenda da região de Berilo, compõe o ambiente, juntamente
com as luminárias da premiada designer israelense Ayala Sertaty.
31. AMBIENTE:
QUARTO DO PIRRALHO
RESPONSÁVEIS: VIVIANE SAMPAIO
DE MOURA CASTANHEIRA
O projeto transmite a sensação
de retorno à infância, mas com o conforto e tecnologia atuais.
A profissional busca despertar os sentidos sensoriais das pessoas - para
ressaltar a visão, foi intensificado o uso de cores e formas; texturas
diferentes exaltam o tato; e para aguçar a audição,
uma seleção criteriosa de músicas tornam o ambiente
um lugar mágico, algo que toda criança gostaria de ter em
casa.
A tecnologia é notada através
da TV com vídeo e joguinhos eletrônicos. Para dar vida e movimento
ao ambiente, estão espalhados pelo quarto desenhos de autoria mirim,
marcas de pés e mãos infantis. O mobiliário, da Vibel,
condiz com a proposta de usar móveis que favoreçam o desenvolvimento
dos talentos das crianças, com segurança e conforto. Obras
da artista plástica Niki de Saint Phalle, que ficou famosa na França
pela ousadia na utilização de formas e cores, proporcionam
cultura e arte à meninada.
32. AMBIENTE:
BANHEIRO DO MENINO
RESPONSÁVEL: CHRISTIANNE
TARANTO
A arquiteta buscou inspiração
no filho Pedro de oito anos para pensar o projeto. Partindo do princípio
de que as crianças não gostam de parar de brincar nem na
hora do banho, o banheiro foi transformado em palco para brincadeiras.
A banheira, de medidas especiais
da Il Bagno, é um convite a banhos demorados e inesquecíveis.
Os revestimentos são claros, transparentes e sugerem limpeza. O
aquário é utilizado tanto como elemento calmante como para
aguçar a imaginação da meninada. O espelho do painel
deslizante permite que a criança se veja por inteiro.
33. AMBIENTE:
QUARTO DA TEEN
RESPONSÁVEL: GISLENE LOPES
As tonalidades de uva e lilás
remetem a adolescente ao romantismo, sem perder a praticidade e modernidade
do século XXI. O sistema de automação do projeto personaliza
e valoriza o ambiente como a cortina que corre por sistema de controle
remoto. Como o espaço é pequeno, tudo foi planejado para
que o canto de estudo acomodasse um painel revestido em couro e chapa de
aço inox escovado, com computador, livros, fotos, som e TV.
34. AMBIENTE:
CAMARIM DE PRODUÇÃO
RESPONSÁVEL: ANA LÚCIA
RODARTE
Este ambiente é, na verdade,
o banheiro da suíte da adolescente. A decoradora criou um espaço
multifuncional em uma área reduzida, com propostas não convencionais,
que tiveram um resultado inovador.
O box tradicional deu lugar
a uma cortina rolô motorizada e embutida no teto assim como o chuveiro.
As paredes foram revestidas de chodopak branco, dando leveza, luminosidade
e sensação de amplitude. Outros detalhes importantes são
a utilização do vidro laminado em amarelo forte, que dá
cor e calor ao ambiente, e as estruturas produzida com rodízios
que podem ser movimentadas no espaço. Com isso, o ambiente assume
a sua multifuncionalidade sendo usado como lavabo, toucador e camarim de
produção. Os móveis são da Linea D’oro.
35. AMBIENTE:
COZINHA
RESPONSÁVEL: JOHANNA LANNA
ANASTASIA RABELO CARDOSO E TOMÁS ANASTASIA RABELO HORTA
O projeto ressalta as possibilidades
trazidas pelos novos métodos construtivos. O uso de shafts, tubulações
flexíveis, paredes ocas, eliminam a necessidade de encanamentos
embutidos na alvenaria, evitando vazamentos e infiltrações.
Os profissionais trabalharam o espaço para compor uma copa-cozinha
despojada, contemporânea e mais econômica.
36. AMBIENTE:
LAVANDERIA MULTIUSO
RESPONSÁVEL: FLÁVIA
SOARES
A lavanderia é um espaço
multiuso que vai além das funções de lavar e secar
roupas. O cantinho da circulação abrigou a casa do cachorro
e próximo à janela foi reservado um espaço para trabalhar
com as plantas. As bancadas foram fabricadas em Silestone branco. O charme
e diferencial ficam por conta dos acabamentos rústicos como ladrilho
hidráulico e placa de concreto, da Terra Tile.
37. AMBIENTE:
LAVABO DO HOBBY
RESPONSÁVEL: MÁRCIA
FERNANDES
Para ampliar o pequeno espaço
de 2,4 metros quadrados, a decoradora privilegiou o branco nas louças
e no pavit (Vidrotil). Nos detalhes, porém, destacam-se cores como
o preto e o verde. A parede ondulada ao fundo, com chapas de aço
na cor verde (Inoxcolor), ajuda a quebrar a forma retangular do espaço.
Nela são incrustados nichos que substituem os armários convencionais,
proporcionando mais espaço para se guardar toalhas e sabonetes,
livros, e outros objetos. O bojo e a torneira formam um belo conjunto com
o painel e a bancada de MDF revestidos com radica noce ebanizada.
38. AMBIENTE:
HOBBY
RESPONSÁVEL: PAULA GONTIJO
O projeto foi desenvolvido para
conceber um local onde os donos da casa possam relaxar. A arquiteta optou
por criar um ambiente aconchegante e intimista para que a pessoa fique
em paz consigo mesma e alivie as tensões diárias, meditando,
ouvindo boa música, lendo um bom livro. O teto é rebaixado
e as paredes são forradas com painel de madeira clara. No chão,
uma inovação: o uso de um piso de papel prensado para proporcionar
conforto a quem ficar descalço para meditar. Propositalmente, foram
usados poucos móveis para dar mais amplitude ao espaço.
39. AMBIENTE:
DESPENSA
RESPONSÁVEL: LUCIANA CZECHMEISTER
E SUZANA TEIXEIRA DE MELLO FREITAS
O projeto faz da despensa um local
atraente e de permanência mais prolongada que o usual. Para isso,
utilizaram materiais e composições para atrair o visitante:
o chão induz à entrada por seu desenho de listras em
preto e branco que prolongam o espaço, seguido pela divisória
de vidro translúcido na cor laranja que permite a visualização
completa do ambiente. A bancada, as prateleiras e os caixotes são
de madeira pintada ao natural.
Para controlar a luminosidade natural
vinda da janela foi utilizada uma estrutura acoplada a um toldo de tecido
telado e móvel, que veda sem obstruir a luz.
40. AMBIENTE:
JARDIM DE INVERNO
PROFISSIONAL: BERNADETTE CORRÊA
O projeto prevê um espaço
amplo, claro e confortável, ideal para a leitura, para ouvir
uma boa música ou assistir um bom filme. Tudo isso, em contato constante
com a natureza, através do jardim, do espelho d´água
ou da iluminação zenital, onde se pode ver o céu.
O ambiente reúne todos os
elementos da natureza: água, ar e terra. Por isso mesmo, a composição
do mobiliário também segue este conceito: piso em deck de
madeira, tecidos em linho e algodão e mobiliário em madeira,
ferro e couro.
As referências tecnológicas
aparecem na automatização da iluminação da
La Lampe, do som, vídeo, persianas, funcionando através de
um único aparelho de controle, o Crestron.
41. JARDIM
DO CAFÉ E BAR
RESPONSÁVEIS: PEDRO MALLOY
E DENISE AUGSTEN
Duas frondosas árvores frutíferas,
tombadas pelo patrimônio histórico, nortearam o projeto dos
paisagistas. Maciços de vegetação de baixo porte (forrações)
compõem o ambiente. Para o equilíbrio entre os elementos
verticais e rateiros, conjuntos de arbustos da espécie pitosporo.
No cento do jardim, três belas
esculturas do artista Ricardo Carvão, que margeiam os espelhos d’água,
acompanham a imponência das copas. Bancos Link, de Samy Lansky, se
destacam no ambiente iluminado pela Dominici.
42. AMBIENTE:
CYBER CAFÉ
RESPONSÁVEL: MARINA MACIEL
O projeto foi desenvolvido para
conceber um espaço cibernético não convencional, mas
sem perder o caráter de um café. A área abriga o espaço
da construtora RKM e aí, a natureza e tecnologia convivem harmoniosamente
entre si, traduzidos pela presença de uma antiga jabuticabeira,
madeiras de reflorestamento e equipamentos avançados de automação.
Entre as novidades, está o
sistema de segurança o qual imagens são captadas por uma
câmera e transmitidas pela Internet, através do sistema E-Control,
da Crestron. Isso possibilita que se tenha o controle da casa, de qualquer
parte do mundo. Tudo o que estiver acontecendo no Cyber Café poderá
ser monitorado por quem passar pelo Jardim de Inverno, através da
tela de um notebook. Com o sistema de automação também
é possível programar a TV para apresentar uma pequena janela
no canto da tela, com imagens da casa, enquanto se assiste à programação
normal.
A iluminação é
outra inovação. A tecnologia Grafc Eyes, da Lutron, permite
a programação de "cenas de luz". Ou seja, em períodos
distintos, a iluminação é alterada, conforme definição
prévia. Todo o controle é interligado pela tecnologia da
Crestron, o que significa que o comando de acender ou apagar pode ser feito
à distância, pela Internet ou celular.
Os computadores da Itautec disponíveis
ao público, conectados à rede através do portal Terra,
ficam dentro de tubos gigantescos de tecidos translúcidos, de cinco
metros de altura. Esses elementos são iluminados de forma a criar
um teatro de sombras por quem está acessando o computador. Os tubos
também podem ser vistos como grandes luminárias que verticalizam
o ambiente, em contraste às linhas longilíneas presentes.
O antigo e o moderno são percebidos pelo uso de mourões de
eucalipto, de reflorestamento, e móveis de linhas modernas. As paredes
têm pinturas texturizadas e, para compor o ambiente, mármore
travertino bruto.
43. AMBIENTE:
SALA DE TECNOLOGIA
RESPONSÁVEIS: PEDRO LÁZARO
RODRIGUES E ALOÍZIO MEIRELES
Toda a tecnologia empregada na construção
de mil metros quadrados da Casa Cor Minas 2001 é apresentada neste
ambiente cenográfico, caracterizado por um labirinto escuro dividido
por grandes painéis de plástico preto.
Marcas e produtos são mostrados
através de ícones luminosos que se destacam no espaço
negro. São anteparos de vidro, espelhos, projetores e caixas de
luz permeados por alta tecnologia e interligados às conchas de acrílico,
“sound tubes”. Esse equipamento tem como destaque a “coluna” de
som, ou seja, para ouvi-lo, é necessário estar debaixo da
concha.
44. AMBIENTE:
SHOPPING
RESPONSÁVEL: EDSON LUIZ MARINHO
E REGINA MÁRCIA FONSECA MOURA
O ponto de partida do projeto é
a utilização do eucalipto como opção de material
nobre e uma alternativa arquitetonicamente viável. Neste ambiente,
os profissionais usaram o “ eucalyptus cloeziana” , de origem australiana,
que tem tonalidade mais clara e bom desempenho no revestimento do ambiente.
Como referência de equilíbrio e sintonia com a natureza, há
a presença forte do vermelho (urucum), do preto (jenipapo), e cru
(palha e fibras). As vitrines ganharam cortina de sementes feitas
pela tribo Krenak e também pintura em urucum como pano de fundo
para a escultura em eucalipto, do artista plástico chileno radicado
em Sete Lagoas, Hugo Pagani. É dele também o trabalho feito
no gesso cartonado com grafismo inspirado na arte indígena.
45. AMBIENTE:
BANHEIRO PÚBLICO MASCULINO
RESPONSÁVEIS: JACQUELINE
MELO E JULIANA FRANÇA
O ambiente, voltado para um público
de estilo eclético, possui linhas modernas e, sobretudo, práticas,
para facilitar sua utilização e manutenção.
No intuito de criar um espaço iluminado, foram usadas cores claras,
associadas a tons vivos.
Materiais nobres como porcelanato,
mármore italiano e vidros laminados com películas coloridas,
contrapostos à madeira de demolição, dão um
ar sofisticado ao local.
46. AMBIENTE:
BANHEIRO PÚBLICO FEMININO
RESPONSÁVEIS: FERNANDO MACULAN
ASSUMPÇÃO E RAFAEL PRATES YANNI
O ambiente funcional tem como destaques
o boxe, a área de circulação e o painel.
Os boxes, transformados em caixas
vermelhas, são percebidos desde o hall da entrada. Teto,
parede e piso da circulação formam um único elemento
construtivo, caracterizado pela cor preta. O espaço se completa
com um painel de azulejos desenhados pelos arquitetos. Destaque para a
instalação luminosa de lâmpadas fluorescentes sobre
o forro de acrílico.
47. AMBIENTE:
RESTAURANTE EUCLYDES
PROFISSIONAIS: LEONARDO DINIZ E
SANDRA QUICK
O ambiente alia história
mineira e o passado do local com a proposta de um espaço contemporâneo
e rico. O barroco e seus elementos são os grandes norteadores do
projeto - uma leitura de movimento de significado particular para os mineiros
foi o argumento escolhido para a criação de um espaço
moderno, harmonioso e contemporâneo.
O ouro confere elegância e
sobriedade no jogo de gigantescas pétalas douradas que flutuam levemente
sobre o teto do restaurante, a sete metros de altura. O jogo de espelhos
e transparências reforçam o caráter barroco, usados
num ritmo sequencial e geométrico, o que marca a imagem contemporânea
do espaço. Contrates e diferenças são a todo o momento
explorados no projeto, desde a passarela negra do piso contrastando com
as cadeiras leves do arquiteto Philippe Starch.
48. AMBIENTE:
DECK
RESPONSÁVEL: ZILDA SANTIAGO
E ANAMARIA BRETAS DINIZ
A localização não
poderia ser melhor: no meio dos jardins e entre o restaurante e o bar.
A bela jabuticabeira que ocupa a parte central dos 80 metros quadrados
deste ambiente é um belo destaque. As arquitetas usaram mobiliário
variado - bancos, pufs em palha, cadeiras e sofás com almofadões
coloridos - possibilitando o visitante almoçar ou comer um
rápido tira-gosto, tendo uma bela vista de toda a Casa Cor. A iluminação
fica praticamente por conta da luz de velas.
49. AMBIENTE:
BAR 1007
RESPONSÁVEIS: LENA PINHEIRO
E ANNA LAMAS
Para criar um “certo impacto” logo
na entrada do bar, que tem no nome o número da casa tombada, que
pertenceu à família Franco, as profissionais criaram um túnel
todo revestido de vidro laminado azul, com iluminação também
azulada. No chão, que se estende desde a parte do túnel até
o interior, está um tapete desenhado pelas arquitetas, formando
uma ilha, com mesinhas e assentos de madeira freijó, e que divide
o bar em dois ambientes.
No mobiliário, mesas tipo
bandeja de sucupira e de aço carbono oxidada com pranchão
central de madeira freijó. Cadeiras mineiras, com espaldar alto
do século XIX, se contrapõem às poltronas Tom Vac,
com cubos de aço inox da Less. Uma iluminação especial
destaca o pé direito de seis metros e a escultura suspensa criada
para a ocasião pelo artista plástico Hernany Vieira. Blocos
de cimento com agregado (mármore branco com cimento pigmentado no
tom cru) formam o piso.
50. AMBIENTE:
RESTAURANTE DO IPÊ
PROFISSIONAIS: JULIANA BOECHA, MÔNICA
LEMOS e PATRÍCIA NICÁCIO
O Ipê, localizado na área
externa do terreno, foi o centro de referência para a criação
do projeto. Dando continuidade ao conceito da Casa Cor Minas 2001
- tecnologia de ponta associada à tradição de uma
casa do início do século - as arquitetas associaram conceitos
antigos ao moderno. Para dar suporte ao Ipê e introduzi-lo no ambiente,
foi criado um aparador de madeira antiga. O ponto alto é a transparência
do teto que permite aos visitantes observar as flores amarelas da árvore.
Ao centro do restaurante serão
utilizadas cadeiras de estilo com um estofamento importante - veludo vermelho
com referência oriental - acompanhadas de cadeiras modernas com design
limpo e reto. Outro elemento de destaque é a iluminação
que mais uma vez une tecnologia aos elementos naturais - luminárias
de tecido instaladas no teto e luz das velas.
51. AMBIENTE:
TERRAÇO DO PAU BRASIL
RESPONSÁVEL: EDWIGES CAVALIERI
O ambiente, a céu aberto,
é acolhido pela sombra de um pau brasil de 70 anos de idade. Para
valorizar ainda mais a rara árvore, a designer criou um jardim em
"L" que tem árvores mortas e secas, no intuito de lembrar a devastação
das matas virgens e das espécies em extinção. O piso
do jardim também é coberto por folhas secas e recebe iluminação
de efeito especial na cor âmbar.
Com o objetivo de apoiar o atendimento
do bar e do restaurante, foram instaladas duas mesas de cinco metros de
comprimento para uso coletivo e dois enormes aparadores de estruturas de
ferro reagido e tampo de cerâmica artesanal. Madeiras e fibras predominam
no mobiliário.
52. AMBIENTE:
JARDIM DA DESPEDIDA
RESPONSÁVEL: PATRÍCIA
HADDAD
No intuito de transformar uma pequena
área vazia em um ambiente harmônico, bonito e que fizesse
da despedida um momento inesquecível, a paisagista optou pela leveza
e romantismo. O ambiente, que não sofreu mudança arquitetônica,
é composto de vasos de parafina, bambus ornamentados com orquídeas
e prisma (objeto usado no feng shui). O piso tem revestimento gramazon
granito, da Amazônia S.A., e a iluminação tem o toque
da Iluminar.
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