Recursos hídricos terão
encontro no Chile
Inscrições de
trabalhos técnicos vão até o dia 31/7/2001
Um dos
mais importantes debates sobre a gestão e o aproveitamento dos recursos
hídricos mundiais ocorrerá no Chile, de 24 a 26/10/2001:
o III Encontro das Águas “Água,
Vida e Desenvolvimento”. Organizado pelo governo chileno e pelo Centro
Regional Sul do Instituto Interamericano de Cooperação para
a Agricultura (IICA), o evento de Santiago do Chile é dirigido a
cientistas, acadêmicos e representantes dos setores público
e privado e de organizações da sociedade civil envolvidos
com a elaboração de políticas públicas de conservação
e otimização da água.
A programação do encontro
inclui a apresentação, em painéis e pôsteres,
de trabalhos técnicos de pesquisadores e profissionais envolvidos
com a questão. Os interessados em mostrar seus projetos têm
até o dia 31/7/2001 para a inscrição dos trabalhos
que deverão abordar políticas e estratégias para o
desenvolvimento sustentável; gestão pública, uso e
conservação dos recursos hídricos e a importância
da irrigação. A inscrição pode ser feita no
site
do evento, que também traz mais informações sobre
o encontro, inclusive em português.
Além de compartilhar experiências
sobre as políticas adotadas pelos países para a utilização
dos recursos hídricos, os participantes do III Encontro das Águas
vão discutir estratégias de aproveitamento da água
para a promoção do crescimento social e econômico das
nações sem danos ao meio-ambiente. As conferências
terão caráter multidisciplinar e vão tratar de aspectos
como infra-estrutura de obras hidráulicas, normas jurídicas
de direitos e usos dos recursos hídricos entre outros.
O evento contará com palestra
de especialistas internacionais como o ganhador do 11º Prêmio
Stockholm Water – uma das mais conceituadas premiações na
área de gestão de recursos hídricos - professor Takashi
Asano, da University of Califórnia/Davis, nos Estados Unidos; Mark
Farrel, da Water Resources Associates e o professor Riccardo Petrella,
da Université Catholique de Louvain, França.
Destaque mundial - Os recursos
hídricos mundiais são fundamentais para o crescimento e desenvolvimento
da humanidade que utiliza a água como fonte de energia, meio de
transporte para a obtenção de minerais e outros elementos
naturais e, lógico, para hidratar o corpo e irrigar a terra.
Desde o final da década de
1970, governos, cientistas, pesquisadores e a sociedade discutem as questões
que envolvem o uso dos recursos hídricos mundiais e os possíveis
problemas que a escassez de água potável e a poluição
de rios, mares e oceanos podem trazer para o desenvolvimento dos países.
Os debates envolvem não só os aspectos ambientais como também
interesses políticos e econômicos das nações.
Em 1997, o Brasil foi sede do I Encontro
das Águas, que aconteceu em Fortaleza. O segundo encontro foi em
Montevidéu, no Uruguai. Ambos os eventos contaram com a organização
do IICA, entidade especializada em promover, estimular e apoiar os esforços
dos países membros em busca do desenvolvimento rural sustentável.
IICA - A estratégia de
atuação do IICA está concentrada nas áreas
de políticas socio-econômicas, comércio e investimento,
ciência e tecnologia, recursos naturais e produção
agropecuária, sanidade agropecuária e desenvolvimento rural.
No Brasil, onde está desde 1964, o instituto deu apoio e consultoria
técnica para a criação da Empresa Brasileira de Pesquisa
Agropecuária (EMBRAPA), da Empresa Brasileira de Assistência
Técnica e Extensão Rural (EMBRATER) e do Instituto Brasileiro
de Reforma Agrária (IBRA), que deu origem ao Instituto Nacional
de Colonização e Reforma Agrária (INCRA).
Atualmente, fazem parte do IICA os
seguintes países: Antígüa e Barbuda, Argentina, Bahamas,
Barbados, Belize, Bolívia, Brasil, Canadá, Chile, Colômbia,
Costa Rica, Dominica, El Salvador, Equador, Estados Unidos, Granada, Guatemala,
Guiana, Haiti, Honduras, Jamaica, México, Nicarágua, Panamá,
Paraguai, Peru, República Dominicana, Santa Lúcia, St Kitts
e Nevis, São Vicente e Granadinas, Suriname, Trinidad e Tobago,
Uruguai, Venezuela.
São observadores permanentes:
Alemanha, Áustria, Bélgica, Comunidade Européia, Espanha,
Federação Russa, França, Hungria, Israel, Itália,
Japão, Portugal, Reino dos Países Baixos, República
Árabe do Egito, República da Coréia, República
da Polônia, República Tcheca e Romênia. |