ABTA lança série de
estudos
Primeiro volume traz trabalho
sobre o compartilhamento de postes e dutos
Abordando
os temas mais relevantes e polêmicos do setor, a Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA)
está lançando a série Estudos ABTA. O primeiro
volume, Postes e Dutos - O Monopólio Natural das Infra-estruturas
Analisado sob a Ótica do Direito Concorrencial e da Teoria Econômica,
aborda o compartilhamento da infra-estrutura pertencente às concessionárias
de serviços públicos
com as operadoras de televisão a cabo e outros serviços.
Na publicação, foram compilados dois trabalhos acerca do
assunto: o parecer técnico elaborado pela Fundação
Getúlio Vargas (FGV) e o parecer jurídico do professor Tércio
Sampaio Ferraz Junior, do escritório Magalhães, Ferraz, Lino
e Bruna - Advocacia.
"A intenção da ABTA
ao publicar a série Estudos ABTA é divulgar o resultado
do extenso trabalho que a associação desenvolve em defesa
dos interesses da indústria de televisão por assinatura no
País", explica o diretor jurídico da entidade, José
Francisco de Araújo Lima, autor do prefácio do primeiro volume.
O parecer técnico da FGV foi
elaborado por uma equipe de sete profissionais sob coordenação
do professor Cláudio V. Furtado, a pedido da ABTA e da Associação
Brasileira de Prestadoras de Serviço Telefônico Fixo Comutado
(Abrafix). O estudo propõe fórmulas de cálculo dos
preços a serem cobrados pelos titulares de infra-estruturas - as
distribuidoras de energia elétrica, concessionárias de serviços
de telefonia fixa ou prefeituras. "Existem, no caso brasileiro, indícios
de abuso de posição dominante propiciada pela propriedade
de postes e vinculada à tentativa de fechamento do mercado", frisa
o estudo referindo-se ao monopólio que permite às donas dos
postes e dutos praticar preços proibitivos.
O parecer jurídico do professor
Tércio Sampaio Ferraz Junior ratifica o estudo da FGV. A análise
conclui que "incorre em abuso do poder econômico a concessionária
de energia elétrica que se recusa a franquear o acesso de operadores
de serviço de telecomunicações de interesse coletivo,
sem que isso se deva a motivos técnicos insuperáveis, bem
como a que exige preços excessivos em contrapartida desse compartilhamento".
Os volumes da série Estudos ABTA serão distribuídos
aos associados da entidade e autoridades.
Entidade - A Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura, ABTA, criada
em 1993, é uma sociedade civil, de âmbito nacional, sem fins
lucrativos, constituída por empresas privadas e associações
com atividades relacionadas direta ou indiretamente com a prestação
de serviços de telecomunicações no regime de assinatura.
Tem como associados representantes
das operadoras (empresas proprietárias e/ou operadoras de centrais
de recepção, processamento, geração e retransmissão
do sinal para os assinantes); fornecedores de equipamentos e prestadores
de serviços (suprem equipamentos, material de instalação,
acessórios peças e materiais de manutenção);
programadores (atuam na compra de programação externa, adaptação,
produção e edição de programas) e sócios
aspirantes (empresas que ainda não atuam no setor representado pela
ABTA).
A associação tem como
compromisso, desde a sua fundação, contribuir para o desenvolvimento
e a profissionalização da indústria das telecomunicações
por assinatura no país. |