Vírus W32/Sircam se espalha
rapidamente
Identificado
no dia 17/7/2001, já está fazendo estragos em São
Paulo, como em outros lugares do mundo, o vírus W32/Sircam, que
está se espalhando rapidamente, apesar de seguir um padrão
para o qual os internautas têm sido seguidamente alertados, de evitar
mensagens de correio eletrônico que contenham anexos executáveis
e de origem duvidosa ou aparência suspeita. No caso deste vírus,
o código malicioso se encontra num arquivo anexo a uma mensagem
eletrônica, que apresenta assuntos e conteúdos variáveis.
O anexo geralmente é chamado de SirC32.exe, mas seu nome e extensão
também podem ser trocados.
“Por essa razão, recomendamos
aos nossos usuários que tomem precauções com e-mails
e evitem executar qualquer arquivo não-solicitado ou de origem duvidosa”,
adverte Pedro Pajares, diretor executivo da Panda Software no Brasil.
Essa empresa espanhola produtora
de antivírus, aliás, avisa a todos os seus usuários
para não se preocuparem com o W32/Sircam, pois já disponibilizou
para cópia pela Internet a vacina contra essa nova praga virtual.
Mais do que isso: também desenvolveu um antídoto para quem
já foi contaminado. Trata-se de um programa que pode ser baixado
gratuitamente no site da Panda. Depois de executado, ele corrige os
danos provocados pelo vírus no micro infectado. “Todos os usuários
de Panda Antivírus devem fazer imediatamente a atualização
do arquivo de seu computador. Sem isso, continuam vulneráveis”,
avisa Pedro.
A Panda Software disponibilizou as
rotinas de desinfecção em seu site
internacional, onde também podem ser obtidos mais detalhes sobre
este novo vírus. Os usuários que precisarem do aplicativo
PQRemove para fazer a limpeza do seu computador infectado também
pode fazer
a cópia gratuitamente no site. Aqueles que não têm
antivírus podem utilizar o Panda ActiveScan, ferramenta on-line
e gratuita, que também pode ser encontrada no site da empresa.
Outras - Além do alerta
inicial da Panda, outras produtoras de anti-vírus estão complementando
as informações em seus avisos, permitindo formar um quadro
de vínculos para endereços onde podem ser buscadas mais informações:
Segundo o engenheiro Marcelo Neubauer
da Costa, da Mpsoft, além
de congestionar o sistema de correio eletrônico, o vírus expõe
documentos das vítimas que estejam armazenados no diretório
[Meus Documentos], enviando eletronicamente um desses arquivos a toda a
lista de contatos do Outlook.
O arquivo anexado à mensagem
é um executável do vírus com o documento roubado,
e usa duas extensões: a do documento (DOC, XLS ou MPG) seguida de
BAT, COM, EXE, LNK ou PIF. Se o destinatário clicar no vínculo
para o anexo, o vírus vai reconstituir as duas partes originais:
o documento (texto ou planilha) e um programa executável (vírus).
Com esse artimanha, o vírus
revela documentos das vítimas, que podem conter informações
reservadas, e ao mesmo tempo, desarma a vigilância dos destinatários,
pois envia um documento verdadeiro do suposto remetente, normalmente conhecido
da vítima seguinte. Além disso, em muitos casos, o texto
da mensagem, que é variável, pede ajuda a respeito do documento
anexo.
O vírus chega numa mensagem
cujo assunto pode variar, mas traz um breve texto, em inglês ou em
espanhol, que diz ao destinatário algo como o seguinte: Olá,
como vai? Envio-lhe este arquivo para obter seu conselho. Ou, então,
Espero
que você possa me ajudar com este arquivo . Ou, ainda, Este
é o arquivo com a informação que você pediu.
Se executado, isto é, se for
clicado no arquivo anexado (clips do Outlook), ele faz uma cópia
de si mesmo no diretório de sistema com o nome Scam32.exe e armazena
o arquivo original na lixeira. Segundo a Trend Micro, empresa fabricante
de antivírus, em certas situações, ele também
cria o arquivo Scd.dll no diretório de sistema.
Na análise do Sophos, outro
fabricante, o Sircam também ocupa o lugar do arquivo Rundll32.exe,
do Windows, renomeando este para Run32.exe. O vírus contém
recursos de SMTP próprios, que são usados para enviar mensagens
eletrônicas a todos os endereços existentes na lista de contatos
do Windows.
A Symantec descreve ainda um comportamento
destrutivo do invasor não indicado por seus concorrentes. Segundo
a empresa, há uma probabilidade de 5% de o vírus apagar todo
o conteúdo do drive C na data 16 de outubro de qualquer ano. Isso
só acontece em máquinas cujas datas no Windows estejam configuradas
para o padrão dia/mês/ano. Em sua descrição
do Sircam, a Symantec diz que a praga ainda está sendo analisada,
indicando que novas características podem ser descobertas.
Portanto, verifique através
das instruções a seguir se você está contaminado:
Acesse
o sinal de prontidão (prompt) do DOS
Digite:
DIR
\SCAM32.EXE /S/B
Digite:
DIR
\SCD.DLL /S/B
Digite:
DIR
\RUN32.EXE /S/B
Digite:
DIR
\SIRCAM.SYS /S/B
Se qualquer dos comandos anteriores
encontrar os arquivos assinalados, é provável que haja contaminação
no sistema.
Outra forma de verificar a existência
do vírus é clicando, dentro do ambiente Windows, o botão
[Iniciar], e em [Executar]. Na caixa de diálogo, digite Regedit
e clique em [OK]. Vá a [Editar] e [Localizar], digite [Sircam] e
clique em [Localizar próxima]. Caso esse comando encontre alguma
posição, provavelmente o sistema está contaminado
pelo vírus. (atenção: não altere as configurações
desse arquivo se não tiver conhecimento, pois o sistema pode se
tornar indisponível ou instável).
Ainda no Registro do Windows, pode-se
verificar a situação da pasta/chave
HKEY_CLASSES_ROOT\exefile\shell\open\command
que deve conter apenas o valor padrão
["%1" %*], neste caso o vírus não está presente no
sistema.
O vírus W32.Sircam está
também sendo chamado como: W32/Sircam-A,
W32.Sircam.Worm@mm, W32/SirCam@mm
ou Backdoor.SirCam.
O engenheiro criou uma página
com as instruções para remover o vírus. E lembra,
como regras gerais de proteção:
Tenha
um antivírus instalado em seu computador.
Atualize,
no mínimo, uma vez por semana seu a lista de novos vírus
de seu antivírus.
Se
trabalha com conexão de Internet tipo modem a cabo, instale um firewall.
Jamais
abra arquivos anexados de mensagens de desconhecidos.
Antes
de abrir arquivos anexados de pessoas conhecidas, certifique-se de que
elas realmente quiseram lhe enviar esses arquivos. |