Surge no Brasil o Vírus do
Apagão
Com a
imagem do presidente da República, Fernando Henrique Cardoso, e
mensagens relacionadas ao racionamento de energia elétrica, já
está circulando via correio eletrônico na Internet brasileira
o vírus Infectus ou Troj_Apagão, que por enquanto é
considerado de baixo risco, pela pequena disseminação. Apenas
as versões atualizadas dos anti-vírus estão detectando
essa praga, que, ao ser executada em ambiente Windows, atua como uma apresentação
em Flash, com diversas telas, sendo esta a primeira:
Quando se clica
no botão, surge a imagem abaixo:
Classificado tecnicamente como um cavalo
de Tróia (ferramenta usada por invasores de computadores para controlá-los
remotamente), o arquivo apresenta ainda uma caixa de texto com a frase:
Segundo a Trend Micro, empresa que comercializa
o antivírus Pc-cillin, além da brincadeira com o racionamento,
o invasor direciona o computador infectado para um site hospedado na Bélgica
que faz a cópia automática de programas nocivos disponibilizados
pelo criador da praga virtual. Assim, o vírus permite que o invasor
envie para a máquina da vítima o arquivo que quiser, tendo
controle do micro invadido.
Uma cópia do cavalo de Tróia
ficará na pasta Fontes (ou Fonts) do Windows como [Script.exe] -
pode ser vista apenas conferindo esse diretório através da
árvore de diretórios do DOS, pois em Windows o gerenciador
de arquivos dá um tratamento especial a essa pasta que impede a
verificação. Nesse arquivo, é possível identificar,
entre outras funções, o endereço Web http://www.infectusscript.cjb.net/apagao.txt
(atenção: evidentemente, não
é aconselhável visitar tal endereço). Além
disso, o vírus acrescenta um código no [Win.ini] para que
o programa seja carregado toda vez que o micro é acionado:
[windows]
run=C:\WINDOWS\fonts\script.exe
Outros arquivos adicionados são
o [Script.ini], [script.txt] e [head.txt]. O arquivo [Script.ini] contém
o vírus. [Script.txt] contém instruções enviadas
pelo site belga e [head.txt] contém o cabeçalho html do vírus.
O arquivo [head.txt] é salvo no diretório em que o arquivo
tiver sido executadopela primeira vez, enquanto os demais são alojados
na pasta [Windows/Fonts].
Segundo Roni Katz, engenheiro de
sistemas da McAfee, empresa especializada em programas de segurança,
para identificar a ameaça e removê-la é preciso ter
a versão atualizada do antivírus e realizar o processo de
varredura do sistema.
A McAfee já tem página
com detalhes sobre o vírus, em inglês, informando inclusive
o endereço belga utilizado pelo arquivo, http://www.benoit.g.easynet.be/
(atenção: evidentemente, não
é aconselhável visitar tal endereço). O vírus
foi descoberto em 5/7/2001 e descrito no dia 13/7/2001. segundo a empresa.
Ela alerta que no ambiente Windows Me é preciso desabilitar a função
de back-up e restauração automáticos antes
de remover o vírus.
A informação básica
foi repassada a Novo Milênio pela empresa santista de manutenção
de computadores Taco Informática. |