SPB gastará US$ 600 milhões
em contingência
Investimentos
de no mínimo US$ 600 milhões em planos de contingência
(garantia de funcionamento em caso de panes localizadas), por parte dos
bancos brasileiros, serão exigidos com a adesão das instituições
financeiras à nova forma de operação conectada, exigida
pelo Banco Central no seu programa Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).
A estimativa é da empresa
de consultoria Servnet, com base
nas análises de projeções da Federação
Brasileira de Bancos (Febraban) a
respeito dos investimentos do setor em tecnologia da informação.
"Do total de US$ 2,9 bilhões que deverão ser gastos este
ano em Tecnologia da Informação pelo conjunto dos bancos,
seguradoras e afins, não temos dúvidas de que ao menos 20
a 25% terão que ser direcionados para dispositivos de redundância,
tolerância a falhas e sistemas de troca a quente (hot-swapping)
capazes de manter a conexão e o processamento no ar em caso de derrapagens",
afirma Francisco Camargo, diretor da Servnet.
De acordo com Camargo, além
de ter de enfrentar inúmeros problemas ocasionados por mudanças
em suas redes internas, os bancos ainda vão encontrar sérios
bugs
de interface na conexão com a rede externa, o que coloca em sério
risco sua operação ao longo do dia. "Quando o sistema de
compensação passar a ser conectado, conforme estipula o SPB,
a desconexão do sistema por um questão de minutos pode representar
prejuízos milionários", alerta o diretor.
Criada por um grupo executivos egressos
da alta cúpula dos bancos, a Servnet atua em consultoria nas áreas
de planos de contingência, política de Internet e sistemas
de auditoria de sites (site metrics). Para atender às empresas
que buscam adesão ao SPB, a empresa criou recentemente uma unidade
de negócios exclusivamente focada no desenvolvimento de estratégias
de contingência. Batizada de Comitê SPB, a nova unidade irá
mobilizar um conhecimento inicialmente desenvolvido para seis grandes bancos
do País, por ocasião do chamado Bug do Milênio (entre
1998 e 2000).
O Comitê SPB dispõe
conhecimentos em tesouraria, segurança e produtos bancários
relacionados ao SPB, estando apto também para testes de conformidade.
"Um ponto considerado agravante para a criticidade dos sistemas está
na obrigatoriedade da operação on-line para um setor que
está habituado a um ciclo de 24 horas", daí a importância
crucial do chamado ‘plano B’, considera Camargo.
Equipe - Para dirigir o Comitê
SPE, a Servnet selecionou um grupo de executivos com larga experiência
no negócio dos bancos e da tecnologia da informação
aplicada à atividade:
Carlos
Fagundes, com mais de 27 anos de experiência na área financeira,
foi vice presidente da Associação de Bancos, presidente da
Associação das Empresas de Leasing, presidente do Banco Crefisul
e diretor financeiro dos Bancos Chase Manhatan e Itamarati, atualmente
é o presidente da Integral Trust Consultores em Tesouraria.
Celso
Leite, foi diretor da Ernst Young, com passagens pelo Unibanco e pela Modulo,
atualmente é diretor da ServNet, especialista em Segurança
da Informação e Planos de Contingência com mais de
15 anos de experiência.
Francisco
Camargo, com 25 anos de experiência na área bancária,
foi diretor de Produtos e Mercadologia do Banco Francês e Brasileiro
e diretor geral do Banco Societé Generale no Brasil, atual presidente
da ServNet Serviços Especializados. |