Clique aqui para voltar à página inicial  http://www.novomilenio.inf.br/ano01/0106d010.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 06/25/01 22:04:28
SPB gastará US$ 600 milhões em contingência 

Investimentos de no mínimo US$ 600 milhões em planos de contingência (garantia de funcionamento em caso de panes localizadas), por parte dos bancos brasileiros, serão exigidos com a adesão das instituições financeiras à nova forma de operação conectada, exigida pelo Banco Central no seu programa Sistema de Pagamentos Brasileiro (SPB).

A estimativa é da empresa de consultoria Servnet, com base nas análises de projeções da Federação Brasileira de Bancos (Febraban) a respeito dos investimentos do setor em tecnologia da informação. "Do total de US$ 2,9 bilhões que deverão ser gastos este ano em Tecnologia da Informação pelo conjunto dos bancos, seguradoras e afins, não temos dúvidas de que ao menos 20 a 25% terão que ser direcionados para dispositivos de redundância, tolerância a falhas e sistemas de troca a quente (hot-swapping) capazes de manter a conexão e o processamento no ar em caso de derrapagens", afirma Francisco Camargo, diretor da Servnet.

De acordo com Camargo, além de ter de enfrentar inúmeros problemas ocasionados por mudanças em suas redes internas, os bancos ainda vão encontrar sérios bugs de interface na conexão com a rede externa, o que coloca em sério risco sua operação ao longo do dia. "Quando o sistema de compensação passar a ser conectado, conforme estipula o SPB, a desconexão do sistema por um questão de minutos pode representar prejuízos milionários", alerta o diretor. 

Criada por um grupo executivos egressos da alta cúpula dos bancos, a Servnet atua em consultoria nas áreas de planos de contingência, política de Internet e sistemas de auditoria de sites (site metrics). Para atender às empresas que buscam adesão ao SPB, a empresa criou recentemente uma unidade de negócios exclusivamente focada no desenvolvimento de estratégias de contingência. Batizada de Comitê SPB, a nova unidade irá mobilizar um conhecimento inicialmente desenvolvido para seis grandes bancos do País, por ocasião do chamado Bug do Milênio (entre 1998 e 2000). 

O Comitê SPB dispõe conhecimentos em tesouraria, segurança e produtos bancários relacionados ao SPB, estando apto também para testes de conformidade. "Um ponto considerado agravante para a criticidade dos sistemas está na obrigatoriedade da operação on-line para um setor que está habituado a um ciclo de 24 horas", daí a importância crucial do chamado ‘plano B’, considera Camargo.

Equipe - Para dirigir o Comitê SPE, a Servnet selecionou um grupo de executivos com larga experiência no negócio dos bancos e da tecnologia da informação aplicada à atividade:

Carlos Fagundes, com mais de 27 anos de experiência na área financeira, foi vice presidente da Associação de Bancos, presidente da Associação das Empresas de Leasing, presidente do Banco Crefisul e diretor financeiro dos Bancos Chase Manhatan e Itamarati, atualmente é o presidente da Integral Trust Consultores em Tesouraria.

Celso Leite, foi diretor da Ernst Young, com passagens pelo Unibanco e pela Modulo, atualmente é diretor da ServNet, especialista em Segurança da Informação e Planos de Contingência com mais de 15 anos de experiência.

Francisco Camargo, com 25 anos de experiência na área bancária, foi diretor de Produtos e Mercadologia do Banco Francês e Brasileiro e diretor geral do Banco Societé Generale no Brasil, atual presidente da ServNet Serviços Especializados.