Empresas já vêm CRM
como necessidade crítica
Apesar
das boas intenções no mercado de gerenciamento de relações
com o cliente (CRM - customer relationship management) detectadas
ainda em 2000 - o fato de que 69% das empresas já vêem o CRM
como uma necessidade crítica para o seu negócio (e a cada
dia mais dedicam às estratégias relativas a esta área
uma atenção maior - 81% das corporações planejam
aumento de orçamento para iniciativas do setor), 42% não
completou sequer uma iniciativa de CRM nos últimos dois anos. As
informações são da diretora de CRM/tarifação
da Ernst & Young Consulting, Claudia
Domenici.
De acordo com estudos da Ernst &
Young Consulting, os motivos que levam a estes problemas podem ser explicados
numa equação entre orientação estratégica
de CRM e grau de conectividade. No parâmetro de orientação
está a estratégia da empresa e a cultura focada no cliente.
No parâmetro de conectividade estão os processos e a infra-estrutura
da empresa.
"A maioria das corporações
não consegue decolar projetos de CRM por considerá-los uma
mera implementação de pacote. O CRM não é um
produto, é uma estratégia de negócios que permite
otimização da receita e da atração do cliente",
declara Claudia Domenici. "Antes de qualquer tecnologia, e mais importante
do que qualquer integração, é o alinhamento da estratégia
corporativa e o comprometimento executivo", explica a diretora. "É
necessário primeiro saber para onde a empresa vai, entender o benefício
da solução para o negócio e saber o que fazer, para
depois começar a planejar o projeto de CRM".
Desinformação
- O fato é que, da teoria à pratica, há um longo caminho.
Segundo pesquisa da Cap Gemini Ernst & Young, 42% das empresas desconhecem
o retorno de seus investimentos em CRM, 52% não sabem quanto devem
investir em mercadologia para aumentar as vendas, 43% não sabem
a taxa de conversão (lead – venda) em seus canais de vendas
e 62% das empresas não estão alocando recursos humanos para
operacionalização da sua estratégia de CRM.
A pesquisa também aponta que
ainda há muito a ser feito. Menos de 20% das empresas usam roteamento
de clientes baseado em circunstâncias ou valor, 50% das empresas
nem ao menos listam seu 0800 em sua página Web, 65% dos consumidores
não finalizam seu processo de compra, 25% das empresas nunca respondem
a mensagens eletrônicas de seus clientes, menos de 2% das empresas
possuem integração de canais (centrais de chamadas/Web) e
pode-se encontrar até 22 pontos de contato com clientes sem sincronia
em uma empresa.
Exemplos - Mas, quando bem
planejado, um projeto de CRM pode trazer excelentes resultados. Prova disso
são os casos práticos conhecidos. A Compaq teve ganhos de
produtividade projetados em 30% com a iniciativa de CRM para automação
de força de vendas e o retorno sobre o investimento (ROI - return
of investment) do projeto aconteceu em 90 dias.
Na área de Internet, um bom
caso é a Cybercash, que desenvolveu um projeto de CRM em serviço
ao cliente pela Web e conseguiu melhorar a captura eletrônica dos
contados dos clientes de 20% para 50%. Na área de centrais de chamadas,
mais precisamente redesenho dessas centrais, as empresas de seguro Standard
Life Insurance e Prudential tiveram bons resultados. A primeira teve redução
de 15% de abandono de chamada e aumento de 33% na média de compra.
A segunda teve aumento de 30% em chamadas que resultaram em compras ("one
and done"), diminuição de 55% nos custos de chamadas e aumento
de 37% no índice de qualidade de serviços.
Início - Se algumas
empresas tiveram resultados, a questão é: Por onde começar?
Para Claudia Domenici, há três formas de encaminhar os projetos.
1) Conduzir um alinhamento de estratégia de CRM eletrônico;
2) Apostar em soluções pontuais que podem trazer resultado
a curto prazo se alinhadas com uma estratégia de CRM eletrônico
corporativa; 3) Iniciar o desenho de uma solução completa
de CRM eletrônico.
Independente da opção
escolhida, é importante, que a iniciativa de CRM seja liderada por
uma estratégia corporativa clara e compartilhada, lembrando de evitar
riscos adicionais, definindo antes de começar a desenvolver a solução,
os novos processos de negócio e considerar uma arquitetura de CRM
que suporte os requerimentos analíticos, operacionais e colaborativos.
A Ernst & Young Consulting é
uma consultoria global especializada em soluções de gestão
de negócios por indústrias. Com presença em mais de
130 países, oferece soluções de cadeia de suprimentos,
CRM/tarifação, planejamento de recursos empresariais (ERP)
e estratégias para diversos setores públicos e privados,
principalmente nas áreas de Telecomunicações, Energia,
Produtos de Consumo, Manufatura e Petroquímica. |