Clive Van Den Berg, Luis Valdovino, Anna Davis, Du Zhenjun, Malcolm Payne, Eder Santos, Lucas Bambozzi, Rosângela Rennó, Rivane Neuenschwander e Stanza são alguns dos 644 artistas que participam do 13º VideoBrasil - Festival Internacional de Arte Eletrônica, que bateu todos os recordes no número de inscrições recebidas em relação às edições anteriores. Foram inscritos 644 trabalhos, inclusive 488 vídeos, vindos de 26 países e 156 trabalhos na categoria de Novas Mídias (99 em CD-ROMs e 57 em webart), vindos de 24 diferentes países.

Na categoria Vídeo, o Brasil liderou o número de inscrições com 275 trabalhos, seguido pelo México, com 46 e Peru, com 40 obras inscritas. O Brasil também liderou na categoria de Novas Mídias, com 66 trabalhos.

“O sucesso no número de inscrições reflete diretamente no aumento da qualidade dos trabalhos selecionados”, diz Solange Farkas, diretora da Associação Cultural VideoBrasil e curadora do festival.
 

Obras selecionadas - Foram selecionados 135 trabalhos para participar do 13º VideoBrasil: 100 Vídeos, de 13 países e 35 obras na categoria de Novas Mídias, de 15 diferentes países, sendo 14 em CD e 17 em webart.

Os trabalhos inscritos foram avaliados por uma comissão de programação e seleção formada pelo videoartista Eduardo de Jesus, professor e coordenador do curso de Gestão em Comunicação Integrada da PUC (MG), artista multimídia Gilberto Prado (SP), designers Rafael Lain e Ângela Detanico (SP) e Solange Farkas, curadora (SP).

O Festival teve um aumento de 61% de inscritos em relação a 2000. Artistas de 25 países participam em 2001, pela primeira vez, o evento terá trabalhos da China, Portugal e Hungria. Uma grande quantidade de trabalhos do Peru, México e Argentina também foram recebidos. As inscrições vindas dos mais diferentes países fazem da Mostra Competitiva um mapeamento da produção audiovisual no mundo.

A comissão de seleção considerou, entre outras coisas, trabalhos que apresentaram experimentações com imagem, narrativa, articulação da imagem e do som. Enfim, trabalhos que revelassem o ambiente e as preocupações contemporâneas, bem como as questões estéticas mais atuais. 

Apesar do alcance cada vez mais instantâneo e amplo da informação mundial, foram observados, em diversos trabalhos, temas recorrentes como corpo, identidade, memória e questões político-sociais específicas. O surgimento de plataformas digitais de edição e de captação de imagens reposicionam as produções e democratizam ainda mais o ambiente da imagem eletrônica, trazendo uma nova geração de jovens realizadores. Nesta edição do Festival também foi constatado um aumento das inscrições de vídeos de animação, utilizando as mais diversas técnicas, incluindo as tradicionais, como o desenho animado, com o que há de mais atual, como o flash e a colagem eletrônica.

"O fluxo e a fusão entre linguagens e conceitos são questões que colocam a produção audiovisual contemporânea de forma cada vez mais explícita, rompendo assim as fronteiras de classificações e categorias vigentes. Videoarte, arte em CD-ROM, arte para Internet ou na Internet se misturam e se fundem, criando novas conexões e renovando as linguagens e conceitos", afirma Solange Farkas.

Selecionados para a Mostra Competitiva de Vídeo: