Happy Time traz maus momentos aos
PCs
Mais
um vírus vem fazendo estragos nos computadores brasileiros. Descoberto
em 29/4/2001, o VBS/Haptime@MM é do tipo que dispensa a execução
de arquivos pelo usuário para que seu computador fique contaminado:
basta que o internauta veja a mensagem de correio eletrônico que
o contenha. Sua principal característica é a rápida
disseminação a partir de cada computador infectado, tanto
que ocorreram casos de listas de debates que precisaram ser suspensas temporariamente,
apenas dois dias após o primeiro de seus integrantes ter o micro
infectado.
O vírus, que tende a apagar
os arquivos executáveis (*.exe) e os de biblioteca de ligação
dinâmica (*.dll), pode ser detectado a partir da atualização
4.1.36 do antivírus Scan, bem como das últimas atualizações
de outros antivírus, como o Norton. Além da denominação
reconhecida como oficial pela McAffee, o vírus tem outros quatro
nomes, definidos por várias produtosras de antivírus: Happy
Time, VBS.Happytime.A (CA), VBS/Help (Panda) e VBS_Haptime.A (Trend).
Os especialistas indicam como se
pode proteger o sistema operacional Windows de vírus como esse,
que utilizam o Visual Basic Script (VBS) para a execução
nos computadores: o primeiro passo é clicar em [Iniciar]/[Configurações]/[Painel
de controle]/[Adicionar e Remover Programas]; clica-se na aba [Instalação
do Windows] e depois em [Acessórios] e logo abaixo, em [detalhes],
deve-se rolar a setinha lateral até que apareça o componente
[Windows Scripting Host]. Se estiver marcado, é só desmarcar,
clicar em [OK] para sair desta janela e da anterior.
Poucos, ainda - Segundo o
Avert Labs da McAffee, o vírus ainda é considerado de baixo
risco, por ter contaminado relativamente poucos equipamentos, mas essa
classificação pode ser alterada conforme a disseminação
do código maligno.
Descoberto em 29/4/2001, já
no dia 2/5/2001 contava com vacina e no dia seguinte com a descrição
de suas características: "Este virus em Visual Basic Script que
pode ser unir a arquivos, apagar arquivos e pode se distribuir via VBScript,
contido no corpo de uma mensagem de e-mail formatado em HTML.
"Quando o scritp é rodado,
o virus insere arquivos com terminação .ASP, .HTM, .HTML,
.HTT. Se a data for igual a 13, o virus tenta apagar os arquivos .dll e
.exe e discos locais e da rede. O virus salva o código viral em
arquivos help.hta e help.vbs no primeiro diretorio que encontrar no driver
C: e help.htm e untitled.htm no diretorio do Windows. Uma chave no registro
é criada para selecionar o help.htm para o papel de parede que resulta
na execuçção do virus quando o sistema é reiniciado,
se o Active Desktop está habilitado:
HKCU\Control
Panel\Desktop\wallPaper=%WinDir%\HELP.HTM
De modo similar ao vírus JS/Kak@M,
esse vírus configura os padrões usados pelo Microsoft Outlook
Express para apontar para um arquivo externo, %WinDir%\UNTITLED.HTM.
Isso faz com que cada mensagem emitida do Outlook Express contenha código
viral escondido. Para isso, algumas entradas são modificadas no
Registro do Windows:
HKCU\Identities\(User
ID)\Software\Microsoft\
Outlook Express\5.0\Mail\Message
Send HTML="1"
HKCU\Identities\(User
ID)\Software\Microsoft\
Outlook Express\5.0\Mail\Compose
Use Stationery="1"
HKCU\Identities\(User
ID)\Software\Microsoft\
Outlook Express\5.0\Mail\Stationery
Name="%WinDir%\Untitled.htm"
"Além disso, os arquivos .HTT
no diretório %WinDir%\WEB são
infectados, o que faz com que o vírus seja executado cada vez que
uma pasta (diretório) seja vista como uma página Web.
"O vírus mantém o controle
do número de vezes que é executado, pela criação
de uma nova chave de registro, com um valor que vai sendo incrementado:
HKCU\Software\Help\
"Cada vez que o contador atinge um
múltiplo de 366, o vírus tenta sem sucesso vincular UNTITLED.HTM
a uma mensagem de correio eletrônico emitida", continua o Avert Labs.
Entre os sintomas da presença
do vírus em um computador estão o apagamento de arquivos
.DLL e .EXE, o incremento no tamanho dos arquivos .ASP, .HTM, .HTML, .HTT,
e .VBS; presença dos arquivos HELP.HTA, HELP.VBS, HELP.HTM e UNTITLED.HTM.
O VBS/Haptime existe como um código
embuido VBScript, oculto no corpo de mensagens de correio eletrônico
com formatação HTML e sites Web. Quando um documento infetado
é aberto, o script é executado, infectando a máquina,
que passa a transmiti-lo por correio eletrônico, além de propagá-lo
na rede local (LAN).
Windows ME - O Avert Labs
alerta que, no sistema operacional Windows ME há um risco extra:
ele usa uma utilidade de cópia de reserva (backup) que copia automaticamente
arquivos selecionados para o diretório C:\_Restore.
Isso significa que um arquivo infectado pode ser armazenado ali como cópia
de reserva e um antivírus como o VirusScan não poderá
detectar tais arquivos.
Assim, para remover arquivos infectados
desse diretório, deve-se desabilitar o utilitário Restaurar:
para isso, clica-se no ícone [Meu Computador], na área de
trabalho. Clica-se então na tabela de performance e no botão
[Arquivos de Sistema]. Clica-se na tabela Troubleshooting e marca-se o
ítem [Desabilitar restauração do sistema], confirmando-se
com o clique no botão [Aplicar]. Fecha-se essa tela e a seguinte,
o que fará surgir a caixa de diálogo solicitando autorização
para reiniciar o computador.
Confirme e reinicie o computador
em Modo de Segurança. Roda-se então o antivírus para
apagar todos os arquivos infectados, ou localiza-se os arquivos infectados
no diretório C:\_Restore, removendo-os.
Completada essa operação, deve-se reiniciar o computador
no modo normal.
Deve-se lembrar de repetir o processo
até localizar o ítem "Desabilitar restauração
do sistema", que deve ser desmarcado para reativar essa função,
confirmando-se com o clique no botão [Aplicar} e fechando-se as
janelas abertas nesse processo. |