Clique aqui para voltar à página inicial  http://www.novomilenio.inf.br/ano01/0106b007.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 06/11/01 11:11:24
"A Banner is just a Banner..." 

Omar Taha (*)
Colaborador

Omar TahaCom a crise, vieram as explicações. Por que um projeto tão bem desenvolvido, com um business plan (N.E.: plano de negócios) exemplar, recursos, investimentos, pode se sair tão mal na Internet? Os especialistas da área deitam e rolam análises e procuram encontrar razões que justifiquem a decepção com a Internet em termos comerciais e empresariais. 

Ao nosso ver, as causas desta crise são óbvias e vêm sendo focadas com bastante precisão por analistas da área econômica e de web-marketing (N.E.: mercadologia na Web) - o que ocorre na Internet é o que ocorre no mercado real, projetos bem desenvolvidos e com boas fontes de recursos também se dão mal no dia a dia das empresas e na maioria das vezes o dinheiro vai pelo ralo...

Entretanto, a questão que pretendemos abordar é subjacente à crise na Internet. Trata-se da condenação dos banners (N.E.: faixas de publicidade) como instrumentos de propaganda, relegando-os a um segundo ou terceiro plano como mídia, sempre sendo destacadas suas desvantagens e nunca sendo lembradas as suas qualidades.

Função - Primeiro devemos colocar o banner no seu devido lugar. Trata-se de um instrumento extremamente eficaz no sentido de evidenciar determinada marca ou produto na Internet, sendo, até o hoje, o recurso mais utilizado e comercializado pelas empresa que detêm sites com espaço comercial. Em alguns casos, é a maior fonte de receita de um site... 

Claro, não pode e não deve ser a única. Também devem ser valorizados os processos interativos com prioridade para B2C e B2B, marketing direto, notícias comerciais incluídas em conteúdos de portais econômicos, marketing ativo através de e-mail (N.E.: correio eletrônico) etc...

Mas, não podemos crucificar o banner e deixar de programá-lo como fonte de receita. Na verdade quando se fala que o banner não deve ser a única fonte de receita de um site, se quer dizer isto mesmo. Mas daí a condenar os banners como principais responsáveis pela derrocada de um determinado site, o passo é muito distante.

O banner, ao nosso ver é um out-door (N.E.: o mesmo que billboard ou cartaz de rua)dentro da Internet, e deve estar inserido para a empresa que anuncia e para a estrutura de marketing do próprio site dentro de um projeto maior que contemple outras vertentes. 

Mesmo sem cliques - Recentemente li um estudo em que críticas severas eram feitas ao banner, dizendo que nos melhores sites dos países desenvolvidos o índice de click-trought (N.E.: clique através, acesso a uma página através do anúncio) era cerca de 1-2%. No Brasil, estes números ainda não estão muito evidentes, mas deve atingir algo em torno de 4,5%, um pouco melhor do que nos países estrangeiros.

Ora, mas qual o problema se o banner não for clicado? O banner está ali para ser visto, e inserir-se-á como mídia complementar a todo um projeto de marketing que a empresa está desenvolvendo. Se ele for clicado, palmas, maravilha, o consumidor se interessou pelo produto. Mas, em outras muitas ocasiões, o banner será o responsável, para que o consumidor tome sua decisão final de compra no plano real sem que necessariamente esse ato esteja diretamente vinculado ao click trought.

Portanto, trata-se de colocar o banner no seu devido lugar como instrumento de propaganda com seus limites, suas vantagens e desvantagens. Aliás, até o presente momento, maiores as vantagens do que desvantagens. Mas não vamos hipertrofiar o seu significado. Parodiando a música: a banner is just a banner

(*) Omar Taha é médico radiologista, com formação em administração pública, possui vários projetos de Internet e Web Marketing em andamento. É diretor do site Radiology, voltado para divulgação de informações da área de diagnóstico por imagem.