"A Banner is just a Banner..."
Omar Taha (*)
Colaborador
Com
a crise, vieram as explicações. Por que um projeto tão
bem desenvolvido, com um business plan (N.E.: plano de negócios)
exemplar, recursos, investimentos, pode se sair tão mal na Internet?
Os especialistas da área deitam e rolam análises e procuram
encontrar razões que justifiquem a decepção com a
Internet em termos comerciais e empresariais.
Ao nosso ver, as causas desta crise
são óbvias e vêm sendo focadas com bastante precisão
por analistas da área econômica e de web-marketing
(N.E.: mercadologia na Web) - o que ocorre na Internet é o que ocorre
no mercado real, projetos bem desenvolvidos e com boas fontes de recursos
também se dão mal no dia a dia das empresas e na maioria
das vezes o dinheiro vai pelo ralo...
Entretanto, a questão que
pretendemos abordar é subjacente à crise na Internet. Trata-se
da condenação dos banners (N.E.: faixas de publicidade)
como instrumentos de propaganda, relegando-os a um segundo ou terceiro
plano como mídia, sempre sendo destacadas suas desvantagens e nunca
sendo lembradas as suas qualidades.
Função - Primeiro
devemos colocar o banner no seu devido lugar. Trata-se de um instrumento
extremamente eficaz no sentido de evidenciar determinada marca ou produto
na Internet, sendo, até o hoje, o recurso mais utilizado e comercializado
pelas empresa que detêm sites com espaço comercial. Em alguns
casos, é a maior fonte de receita de um site...
Claro, não pode e não
deve ser a única. Também devem ser valorizados os processos
interativos com prioridade para B2C e B2B, marketing direto, notícias
comerciais incluídas em conteúdos de portais econômicos,
marketing
ativo através de e-mail (N.E.: correio eletrônico)
etc...
Mas, não podemos crucificar
o banner e deixar de programá-lo como fonte de receita. Na
verdade quando se fala que o banner não deve ser a única
fonte de receita de um site, se quer dizer isto mesmo. Mas daí a
condenar os banners como principais responsáveis pela derrocada
de um determinado site, o passo é muito distante.
O banner, ao nosso ver é
um out-door (N.E.: o mesmo que billboard ou cartaz de rua)dentro
da Internet, e deve estar inserido para a empresa que anuncia e para a
estrutura de marketing do próprio site dentro de um projeto
maior que contemple outras vertentes.
Mesmo sem cliques - Recentemente
li um estudo em que críticas severas eram feitas ao banner,
dizendo que nos melhores sites dos países desenvolvidos o índice
de click-trought (N.E.: clique através, acesso a uma página
através do anúncio) era cerca de 1-2%. No Brasil, estes números
ainda não estão muito evidentes, mas deve atingir algo em
torno de 4,5%, um pouco melhor do que nos países estrangeiros.
Ora, mas qual o problema se o banner
não for clicado? O banner está ali para ser visto,
e inserir-se-á como mídia complementar a todo um projeto
de marketing que a empresa está desenvolvendo. Se ele for
clicado, palmas, maravilha, o consumidor se interessou pelo produto. Mas,
em outras muitas ocasiões, o banner será o responsável,
para que o consumidor tome sua decisão final de compra no plano
real sem que necessariamente esse ato esteja diretamente vinculado ao click
trought.
Portanto, trata-se de colocar o banner
no seu devido lugar como instrumento de propaganda com seus limites, suas
vantagens e desvantagens. Aliás, até o presente momento,
maiores as vantagens do que desvantagens. Mas não vamos hipertrofiar
o seu significado. Parodiando a música: a banner is just a banner.
(*) Omar
Taha é médico radiologista, com formação
em administração pública, possui vários projetos
de Internet e Web Marketing em andamento. É diretor do site Radiology,
voltado para divulgação de informações da área
de diagnóstico por imagem. |