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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 06/10/01 21:47:12
Cai a participação estadunidense na Internet 

Deve haver mais pessoas conectadas nos Estados Unidos do que em qualquer outro país, mas sua participação entre os usuários globais está diminuindo com a Internet entrando em sua fase “pós-revolucionária”, revelou The Face of the Web, o estudo anual que o instituto de pesquisas Ipsos realiza sobre tendências de Internet. 

Os norte-americanos dominaram a Rede desde o início, mas a porcentagem de usuários caiu de 40% para 36% em relação ao ano passado, e continuará caindo, uma vez que a Internet cresce mais rápido em outras partes do mundo. Talvez o maior problema dos Estados Unidos seja que o crescimento de pessoas conectadas está se nivelando quando comparado ao aumento, ano após ano, de internautas em outros países industrializados. 

Globalmente, a Europa Ocidental (22%) somada aos países de língua inglesa (outros 12% representados por Reino Unido, Austrália, Canadá, e região urbana da África do Sul) formam agora o bloco rival dos norte-americanos em usuários atuais de Internet, conclui os estudo. A Suécia, seguida pelo Canadá, ultrapassou os Estados Unidos com a mais alta proporção de internautas do mundo. 

The Face of the Web II (2000-2001) envolveu mais de 28 mil entrevistas com usuários conectados em 30 países, e consumidores em geral de 35 países. O primeiro The Face of the Web havia sido administrado em 1999, provendo uma visão sem precedentes do crescimento da Internet e suas tendências. Embora os Estados Unidos ainda tenha a maior base de usuários, o número de não-estadunidenses excede o de estadunidenses por uma margem clara, acrescenta o estudo da Ipsos. 

Híper-crescimento: passado - A Internet é conhecida quase que universalmente na América do Norte, Austrália, Europa e Japão. Mas, pelo menos, uma em cada três ou quatro pessoas nas áreas urbanas da China, Índia, Rússia e no restante dos países em desenvolvimento ainda tenha que ouvir falar dela. O potencial para novos mercados permanece grande, mas o híper-crescimento é coisa do passado. 

Sem o altamente difundido acesso domiciliar, as populações dos países em desenvolvimento, fora dos centros urbanos, encontram mais obstáculos para se conectar – escritórios e Internet Cafés continuam sendo a principal alternativa. Além disso, em última instância, algumas pessoas escolherão permanecer afastadas. Até mesmo em alguns dos países mais avançados tecnologicamente, cerca de metade dos desconectados afirmam não precisar ou não ter interesse em Internet. 

“A Internet está em sua fase pós-revolucionária”, observa Gus Schattenberg, um dos autores do estudo da Ipsos. “A Rede Mundial mostra sinais de estar se libertando do domínio inglês, do conteúdo derivado dos americanos”, acrescenta Schattenberg. 

Enquanto a Rede ainda disponibiliza uma janela para um mundo mais inglês, cresce o número de usuários capazes de encontrar o que precisam em seus próprios idiomas e sites locais. Em casa país, o conteúdo local representará um importante papel ao converter usuários ocasionais em freqüentes. 

A fase seguinte da pesquisa descobriu: 

Tamanho: em âmbito global a Internet se expandiu, mas mais modestamente que o esperado. A Ipsos estima que a população de internautas cresceu cerca de 13% ano após ano. Estima-se que, no final de 2000, essa população era de 350 milhões de adultos (menos que 1/10 do total da população total do mundo). 

Gênero: mais mulheres (44% se comparado aos 41% de 1999) e pessoas acima dos 54 anos (13%, em comparação aos 11% de antes) estão entrando online. 

Redução do domínio norte-americano: a Europa Ocidental continua se aproximando dos Estados Unidos, com mais europeus das regiões mediterrâneas entrando na Rede. Em 1999, europeus ocidentais representaram 18% dos usuários pesquisados. No fim de 2000, passaram a representar 22% do todo. 

Quem é o n.º 1? A Suécia (com 65% na classificação) e o Canadá (60%) ultrapassaram os Estados Unidos com a maior proporção de usuários da Internet. 

Quem é o próximo? Coréia do Sul (com 45%) e Singapura (46%) passaram à frente e agora rivalizam com os principais mercados europeus (Alemanha com 37%, Bélgica com 36%, Reino Unido com 35%). 

Quem está esquentando? O crescimento no mercado norte-americano está se nivelando, mas Holanda, Coréia do Sul, Singapura e Suécia registraram dois dígitos em pontos ganhos. E, significativamente, França e Itália estão mostrando interesse na Internet, lenta mas seguramente, em formas menos tradicionais de interação social e comercial. 

M para Mobilidade: enquanto isso, os japoneses se distanciam do resto do mundo conectado como usuários que claramente se beneficiam dos serviços da Internet móvel. Em comparação, o uso da Internet wireless (sem fio) entre norte-americanos e europeus permanece baixo. 

Como: o PC é usado por nove entre dez internautas para a conexão. Apenas 7% usam laptops e 1% usam algum dispositivo sem fio. 

Muitas residências têm PCs sem acesso à Internet, particularmente na Europa. Na França, 47% das pessoas têm PCs, mas apenas 23% têm acesso à Rede em casa. 

Não se fala inglês aqui: a Internet está se tornando um importante meio para a declaração cultural não-anglicana. Em cada região onde o inglês não é o principal idioma falado, nove em cada dez internautas preferem obter informações localmente, em seu próprio idioma. 

Comércio eletrônico: as vítimas foram muitas, mas as compras on-line têm obtido significativos ganhos nos Estados Unidos e principais mercados desenvolvidos. Perto de 2/3 dos internautas norte-americanos compraram algo pela Internet, assim como quatro em cada dez pessoas nos principais mercados. 

Número 1! - “O correio eletrônico é a atividade interativa conectada Número 1 para usuários da Internet e a razão chave para que algumas pessoas continuem utilizando a Rede”, diz Schattenberg. Nada menos que 90% dos internautas já tentaram enviar mensagens eletrônicas e quase todos planejam continuar fazendo isso. A compatibilidade dos correios eletrônicos com a Internet sem fio pode servir de base para uma nova cultura na Rede. 

“Muitas pessoas vão se lembrar de 2000 como o ano da queda do ponto.com”, explica Schattenberg. “Mas estavam acontecendo outras coisas também. Para uma significativa proporção das populações norte-americanas, européias e asiáticas, correio eletrônico, compras e transações bancárias on-line, chats, MP3, tornaram-se parte de suas vidas”. 

Trocar fotos on-line está ganhando popularidade, especialmente nos Estados Unidos, onde 55% dos usuários já o fizeram. Ao contrário do chat, esta atividade é preferida entre internautas mais velhos. Só no Japão, onde os serviços de acesso sem fio fizeram uma substancial invasão, correios eletrônicos e mensagens de texto predominam. Um em cinco japoneses adultos têm acesso sem fio (principalmente via celular), em comparação com menos da metade disso no resto da Ásia, nas Américas e na Europa. 

Pontos quentes para câmeras digitais são Japão, Reino Unido, Espanha e Estados Unidos. CD burners são muito populares entre internautas na Espanha, Holanda, Alemanha, Argentina urbana e França. 

Sites de entretenimento e mídia continuam sendo os locais mais visitados da Internet, com mais de quatro em dez usuários buscando entretenimento quando estão conectados.

Empresa - A Ipsos Latin America, integrante do grupo global Ipsos, fundado na França em 1975, está entre os maiores na classificação mundial de institutos de pesquisa, com presença dominante nos cinco continentes e nos principais países de cada região. As grandes áreas de especialidade e importância do grupo são: Advertising Research, Marketing Research Ad-Hoc (Qualitativo e Quantitativo), Media, Customer Satisfaction e Public Opinion & Social. 

A Ipsos Latin America opera com quatro divisões no Brasil: Ipsos-ASI, especializada em avaliação de eficácia publicitária em cada estágio do processo e adaptada a cada mídia (TV, Internet, rádio e mídia impressa), realiza também um estudo contínuo para o acompanhamento da Saúde da Marca (Tracking Ipsam). A Divisão Novaction, especializada em pesquisas mercadológicas, é reconhecida como pioneira em técnicas qualitativas e desenvolvimento de sistemas avançados de modelização. Representa com exclusividade o instituto global Novaction (Modelos Mercadológicos) e a Perception Research Services (especializado em estudos de comunicação visual e de embalagem, detentora da tecnologia Eyetracking). 

A Ipsos-Marplan opera no ramo de pesquisa de mídia e ad-hoc e oferece ao mercado os conhecidos “Estudos Marplan” sobre hábitos de mídia, utilizando técnicas de coleta e tratamento dos dados pertinentes a cada caso. A Ipsos-Loyalty (Customer Satisfaction) através de um modelo analítico leva em consideração o processo global de satisfação e lealdade do cliente.