Cai a participação
estadunidense na Internet
Deve
haver mais pessoas conectadas nos Estados Unidos do que em qualquer outro
país, mas sua participação entre os usuários
globais está diminuindo com a Internet entrando em sua fase “pós-revolucionária”,
revelou The Face of the Web, o estudo anual que o instituto de pesquisas
Ipsos realiza sobre tendências de Internet.
Os norte-americanos dominaram a Rede
desde o início, mas a porcentagem de usuários caiu de 40%
para 36% em relação ao ano passado, e continuará caindo,
uma vez que a Internet cresce mais rápido em outras partes do mundo.
Talvez o maior problema dos Estados Unidos seja que o crescimento de pessoas
conectadas está se nivelando quando comparado ao aumento, ano após
ano, de internautas em outros países industrializados.
Globalmente, a Europa Ocidental (22%)
somada aos países de língua inglesa (outros 12% representados
por Reino Unido, Austrália, Canadá, e região urbana
da África do Sul) formam agora o bloco rival dos norte-americanos
em usuários atuais de Internet, conclui os estudo. A Suécia,
seguida pelo Canadá, ultrapassou os Estados Unidos com a mais alta
proporção de internautas do mundo.
The Face of the Web II (2000-2001)
envolveu mais de 28 mil entrevistas com usuários conectados em 30
países, e consumidores em geral de 35 países. O primeiro
The
Face of the Web havia sido administrado em 1999, provendo uma visão
sem precedentes do crescimento da Internet e suas tendências. Embora
os Estados Unidos ainda tenha a maior base de usuários, o número
de não-estadunidenses excede o de estadunidenses por uma margem
clara, acrescenta o estudo da Ipsos.
Híper-crescimento: passado
- A Internet é conhecida quase que universalmente na América
do Norte, Austrália, Europa e Japão. Mas, pelo menos, uma
em cada três ou quatro pessoas nas áreas urbanas da China,
Índia, Rússia e no restante dos países em desenvolvimento
ainda tenha que ouvir falar dela. O potencial para novos mercados permanece
grande, mas o híper-crescimento é coisa do passado.
Sem o altamente difundido acesso
domiciliar, as populações dos países em desenvolvimento,
fora dos centros urbanos, encontram mais obstáculos para se conectar
– escritórios e Internet Cafés continuam sendo a principal
alternativa. Além disso, em última instância, algumas
pessoas escolherão permanecer afastadas. Até mesmo em alguns
dos países mais avançados tecnologicamente, cerca de metade
dos desconectados afirmam não precisar ou não ter
interesse em Internet.
“A Internet está em sua fase
pós-revolucionária”, observa Gus Schattenberg, um dos autores
do estudo da Ipsos. “A Rede Mundial mostra sinais de estar se libertando
do domínio inglês, do conteúdo derivado dos americanos”,
acrescenta Schattenberg.
Enquanto a Rede ainda disponibiliza
uma janela para um mundo mais inglês, cresce o número de usuários
capazes de encontrar o que precisam em seus próprios idiomas e sites
locais. Em casa país, o conteúdo local representará
um importante papel ao converter usuários ocasionais em freqüentes.
A fase seguinte da pesquisa descobriu:
Tamanho:
em âmbito global a Internet se expandiu, mas mais modestamente que
o esperado. A Ipsos estima que a população de internautas
cresceu cerca de 13% ano após ano. Estima-se que, no final de 2000,
essa população era de 350 milhões de adultos (menos
que 1/10 do total da população total do mundo).
Gênero:
mais mulheres (44% se comparado aos 41% de 1999) e pessoas acima dos 54
anos (13%, em comparação aos 11% de antes) estão entrando
online.
Redução
do domínio norte-americano: a Europa Ocidental continua se aproximando
dos Estados Unidos, com mais europeus das regiões mediterrâneas
entrando na Rede. Em 1999, europeus ocidentais representaram 18% dos usuários
pesquisados. No fim de 2000, passaram a representar 22% do todo.
Quem
é o n.º 1? A Suécia (com 65% na classificação)
e o Canadá (60%) ultrapassaram os Estados Unidos com a maior proporção
de usuários da Internet.
Quem
é o próximo? Coréia do Sul (com 45%) e Singapura
(46%) passaram à frente e agora rivalizam com os principais mercados
europeus (Alemanha com 37%, Bélgica com 36%, Reino Unido com 35%).
Quem
está esquentando? O crescimento no mercado norte-americano está
se nivelando, mas Holanda, Coréia do Sul, Singapura e Suécia
registraram dois dígitos em pontos ganhos. E, significativamente,
França e Itália estão mostrando interesse na Internet,
lenta mas seguramente, em formas menos tradicionais de interação
social e comercial.
M
para Mobilidade: enquanto isso, os japoneses se distanciam do resto
do mundo conectado como usuários que claramente se beneficiam dos
serviços da Internet móvel. Em comparação,
o uso da Internet wireless (sem fio) entre norte-americanos e europeus
permanece baixo.
Como:
o PC é usado por nove entre dez internautas para a conexão.
Apenas 7% usam laptops e 1% usam algum dispositivo sem fio.
Muitas
residências têm PCs sem acesso à Internet, particularmente
na Europa. Na França, 47% das pessoas têm PCs, mas apenas
23% têm acesso à Rede em casa.
Não
se fala inglês aqui: a Internet está se tornando um importante
meio para a declaração cultural não-anglicana. Em
cada região onde o inglês não é o principal
idioma falado, nove em cada dez internautas preferem obter informações
localmente, em seu próprio idioma.
Comércio
eletrônico: as vítimas foram muitas, mas as compras on-line
têm obtido significativos ganhos nos Estados Unidos e principais
mercados desenvolvidos. Perto de 2/3 dos internautas norte-americanos compraram
algo pela Internet, assim como quatro em cada dez pessoas nos principais
mercados.
Número 1! - “O correio
eletrônico é a atividade interativa conectada Número
1 para usuários da Internet e a razão chave para que algumas
pessoas continuem utilizando a Rede”, diz Schattenberg. Nada menos que
90% dos internautas já tentaram enviar mensagens eletrônicas
e quase todos planejam continuar fazendo isso. A compatibilidade dos correios
eletrônicos com a Internet sem fio pode servir de base para uma nova
cultura na Rede.
“Muitas pessoas vão se lembrar
de 2000 como o ano da queda do ponto.com”, explica Schattenberg.
“Mas estavam acontecendo outras coisas também. Para uma significativa
proporção das populações norte-americanas,
européias e asiáticas, correio eletrônico, compras
e transações bancárias on-line, chats,
MP3, tornaram-se parte de suas vidas”.
Trocar
fotos on-line está ganhando popularidade, especialmente nos
Estados Unidos, onde 55% dos usuários já o fizeram. Ao contrário
do chat, esta atividade é preferida entre internautas mais
velhos. Só no Japão, onde os serviços de acesso sem
fio fizeram uma substancial invasão, correios eletrônicos
e mensagens de texto predominam. Um em cinco japoneses adultos têm
acesso sem fio (principalmente via celular), em comparação
com menos da metade disso no resto da Ásia, nas Américas
e na Europa.
Pontos
quentes para câmeras digitais são Japão, Reino Unido,
Espanha e Estados Unidos. CD burners são muito populares
entre internautas na Espanha, Holanda, Alemanha, Argentina urbana e França.
Sites
de entretenimento e mídia continuam sendo os locais mais visitados
da Internet, com mais de quatro em dez usuários buscando entretenimento
quando estão conectados.
Empresa - A Ipsos Latin America,
integrante do grupo global Ipsos, fundado na França em 1975, está
entre os maiores na classificação mundial de institutos de
pesquisa, com presença dominante nos cinco continentes e nos principais
países de cada região. As grandes áreas de especialidade
e importância do grupo são: Advertising Research, Marketing
Research Ad-Hoc (Qualitativo e Quantitativo), Media, Customer Satisfaction
e Public Opinion & Social.
A Ipsos Latin America opera com quatro
divisões no Brasil: Ipsos-ASI, especializada em avaliação
de eficácia publicitária em cada estágio do processo
e adaptada a cada mídia (TV, Internet, rádio e mídia
impressa), realiza também um estudo contínuo para o acompanhamento
da Saúde da Marca (Tracking Ipsam). A Divisão Novaction,
especializada em pesquisas mercadológicas, é reconhecida
como pioneira em técnicas qualitativas e desenvolvimento de sistemas
avançados de modelização. Representa com exclusividade
o instituto global Novaction (Modelos Mercadológicos) e a Perception
Research Services (especializado em estudos de comunicação
visual e de embalagem, detentora da tecnologia Eyetracking).
A Ipsos-Marplan opera no ramo de
pesquisa de mídia e ad-hoc e oferece ao mercado os conhecidos “Estudos
Marplan” sobre hábitos de mídia, utilizando técnicas
de coleta e tratamento dos dados pertinentes a cada caso. A Ipsos-Loyalty
(Customer Satisfaction) através de um modelo analítico leva
em consideração o processo global de satisfação
e lealdade do cliente. |