Brasil é referência
comercial para a CEE
Joana Lúcia Maciel (*)
Colaboradora
A Região
Lombarda e o Brasil assinaram em 5/6/2001 um protocolo de intenções
que visa incrementar o comércio internacional com os paises da América
Latina.
De acordo com o vice-presidente
do Brasil, Marco Maciel, a aliança é estratégica do
ponto-de-vista econômico e comercial, porque dá à Europa
a possibilidade de comercializar com os países da América
Latina, através do Brasil, e vice-versa, fazendo do País
uma base de referência dos interesses comerciais europeus.
Para firmar a parceria, a comitiva
brasileira, presidida pelo vice-presidente Marco Maciel e com a participação
do embaixador do Brasil na Itália, Paulo Tarso Flecha de Lima; do
cônsul geral de Milão, Sérgio Tutikian; e da representante
nacional do Sebrae, Maria Delith; foi recebida pelo presidente da Promos,
Bruno Ermoli, que enfatizou a importância logística do Brasil,
nos setores de distribuição, tecnologia e desenvolvimento
de novos negócios.
A iniciativa de desenvolvimento do
projeto dos distritos industriais é baseada na experiência
italiana de cooperação entre micro e pequenos produtores
de uma mesma localidade, conhecida como cluster. Neste caso, o projeto
beneficiará diretamente o pólo de confeção
de moda íntima de Nova Friburgo, que servirá como modelo
para outras 3 cidades do País: Campina Grande, na Paraíba,
com o pólo de couros e calçados; Paragominas, no Pará,
onde é desenvolvido o pólo de madeira e mobiliário;
e Tobias Barreto, em Sergipe, com o pólo de confeção
e artesanato.
De acordo com o diretor-superintendente
do Sebrae-RJ, Paulo Maurício Castelo Branco, o objetivo do projeto
é desenvolver as micro e pequenas empresas brasileiras, em particular
as do Rio de Janeiro. Citou o exemplo de Nova Friburgo: as 800 empresas
existentes geram mais de 20 mil empregos diretos, com 30% de produção
para exportação, representando 3% da produção
nacional para exportação.
A expectativa é de que, através
do projeto, as empresas possam melhorar a qualidade dos produtos
para conquistar o mercado externo: “Com um valor agregado de todos os setores,
principalmente o da formação, tal iniciativa tem como objetivo
formar incubadoras importantes, com uma expectativa de produção
destinada à exportação de US$ 36 milhões, previstos
para 2003”, disse o diretor do Sebrae-RJ.
Para o prefeito de Tobias Barreto
(Sergipe), Esdras Valeriano dos Santos, o projeto representa a oportunidade
de criar uma rede enterligada de promoções internacionais
de vários setores, como turismo, tecnologia e indústria em
geral, mesmo sendo nosso carro-chefe o pólo de confeções
e artesanato.
(*) Joana Lúcia
Maciel é jornalista brasileira radicada na Itália e correspondente
especial de Novo Milênio
na Europa.
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