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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 06/06/01 02:36:36
TV paga não chega às metas de racionamento 

A Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) informou à Anatel que grande parte de seus associados não conseguirá atingir a meta de 15% de redução no consumo de energia imposta ao setor. No dia 1º/6/2001, em Brasília, o vice-presidente da entidade, José Augusto Pinto Moreira, e membros da Comissão Permanente da Crise de Energia, formada pela entidade para avaliar os impactos da crise, participaram de uma reunião com o presidente da Anatel, Renato Guerreiro, para pedir apoio e discutir em conjunto alternativas ao racionamento. 

Durante a reunião, a ABTA entregou ao presidente da agência reguladora um documento, que expõe as dificuldades dos operadores, programadores e fabricantes do setor. 

"Há um consenso entre os operadores de que não será possível reduzir o consumo de energia aos níveis estabelecidos", afirma José Augusto Pinto Moreira. "O setor está preocupado em atender à determinação do Governo.Vamos trabalhar em conjunto com a agência mas, por enquanto, as regras são claras: ou se reduz o consumo ou haverá cortes". 

As empresas de DTH, MMDS e cabo, respectivamente, transmissão por satélite, microondas e por rede física, devem recorrer aos geradores de energia. Os sistemas que são centralizados poderão ser atendidos por energia alternativa nas áreas operacionais (administração e atendimento ao cliente), nos headends (central de recepção, processamento e geração de sinais de áudio e vídeo), e na transmissão de sinal para os assinantes das tecnologias DTH e MMDS. 

Para os operadores de cabo, a alternativa dos geradores não pode ser aplicada às suas redes de transmissão, que são alimentadas por fontes distribuídas ao longo de toda a malha. Essas fontes, em sua maioria, estão diretamente conectadas à rede secundária de energia elétrica das concessionárias e encontram-se instaladas no alto dos postes. O desligamento é uma impossibilidade técnica. Só em São Paulo (capital) são sete mil fontes que teriam de ser desligadas uma a uma. Em todo Brasil são cerca de 50 mil fontes. O setor de TV por assinatura fechou 2000 com 3,4 milhões de assinantes e faturamento de R$ 2,1 bilhões. 

A entidade - A Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) criada em 1993, é uma sociedade civil, de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída por empresas privadas e associações com atividades relacionadas direta ou indiretamente com a prestação de serviços de telecomunicações no regime de assinatura. 

Tem como associados representantes das operadoras (empresas proprietárias e/ou operadoras de centrais de recepção, processamento, geração e retransmissão do sinal para os assinantes); fornecedores de equipamentos e prestadores de serviços (suprem equipamentos, material de instalação, acessórios peças e materiais de manutenção); programadores (atuam na compra de programação externa, adaptação, produção e edição de programas) e sócios aspirantes (empresas que ainda não atuam no setor representado pela ABTA). 

A associação tem como compromisso, desde a sua fundação, contribuir para o desenvolvimento e a profissionalização da indústria das telecomunicações por assinatura no país.