TV paga não chega às
metas de racionamento
A Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) informou
à Anatel que grande parte de seus associados não conseguirá
atingir a meta de 15% de redução no consumo de energia imposta
ao setor. No dia 1º/6/2001, em Brasília,
o vice-presidente da entidade, José Augusto Pinto Moreira, e membros
da Comissão Permanente da Crise de Energia, formada pela entidade
para avaliar os impactos da crise, participaram de uma reunião com
o presidente da Anatel, Renato Guerreiro, para pedir apoio e discutir em
conjunto alternativas ao racionamento.
Durante a reunião, a ABTA
entregou ao presidente da agência reguladora um documento, que expõe
as dificuldades dos operadores, programadores e fabricantes do setor.
"Há um consenso entre os operadores
de que não será possível reduzir o consumo de energia
aos níveis estabelecidos", afirma José Augusto Pinto Moreira.
"O setor está preocupado em atender à determinação
do Governo.Vamos trabalhar em conjunto com a agência mas, por enquanto,
as regras são claras: ou se reduz o consumo ou haverá cortes".
As empresas de DTH, MMDS e cabo,
respectivamente, transmissão por satélite, microondas e por
rede física, devem recorrer aos geradores de energia. Os sistemas
que são centralizados poderão ser atendidos por energia alternativa
nas áreas operacionais (administração e atendimento
ao cliente), nos headends (central de recepção, processamento
e geração de sinais de áudio e vídeo), e na
transmissão de sinal para os assinantes das tecnologias DTH e MMDS.
Para os operadores de cabo, a alternativa
dos geradores não pode ser aplicada às suas redes de transmissão,
que são alimentadas por fontes distribuídas ao longo de toda
a malha. Essas fontes, em sua maioria, estão diretamente conectadas
à rede secundária de energia elétrica das concessionárias
e encontram-se instaladas no alto dos postes. O desligamento é uma
impossibilidade técnica. Só em São Paulo (capital)
são sete mil fontes que teriam de ser desligadas uma a uma. Em todo
Brasil são cerca de 50 mil fontes. O setor de TV por assinatura
fechou 2000 com 3,4 milhões de assinantes e faturamento de R$ 2,1
bilhões.
A entidade - A Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) criada
em 1993, é uma sociedade civil, de âmbito nacional, sem fins
lucrativos, constituída por empresas privadas e associações
com atividades relacionadas direta ou indiretamente com a prestação
de serviços de telecomunicações no regime de assinatura.
Tem como associados representantes
das operadoras (empresas proprietárias e/ou operadoras de centrais
de recepção, processamento, geração e retransmissão
do sinal para os assinantes); fornecedores de equipamentos e prestadores
de serviços (suprem equipamentos, material de instalação,
acessórios peças e materiais de manutenção);
programadores (atuam na compra de programação externa, adaptação,
produção e edição de programas) e sócios
aspirantes (empresas que ainda não atuam no setor representado pela
ABTA).
A associação tem como
compromisso, desde a sua fundação, contribuir para o desenvolvimento
e a profissionalização da indústria das telecomunicações
por assinatura no país. |