"APAGÃO"
Um tijolo na caixa de descarga
O
tema do racionamento de energia e água tem sido constantemente abordado
pelos integrantes da lista de debates sobre negócios Widebiz,
cujo autodefinido "PM - Pretenso Moderador", Mário Persona, divulgou
este comentário em 25/4/2001:
Já que esta é uma lista
que envolve criatividade, não resisto contar a solução
de uma pequena cidade americana cujo problema era água (o nosso
também é). Lá as casas não costumam ter caixa
d'água (criadouro de bactérias), mas a distribuição
direta é eficiente. Os vasos também não utilizam válvula
hidra, que gasta um absurdo de água tratada e ainda causa um refluxo
de gases tóxicos que podem subir para a caixa d'água. A descarga
é de caixa acoplada (visível ou embutida).
Solução para economizar
água? Descobriram que as caixas de descarga são superdimensionadas.
Regular as bóias custaria
caro. O jeito foi a prefeitura distribuir um tijolo de concreto para cada
habitante, cujo volume reduzia a capacidade da caixa sem comprometer a
eficiência da descarga. Certamente uma solução criativa
que economizou cerca de um litro de água tratada por descarga. Multiplique
isto pelo número de habitantes e temos um volume gigantesco. Se
considerarmos o fator "maionese de casamento, este volume aumenta consideravelmente."
:)
Agora, manifestando o vício
de contador de histórias, já morei numa cidade em Goiás
onde a energia vinha de uma minúscula hidrelétrica. Um tubo
de uma represa do tamanho de uma piscina alimentava um pequeno gerador
controlado manualmente. Só tinha luz à noite. O único
funcionário da "hidrelétrica" ficava sentado em uma cadeira,
olhando para um voltímetro (ou amperímetro?) e segurando
uma torneira do tamanho de uma direção.
Virando para a direita, ele reduzia
o fluxo d'água. Para a esquerda, aumentava. Dada a monotonia do
trabalho, era comum ele cair no sono e da cadeira. O que era testemunhado
por toda a cidade, que sabia, pelo brilho da luz ou falta dele, para que
lado ele tinha caído. :) |