B2B é a nova meta da Velha
Economia
B2B é
a sigla do momento no que se refere a transações eletrônicas.
Não há dúvida que essas três letras - indicativas
da expressão inglesa business to business (negócios
entre empresas) - deixaram de ser tendência e agora são realidade
no Brasil e no mundo. Os números provam isso. Uma pesquisa realizada
pelo Gartner Group aponta que o mercado de B2B mundial deverá atingir
um volume de negócios no valor de US$ 920 bilhões em 2001,
dobrar para US$ 1,9 trilhões em 2002 e crescer ainda mais em 2005,
chegando a US$ 8,5 trilhões.
No Brasil, os números também
entusiasmam. Um estudo realizado pela consultoria estadunidense eMarketer
estima que o faturamento do comércio eletrônico entre empresas
no Brasil deve saltar de US$ 1,95 bilhão em 2000 para a marca de
US$ 34,72 bilhões em 2004. A previsão mundial para o mesmo
ano de 2004 fica em US$ 2,775 trilhões.
Atrativo - Tais previsões
atraem cada vez mais grandes empresas para esse filão do mercado.
Inclusive gigantes, que até pouco tempo não se envolviam
no mercado de tecnologia, estão percebendo a importância de
investir no B2B. A General Electric é
um dessas megacorporações que já percebeu a importância
do B2B para o futuro de seus negócios. Tanto é verdade que
a empresa, através da Global eXchange Services (GXS), integra mais
de 100 mil clientes e movimenta mundialmente cerca de US$ 1 trilhão
na comercialização de produtos e serviços com outras
empresas. E a ordem do momento é fazer o mesmo no Brasil.
Segundo Mauro Figueiredo, diretor-presidente
da GXS, atualmente o Brasil é um dos maiores consumidores de programas
do mundo, além de ser o país responsável por 60% das
transações on-line da América Latina.
"O EAI (enterprise application integrator
- integrador de aplicações empresariais) será necessário
em empresas que concluíram a implantação de sistemas
de gestão empresarial (ERPs) e que agora têm que integrá-los
a outros sistemas em produção. Outro caso típico é
constatado em situações geradas pela junção
de empresas que utilizam diferentes tecnologias de equipamentos e programas.
E, em grande volume, as empresas que pretendem ingressar no mundo B2B,
mas têm suas informações distribuídas por várias
ilhas de informação".
O mercado potencial inicial avaliado
pela GXS no Brasil é formado pelas 150 maiores empresas do Brasil.
"A vantagem em oferecermos o EAI no Brasil é que nenhuma estrutura
de negócio ou sistema em produção terá que
ser modificada com a nossa solução", explica. Para consolidar
a sua estratégia, a GXS tem como parceiros os principais fornecedores
de programas e de consultoria do mundo, além de estar buscando parcerias
locais.
A parte de EAI representa um elemento
do tripé de ofertas da GXS, que é formado também por
Eletronic Data Interchange (EDI - troca eletrônica de dados) e B2B
electronic
marketplaces (mercados eletrônicos para negócios entre
empresas). "Gradativamente, vamos nos posicionar como um dos participantes
mais competitivos do mercado de comércio eletrônico", conclui
Figueiredo. A General Electric é uma empresa diversificada que atua
em serviços, tecnologia e manufatura. Opera em mais de 100 países,
empregando cerca de 340 mil pessoas. |