Empresas de tecnologia podem obter
crédito
Na segunda
fase do Programa Brasil Empreendedor há uma novidade, para o pequeno
empresário da área de tecnologia que precisa de crédito.
É o Programa de Crédito Orientado para Novos Empreendedores,
que deve liberar, para cada pequeno empresário, até o máximo
de R$ 50 mil. Além disso, o programa oferece, a exemplo do que ocorreu
na primeira fase, o curso "Orientação para Crédito",
gratuito, de 16 horas, operado pelo Sebrae-SP.
Mais informações pelo telefone 0800-780202.
Para participar, o interessado deve
fazer a inscrição no site
nacional da entidade até 31/5/2001. Essa etapa funcionará
como uma espécie de pré-seleção. Entre os requisitos
exigidos estão possuir um negócio aberto há menos
de um ano e não ter nenhuma restrição cadastral, ou
seja, não estar com o nome inscrito em alguma lista de inadimplentes,
e não ter financiamentos para investimentos em outras instituições
financeiras.
Juros mais baixos - Poderão
ser financiados até 90% do total empreendido, sendo que 10% do valor
deverão vir de recursos próprios. Os encargos do financiamento
ficam em torno de 3% ao ano mais a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP).
Serão disponibilizados pelo
Sebrae-SP, para todos os que tiverem suas linhas de crédito aprovadas,
assessoria técnica e acompanhamento trimestral. O programa tem como
meta capacitar cinco mil novos empreendedores em todo o Brasil, viabilizando
o surgimento de novos empreendimentos, gerando emprego e renda.
Mobilização tecnológica
- O Programa Mobilização Tecnológica (PMT),
parceria do Sebrae-SP com a Associação Nacional de Pesquisa,
Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei), encerrou
a segunda fase de atividades. Foram realizados 126 projetos individuais
e seis projetos coletivos, beneficiando ao todo 180 empresas. O sucesso
obtido possibilitou que as duas entidades firmassem convênio para
a terceira fase. A meta agora é implementar 22 projetos coletivos
ao longo de 2001. A expectativa é que cada projeto beneficie cerca
de dez empresas.
Na apresentação dos
resultados da Fase II do PMT, os gerentes do programa, Antônio Carlos
Larubia (Sebrae-SP) e Simone Cornelsen (Anpei), indicaram que nos 126 projetos
individuais implantados os problemas mais freqüentemente constatados
estavam relacionados a melhorias e/ou desenvolvimento de processos (46%
dos projetos), ajustes do lay-out industrial, incluindo adequações
de instalações e equipamentos (20% dos projetos), implantação
de programas de controle de produção (18%) e melhorias e/ou
desenvolvimento de produtos (7%), entre outros. Eles também destacaram
que a duração média dos projetos foi de cerca de quatro
a cinco meses.
Para o presidente da Anpei, Celso
Antônio Barbosa, antes do programa ser iniciado foi notado que a
tecnologia não era considerada um item de primeira necessidade pelos
micro e pequenos empresários. "É importante os empreendedores
terem consciência de que o desenvolvimento de novas tecnologias é
fundamental para o aumentos da produção", disse.
O diretor superintendente do Sebrae-SP,
Fernando Leça, destacou o fato de que embora exista desenvolvimento
tecnológico em pesquisas, essa evolução não
chega às micro e pequenas empresas: "Comparando o nível das
pesquisas tecnológicas com o grau de desenvolvimento dos pequenos
negócios vemos que existe uma grande diferença", declarou.
"Estamos reforçando nossa parceria com a Anpei para fazer com que
as micro e pequenas empresas paulistas também desenvolvam novas
tecnologia", concluiu.
O presidente do conselho deliberativo
do Sebrae-SP, Fábio Meirelles, enfatizou a importância da
entidade estabelecer programas em parceria com a Anpei. "Como ela é
membro do nosso conselho deliberativo, o Mobilização Tecnológica
é mais do que um parceria. Temos que reconhecer sua importância
nesse programa", destacou. |