Clique aqui para voltar à página inicial  http://www.novomilenio.inf.br/ano01/0105b027.htm
Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 05/20/01 01:27:32
Empresas de tecnologia podem obter crédito 

Na segunda fase do Programa Brasil Empreendedor há uma novidade, para o pequeno empresário da área de tecnologia que precisa de crédito. É o Programa de Crédito Orientado para Novos Empreendedores, que deve liberar, para cada pequeno empresário, até o máximo de R$ 50 mil. Além disso, o programa oferece, a exemplo do que ocorreu na primeira fase, o curso "Orientação para Crédito", gratuito, de 16 horas, operado pelo Sebrae-SP. Mais informações pelo telefone 0800-780202.

Para participar, o interessado deve fazer a inscrição no site nacional da entidade até 31/5/2001. Essa etapa funcionará como uma espécie de pré-seleção. Entre os requisitos exigidos estão possuir um negócio aberto há menos de um ano e não ter nenhuma restrição cadastral, ou seja, não estar com o nome inscrito em alguma lista de inadimplentes, e não ter financiamentos para investimentos em outras instituições financeiras. 

Juros mais baixos - Poderão ser financiados até 90% do total empreendido, sendo que 10% do valor deverão vir de recursos próprios. Os encargos do financiamento ficam em torno de 3% ao ano mais a Taxa de Juros de Longo Prazo (TJLP). 

Serão disponibilizados pelo Sebrae-SP, para todos os que tiverem suas linhas de crédito aprovadas, assessoria técnica e acompanhamento trimestral. O programa tem como meta capacitar cinco mil novos empreendedores em todo o Brasil, viabilizando o surgimento de novos empreendimentos, gerando emprego e renda.

Mobilização tecnológica -  O Programa Mobilização Tecnológica (PMT), parceria do Sebrae-SP com a Associação Nacional de Pesquisa, Desenvolvimento e Engenharia das Empresas Inovadoras (Anpei), encerrou a segunda fase de atividades. Foram realizados 126 projetos individuais e seis projetos coletivos, beneficiando ao todo 180 empresas. O sucesso obtido possibilitou que as duas entidades firmassem convênio para a terceira fase. A meta agora é implementar 22 projetos coletivos ao longo de 2001. A expectativa é que cada projeto beneficie cerca de dez empresas. 

Na apresentação dos resultados da Fase II do PMT, os gerentes do programa, Antônio Carlos Larubia (Sebrae-SP) e Simone Cornelsen (Anpei), indicaram que nos 126 projetos individuais implantados os problemas mais freqüentemente constatados estavam relacionados a melhorias e/ou desenvolvimento de processos (46% dos projetos), ajustes do lay-out industrial, incluindo adequações de instalações e equipamentos (20% dos projetos), implantação de programas de controle de produção (18%) e melhorias e/ou desenvolvimento de produtos (7%), entre outros. Eles também destacaram que a duração média dos projetos foi de cerca de quatro a cinco meses. 

Para o presidente da Anpei, Celso Antônio Barbosa, antes do programa ser iniciado foi notado que a tecnologia não era considerada um item de primeira necessidade pelos micro e pequenos empresários. "É importante os empreendedores terem consciência de que o desenvolvimento de novas tecnologias é fundamental para o aumentos da produção", disse. 

O diretor superintendente do Sebrae-SP, Fernando Leça, destacou o fato de que embora exista desenvolvimento tecnológico em pesquisas, essa evolução não chega às micro e pequenas empresas: "Comparando o nível das pesquisas tecnológicas com o grau de desenvolvimento dos pequenos negócios vemos que existe uma grande diferença", declarou. "Estamos reforçando nossa parceria com a Anpei para fazer com que as micro e pequenas empresas paulistas também desenvolvam novas tecnologia", concluiu. 

O presidente do conselho deliberativo do Sebrae-SP, Fábio Meirelles, enfatizou a importância da entidade estabelecer programas em parceria com a Anpei. "Como ela é membro do nosso conselho deliberativo, o Mobilização Tecnológica é mais do que um parceria. Temos que reconhecer sua importância nesse programa", destacou.