Vem aí o telefone celular
descartável
Depois
das câmeras fotográficas e de inúmeros outros produtos,
agora é a vez dos telefones celulares se tornarem também
objetos descartáveis: pelo menos duas empresas
norte-americanas já estão desenvolvendo esses aparelhos,
a californiana Telespree e a novaiorquina Dieceland Tech Corp (DTC). Os
aparelhos serão vendidos já a partir deste verão setentrional
em redes de lojas e supermercados, aeroportos e outros locais de grande
circulação de público.
Estabelecida na cidade californiana
de San Francisco, a Telespree Communications
explica que o produto tem baixo custo devido ao material usado nos aparelhos
e principalmente à tecnologia utilizada. O valor está relacionado
ao tempo de conversação (de 30 a 120 minutos) e, por ser
inferior ao dos modelos convencionais, deverá permitir que mais
pessoas passem a usar a telefonia móvel, especialmente idosos e
crianças.
Na página da empresa, há
inclusive demonstrações
audíveis de como o sistema funciona: existe apenas um botão
principal, pelo qual o usuário chama a operadora e dita o número
desejado. Um botão secundário permite chamar diretamente
um serviço de emergência (911 nos EUA). Pode-se escolher entre
seis cores para o corpo do aparelho.
E a idéia é posteriormente
agregar uma gama de serviços como informações meteorológicas
e de condições de tráfego, que poderão ser
obtidas de forma audível, através de palavras-chave ditadas
no aparelho. Um dos lados do corpo do celular poderá inclusive ser
usado para publicidade, como nos isqueiros descartáveis.
Concorrente - Em New York, a
empresária Randice Lisa Alschul, fundadora da Dieceland Tech Corp
(DTC), está lançando o Phone-Card-Phone, para ser comercializado
a US$ 10 o aparelho. Segundo ela, a idéia surgiu em conseqüência
do aborrecimento por que passou ao perder seu telefone celular.
No tamanho de um cartão telefônico
e com espessura de três cartões de crédito empilhados,
o aparelho será vendido com um audiofone e um pequeno microfone,
permitindo 60 minutos de comunicação. Terminado o período
contratado, o usuário joga fora o telefone ou usa seu cartão
de crédito para adquirir novo período de conversação.
Em declarações ao jornal
norte-americano USA Today, observou: "Com este produto, atingimos
um nervo sensível. Tenho contato com investidores do mundo inteiro".
Randice explicou que a grande miniaturização do aparelho
foi possibilitada pelo uso de uma tinta especial que permite imprimir circuitos
em folhas de papel reciclado. E afirmou já contar com 100 milhões
de unidades encomendadas, pretendendo no primeiro ano fabricar 300 milhões
de telefones. Parte das vendas poderá advir de negociações
que está mantendo com redes de lanchonetes, para a oferta de "cardápios
Phone-Card-Phone". |