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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 05/06/01 11:29:28
Vem aí o telefone celular descartável 

Depois das câmeras fotográficas e de inúmeros outros produtos, agora é a vez dos telefones celulares se tornarem também objetos descartáveis: pelo menos duas Imagem do site da Telespreeempresas norte-americanas já estão desenvolvendo esses aparelhos, a californiana Telespree e a novaiorquina Dieceland Tech Corp (DTC). Os aparelhos serão vendidos já a partir deste verão setentrional em redes de lojas e supermercados, aeroportos e outros locais de grande circulação de público.

Estabelecida na cidade californiana de San Francisco, a Telespree Communications explica que o produto tem baixo custo devido ao material usado nos aparelhos e principalmente à tecnologia utilizada. O valor está relacionado ao tempo de conversação (de 30 a 120 minutos) e, por ser inferior ao dos modelos convencionais, deverá permitir que mais pessoas passem a usar a telefonia móvel, especialmente idosos e crianças. 

Na página da empresa, há inclusive demonstrações audíveis de como o sistema funciona: existe apenas um botão principal, pelo qual o usuário chama a operadora e dita o número desejado. Um botão secundário permite chamar diretamente um serviço de emergência (911 nos EUA). Pode-se escolher entre seis cores para o corpo do aparelho. 

E a idéia é posteriormente agregar uma gama de serviços como informações meteorológicas e de condições de tráfego, que poderão ser obtidas de forma audível, através de palavras-chave ditadas no aparelho. Um dos lados do corpo do celular poderá inclusive ser usado para publicidade, como nos isqueiros descartáveis.

Detalhes e as cores do Telespree ID, na página Web da empresa
Concorrente - Em New York, a empresária Randice Lisa Alschul, fundadora da Dieceland Tech Corp (DTC), está lançando o Phone-Card-Phone, para ser comercializado a US$ 10 o aparelho. Segundo ela, a idéia surgiu em conseqüência do aborrecimento por que passou ao perder seu telefone celular. 

No tamanho de um cartão telefônico e com espessura de três cartões de crédito empilhados, o aparelho será vendido com um audiofone e um pequeno microfone, permitindo 60 minutos de comunicação. Terminado o período contratado, o usuário  joga fora o telefone ou usa seu cartão de crédito para adquirir novo período de conversação.

Em declarações ao jornal norte-americano USA Today, observou: "Com este produto, atingimos um nervo sensível. Tenho contato com investidores do mundo inteiro". Randice explicou que a grande miniaturização do aparelho foi possibilitada pelo uso de uma tinta especial que permite imprimir circuitos em folhas de papel reciclado. E afirmou já contar com 100 milhões de unidades encomendadas, pretendendo no primeiro ano fabricar 300 milhões de telefones. Parte das vendas poderá advir de negociações que está mantendo com redes de lanchonetes, para a oferta de "cardápios Phone-Card-Phone".