Saber contemplar o estrelato é
um desafio constante, é preciso ter inteligência!
Fernanda do Couto (*)
Colaboradora
Ter
visibilidade, ficar famoso, conquistar um espaço ideal e ter a perspicácia
de valorizar o poder de fogo, é um desafio constante e é
necessário ter a sabedoria e inteligência para não
cair da escada pois o tombo pode ser arriscado e deixar seqüelas irreparáveis!
No mundo real, os artistas de televisão
são a grande coqueluche, ainda mais se estiverem no auge da novela
ou até mesmo forem entrevistadores de sucesso. Muitos acabam por
esquecer que grande parte do sucesso aconteceu através da humildade
no início da carreira, a base sólida para qualquer surgimento.
Ser humilde é o primeiro desafio quando queremos vencer nossos obstáculos
e garantir o sonho idealizado!
A TV delineou espaços e abriu
portas para talentos inimagináveis. Somos bombardeados diariamente
com o artista em diversas campanhas publicitárias, seja na TV, no
Rádio, no outdoor (N.E.: painel publicitário) e até
mesmo no busdoor (N.E.: publicidade em ônibus). Se a peça
de teatro tiver o artista de destaque, pode ter certeza, casa lotada. Mas,
na hora que o auge da fama termina, ficam de um lado pro outro, de emissora
para outra, buscando por um papel coadjuvante! Muitos são esquecidos,
envelhecem ou são substituídos por rostinhos mais bonitos
ou, como a moda permitir, o siliconado mais exuberante! Imagine, uma Miss
Brasil investir 15 mil reais para poder ficar 100% "preparada"!
Chegamos no absurdo total! A onda
das popozudas e das preparadas, das cachorras e das temperadas! O funk
que domina, vem trazendo a polêmica até para a Internet. E
você, já entrou na onda do Bonde do Tigrão? Será
que os sucessos que esquentam as noites de funk vão ter uma visibilidade
e vão conseguir "dominar" o mercado por muito tempo? Com certeza
tivemos um "carnafunk" este ano... as marchinhas foram esquecidas,
dando passagem para o Bonde... Tom Jobim com certeza fechou os olhos, tampou
os ouvidos, pois o que a mídia tentou empurrar pelos tímpanos
abaixo não era um produto trabalhado e sim uma imagem para vender
e posicionar as classes sociais, o jogo da atração estava
começando!
Net também - Partindo
para a Internet, começamos a notar que também acontecem fatos
que nos fazem pensar que realmente a imagem é largamente importante,
estar na Internet, ter um site na Internet, ser colunista, desenvolver
um conteúdo, também é ser um artista. O chamado Artista
dos Bytes. O Cyber Artista!
A partir do momento em que você
aparece na Internet, tem a sua visibilidade e consegue conquistar o seu
público leitor, seja em website, listas de discussão ou como
fomentador de novas idéias, você passa a ser um artista e
tem a importância de tal com a realidade virtual. Ser convidado para
um chat de um website de grande nome, é uma honra! Participar de
debates importantes e que geram conteúdo se assemelha a uma entrevista
na TV. Os valores são iguais, o que vai mudar é o ambiente
e o formato que se dá ao acontecimento.
Quando você sai do virtual,
da era byte to byte e encara o público off line para
dissertar sobre novas idéias e conceitos diferenciados, com certeza
você consegue chegar ao pódio! A partir do momento em que
as pessoas começam a te seguir pelas entrelinhas virtuais e a cortejar
seu conteúdo, tenha certeza de uma coisa: ou você está
redondamente enganado ou realmente você conseguiu atingir o auge
da sua fama virtual...passou de imagem incógnita, foto distorcida,
para ser humano de carne e osso que pensa, fala e gera conteúdo.
Muitos ainda preferem escrever livros,
e-books
e fazer consultorias, baseados no conteúdo que possuem e que transmitem
na Internet, ou seja, a glória do artista completo se dá
no momento de uma noite de autógrafos. O ego é massageado
e o artista começa a entender que se o seu produto não for
atrativo, não vende, não progride, encalha e cai no esquecimento.
Ou melhor, é trocado por outro.
A importância de um posicionamento
ideal é esta. Ela posiciona, cria o mito e faz com que as coisas
aconteçam com mais facilidade e com segmentações reais,
cada qual no caminho e nicho segmentado. O atropelo não vende, a
sede de crescer não vence... o que nos torna poderosos e visíveis
são as doses certeiras que um destaque de imagem pode oferecer ao
cliente, seja ele on ou off line. Artista ou colunista, cantor
ou escritor. O mercado delimita diretrizes e surgem os press releases,
press
kits e por aí vai.
Tombo - Enquanto a fama e
a poder provocam a massagem do ego, por outro lado temos que ficar preocupados
pois como diriam alguns provérbios: "Fez a fama agora deita na cama",
ou outro "quando maior a altura, maior o tombo". Isso nos faz parar para
refletir que às vezes a visibilidade pode criar monstros pois a
pessoa não estava preparada para o sucesso, de uma hora para outra
deitou e rolou, como diria "subiu a cabeça e não soube controlar".
É normal, mas o tombo é
desastroso, e para consertar é preciso tempo e cultivar tudo novamente
da estaca zero! O sucesso é uma palavra que dever ser envolvida
com o laço da humildade e da sabedoria. Deve ser cultivado como
uma planta num belo jardim, é necessário regar diariamente
com doses certas para não morrer afogado ou morrer de secura! Para
isso precisamos ter inteligência e moderarmos todas as etapas de
seu desenvolvimento. Assim acontece com o sucesso, o estrelato, seja ele
na vida real ou no mundo virtual.
Segmentar o sucesso é algo
difícil e somente os sábios conseguem digerir. A imagem pública
pode ser feita em etapas em períodos curtos, médios ou longos,
vai depender do produto. Destruir uma imagem só depende de uma coisa,
da palavra errada, do momento inoportuno e do acontecimento trágico.
O sucesso é uma faca de dois gumes, ele constrói e destrói.
O papel da Assessoria de Imprensa é fazer com que a faca e o queijo
fiquem na mão de um só e que este saiba cortar e fatiar na
medida certa e no momento certo, não deixando subir à cabeça
e fazendo com que os pedaços sejam cortados indevidademente! É
preciso ter inteligência e saber dividir corretamente.
(*) Fernanda
do Couto é redatora da Imprensa
Web! e articulista
do site Widebiz. |