Respeito é bom e o cliente
gosta
Luiz Renato Roble lkk (*)
Colaborador
Um dia,
recebi uma informação que falava muito bem de um site que,
por apresentar uma tecnologia relativamente nova, torna-se muito mais moderno,
interativo e dinâmico do que a grande maioria existente na rede.
É claro que não hesitei em acessar o tal site e conferir
o seu elogiado diferencial tecnológico. Fiquei, de imediato, muito
entusiasmado com a novidade que acabava de descobrir. Passado um certo
tempo, pensando melhor sobre o assunto, acabei concluindo que o site em
questão, apesar da tecnologia nele aplicada, proporciona a quem
o visita os mesmos benefícios que o velho e bom balcão de
atendimento, aquele em que o cliente fica frente-a-frente com o vendedor.
O site permite que o cliente tecle,
como em um chat, com um atendente que, em tempo real, esclarece dúvidas
a respeito de produtos, serviços, formas de pagamento ou qualquer
outro assunto que não tenha ficado claro durante a navegação.
Ou seja, trata-se de toda uma tecnologia empregada para realizar aquele
tipo de atendimento que qualquer empório de beira de estrada oferece
a sua clientela: - Tem fumo de rolo? - Tem sim, Seu Honório. Acabou
de chegar um dos melhores!
Personalizado - É que
na verdade, mesmo com toda a tecnologia disponível, o que o cliente
deseja de fato, seja no comércio tradicional ou no e-Commerce (N.E.:
comércio eletrônico), é encontrar os produtos e serviços
de que ele necessita, sem ficar procurando muito, andando pela loja ou
perdendo tempo em buscas frenéticas por sites complicados. Ele anseia
por um atendimento personalizado, quer ouvir o som do nome dele sendo pronunciado
pelo vendedor, ou então, vê-lo, em letras maiúsculas,
escrito no topo de uma e-zine ou de um site. Mesmo que a loja esteja cheia
ou o site com excesso de visitação e independentemente de
que ele seja apenas um entre milhares de clientes, o que ele espera, e
merece, é ter um atendimento olho-no-olho ou apenas navegar com
tranqüilidade.
Outra coisa, o cliente, no mundo
real ou no virtual, gosta e precisa saber das novidades. Elas não
podem deixar de ser apresentadas com destaque na fachada, na vitrine ou
no interior da loja, entretanto, não devem ser despejadas à
sua frente, como se estivessem sendo empurradas diante dele. É preciso
saber exatamente quando e como expô-las, sem se tornar óbvio.
Da mesma forma, na Internet, as novidades não deveriam ser apresentadas
sempre em incômodos banners que explodem e irritam o cliente,
como também, não podem, ficar escondidas e perdidas em algum
canto esquecido do site. Buscar o equilíbrio é sempre uma
meta, seja on ou off-line.
Devemos lembrar que tanto na frente
do balcão, como na frente da tela, existe um ser humano, até
o momento chamado de cliente, que deseja ser tratado com carinho, atenção
e, principalmente, com o respeito que só quem é o motivo
principal de todo e qualquer tipo de comércio, merece.
(*)
Luiz
Renato Roble lkk é designer, consultor de Identidade Estratégica
e diretor de criação da Datamaker. Artigo divulgado via boletim
eletrônico Varejo
Século 21. Esse fórum conta com mais de 1.100 participantes
e o objetivo dos trabalhos é apresentar idéias, tendências,
experiências e opiniões que contribuam para a melhoria do
comércio varejista brasileiro. |