Uma série de equipamentos e programas para a RDSI - Rede Digital de Serviços Integrados está sendo mostrada na Telexpo 2001 pela RS Telecom, atendendo desde as operadoras de comunicações até o usuário final. A tecnologia é ideal para aqueles que necessitam de alta qualidade e rápida transmissão de dados a baixo custo. Entre os destaques da empresa está a mais nova solução para que comunicações múltiplas de pequenas transmissões de dados possam passar pela conexão RDSI, simultaneamente às duas comunicações já disponíveis pela linha. 

A Rede Digital de Serviços Integrados (RDSI - em inglês ISDN – Integrated Service Digital Network) já é uma realidade no Brasil. Graças a ela é possível usar uma única linha telefônica para manter simultaneamente duas conversações para locais distintos, ou falar ao telefone ao mesmo tempo em que se envia um fax ou se está conectado a Internet. Ou seja, a mesma linha digital se desdobra em duas, ao contrário da linha CPA, que somente alterna as ligações. 

Mas a maior novidade dessa tecnologia está chegando agora ao Brasil por meio da RS Telecom, que traz diretamente da Holanda, as soluções de infra-estrutura propostas pela ASB e que já foram implantadas pela maior operadora daquele país, a KNP, oferecendo tecnologia de uso do 3º canal (D) presente na RDSI. As tecnologias disponíveis para a utilização do canal D são a última novidade de aplicação para RDSI. Além das duas linhas que atualmente são disponibilizadas por uma RDSI (canal B), com a linha de modems adaptadores da ASB, tem-se acesso à terceira linha (canal D), que pode ser utilizada para pagamentos com cartões de crédito ou bancários, monitoramento contínuo de sistemas de alarme residenciais e comerciais, leitura remota de medidores de energia elétrica, água e gás. 

“Essa terceira linha já está presente quando instalada uma linha RDSI, porém atualmente o assinante não tem acesso à mesma. Assim que as operadoras de telefonia fixa no Brasil disponibilizarem essa terceira linha, todas as aplicações possíveis poderão se tornar realidade. Esperamos que as operadoras atentem para este fato e percebam que essas facilidades oferecidas pelo canal D são uma imensa mina de ouro a ser explorada, gerando uma incrível demanda que a tecnologia RDSI pode facilmente atender”, alerta o engenheiro Robert Soek, presidente da RS Telecom.

De acordo com Soek, o canal D é como um meio de transporte que leva os dados do assinante à central telefônica. Como todo meio de transporte, o canal D tem custos, e por isso foi superdimensionado para 16 Kbps. Só que as taxas de transmissão entre as centrais telefônicas e os assinantes podem ter picos de 16 Kbps, mas a média fica abaixo dos 4 Kbps. “Isso significa um serviço sub-utilizado, onde se pode levar  passageiros extras”, diz o executivo. 

Uso convencional - Usando a infra-estrutura analógica preexistente, a tecnologia RDSI envolve a digitalização da última etapa dos equipamentos telefônicos, um par de cabos disponibilizados pelas operadoras nas residências ou prédios comerciais. A única alteração para o usuário é a instalação, pela operadora, de um pequeno equipamento NT (Network Terminator, ou Terminador de Rede). Porém, a troca de uma linha convencional por uma RDSI traz mudanças significativas em termos de funcionalidade.

Uma das grandes vantagens do sistema é a sua versatilidade, podendo-se aproveitar todos os equipamentos utilizados hoje por uma linha convencional, como telefone, fax, computador, secretária eletrônica, videofone etc., e conectar-se a uma velocidade de transmissão de 128 Kbps. Quem tem um acesso RDSI básico pode solicitar até oito números telefônicos para uma linha. Através do código MSN (Multiple Subscriber Number) o sistema faz o reconhecimento do sinal e identifica para qual equipamento se destina a ligação, equivalendo a uma DDR (Discagem Direta a Ramal). 

“Para as pequenas e médias empresas, a tecnologia RDSI mostra-se excelente, pois oferece total confiabilidade e segurança na troca de dados, além de muita economia”, diz Soek. “O comércio em geral (padarias, drogarias, mercados, bancas de jornal, lojas etc.) pode se beneficiar em muito das facilidades oferecidas pela tecnologia para otimizar o pagamento eletrônico no caixa, por exemplo, diminuindo as filas de clientes e ainda tendo uma linha liberada para voz”, complementa o executivo. 

Entre as principais aplicações propostas pela tecnologia RDSI, que oferece excelente qualidade de áudio (até 7 KHz) está videoconferência de ensino e reuniões à distância. A comunicação entre redes locais de computadores (LAN-to-LAN), transferência de arquivos entre PCs, televigilância com monitoração remota utilizando-se câmeras e dial-backup, são algumas outras aplicações. 

Lançamentos - Além da holandesa ASB, a RS Telecom é distribuidora no Brasil das mais importantes empresas alemãs fabricantes de equipamentos e software para RDSI, como a BinTec, a Teles, a Intracom, a Novatec e a RVS Com, que trazem para a Telexpo as últimas novidades da tecnologia. Vale lembrar que a RS Telecom é a única fornecedora dos equipamentos terminais (fabricados pela Teles) utilizados pela Telemar em seu Kit Digital Voice Image (DVI). 

No estande da RS Telecom, no Pavilhão Verde, nº C2/C3, estão presentes sistemas completos de infra-estrutura e soluções para o consumidor final, os pequenos escritórios e as empresas de médio porte, que precisam de rapidez e segurança na transmissão de informações.

Entre os lançamentos da BinTec, estão os novos modelos de telefones IP, chamados de “Ellan”, nova tecnologia para a transmissão de voz sobre IP (VoIP). Os visitantes podem também conhecer os roteadores X1000 e X1200, idealizados para o mercado SOHO (small office, home office). Esses roteadores possibilitam acesso à Internet e comunicação entre filiais, segurança através de firewall, gerenciamento de custo das ligações, entre outras funções. O X1200 possui processador Risc e porta Lan 10/100, permite maior performance no roteamento dos dados. Além disso, permite a integração no mesmo equipamento de linhas RDSI e ADSL/Modem a cabo, o que disponibiliza uma segunda opção de acesso à Internet, liberando assim a conexão RDSI para total funcionalidade de voz e transferência de dados das filiais ou escritórios remotos para a matriz numa eventual conexão LAN-to-LAN. Permite ainda acesso discado de usuários remotos.

Também poderão ser encontrados o Xcentric (equipamento que combina funções de PABX, roteador e comutador e possui funções de gerenciamento inteligente das linhas RDSI e compressão de dados e o X4000), um roteador RDSI multiprotocolo que, além das funções dos outros equipamentos da linha, pode ser usado como equipamento de acesso à WAN, servidor de acesso remoto, gateway de fax e, com a porta LAN 10-100, permitindo melhor performance no roteamento de dados. 

Da Novatec, a RS Telecom mostra o TransNova Splitter padrão PRI, com 30 canais, ideal para condomínios e edifícios inteligentes, entre outros, para atender a todas as necessidades de compartilhamento, com supervisão e controle remoto. A tecnologia é destinada a provedores de redes locais, de acesso à Internet e acesso direto a provedores de rede. Da linha, serão apresentados o TransNova S10 Splitter, extensível de 20 a 32 interfaces de taxas primárias e o TransNova S20 Splitter, através do qual é possível fundir os módulos BRI e PRI. Todos possuem conexões com os diversos roteadores e concentradores de RDSI ou de um servidor de interface PRI para outro servidor. Um outro modelo do TransNova Splitter providencia um gateway para GSM, o novo padrão para a comunicação móvel.

Outro lançamento da RS Telecom na feira é o software multimídia RVS, da RVS Com, nas versões básica e padrão, totalmente em português. Entre as muitas vantagens do software, o RVS é a solução de videofonia e teleconferência mais barata do mercado e permite recebimento e transmissão de imagens e som via PC. Com uma webcam conectada na interface USB é possível realizar uma videoconferência ponto a ponto. E mesmo que um dos usuários não tenha uma webcam instalada, poderá ver o outro, que tem o equipamento, pois o RVS é compatível com o padrão internacional H320. A solução pode custar entre R$ 200 e 300, dependendo da qualidade da webcam escolhida.

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