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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 03/15/01 19:34:10
Ericsson inaugura instalações em Indaiatuba 

Maior estrutura para pesquisas e desenvolvimento de software do Brasil, foi inaugurado no dia 8/3/2001 o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Ericsson, situado em Indaiatuba, no interior paulista, distante 20 quilômetros de Campinas. Com investimentos iniciais de R$ 95 milhões aplicados inclusive em programas de capacitação no Brasil e no exterior e em pesquisas, o novo centro concentrará atividades de desenvolvimento de software para Sistemas Móveis Celulares de padrão TDMA, CDMA, GSM e 3G; Sistemas de Comutação Fixa AXE, além das atividades de pesquisa em cooperação com universidades. 

As atividades de cooperação serão desenvolvidas com universidades brasileiras, em especial as localizadas em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza, com ênfase em comunicação de dados móveis de alta velocidade (sistemas celulares de Terceira Geração), Internet, sistemas de comunicação ópticos, reconhecimento de voz e segurança na comunicação de dados. 

Em 2000, foram assinados convênios com a Universidade de São Paulo (USP), Unicamp, PUC-RJ e as Universidades Federais de Pernambuco (UFPE), Alagoas (UFAL), Ceará (UFCE) e Rio Grande do Sul (UFRS), além de convênios de cooperação científica com universidades do Vale do Paraíba e com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD), fundação de direito privado com sede em Campinas/SP.

Tecnologia de ponta - A infra-estrutura instalada no novo Centro de Pesquisas e Desenvolvmento baseia-se em tecnologia de ponta, incluindo cabeamento em fibra óptica (Ribonet/Fiber to the Desk), Roteadores ATM/IP, PABX sem fio e no sistema Digital Wireless Office System (DWOS).

"Os grandes investimentos da Ericsson no Centro de P&D de Indaiatuba tiveram três razões básicas: a confiança da Ericsson no Brasil, onde está presente desde 1924, o excelente desempenho da unidade e a Lei de Informática, que acaba de ser renovada até 2009", afirma o presidente Gerhard Weise. "Ainda este ano, a Ericsson criará em Fortaleza, no Ceará, uma segunda unidade do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento", revela.

Como conseqüência da expansão do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento, a Ericsson contratou no ano passado 368 profissionais especializados com formação superior. Hoje, esse número foi ampliado para 414, totalizando um quadro direto de 541 pessoas trabalhando na atividade fim. Até o final do ano, a meta é contar com um quadro funcional de 700 pessoas. A Ericsson também está recrutando funcionários experientes da empresa no exterior, com o objetivo de assegurar a competência necessária aos profissionais locais, de forma que as atividades anteriormente executadas fora do Brasil prossigam sem interrupção.

"Este será um dos cinco maiores centros da Ericsson no mundo e o maior da América Latina em número de pesquisadores", explica Fernando Aragão, vice-presidente do Centro de P&D da Ericsson no Brasil. "Estamos permanentemente empenhados em aprimorar a competência e a capacitação dos profissionais da Ericsson. Só no ano passado, enviamos 150 pessoas para treinamento nos países de onde estamos transferindo tecnologia: Canadá, Estados Unidos, México, Holanda, Suécia, Austrália, Alemanha, Itália, Hungria, Finlândia e Irlanda", ressalta Aragão.

A Ericsson é uma das empresas que mais aplica recursos em pesquisas no mundo. Anualmente, a empresa investe cerca de 20% do faturamento global em pesquisas e desenvolvimento de novas tecnologias, novos sistemas e produtos. 

Localizado na Rodovia Ermênio de Oliveira Penteado (km 57,5 da Rodovia Santos Dumont), o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento ocupa um terreno com área total de 40 mil m² e 10.250 m² são de área construída.

O complexo é composto por três prédios. Em dois deles, com três andares e 4 mil metros quadrados cada um, estão concentrados os escritórios para pesquisadores e projetistas. O terceiro, com dois andares e 2.200 m², abriga laboratórios, auditório e restaurante. 

Atividades no Brasil - Em constante crescimento, as atividades da Ericsson em desenvolvimento de produtos no Brasil tiveram início há mais de três décadas, com o projeto de Sistemas Crossbar. Inicialmente, eram desenvolvidos apenas projetos de hardware. Na década de 80, foi iniciado o trabalho de desenvolvimento do software, que foi crescendo gradativamente e substituindo as atividades de hardware, hoje não mais executadas. 

O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento tornou-se parte integrante do grupo de desenvolvimento global da Ericsson em 1990, passando a desenvolver software não só para o Brasil, mas também para outros mercados, participando assim do desenvolvimento do produto denominado standard (padrão), ou seja, o produto genérico que atende a qualquer mercado. Anteriormente, o Centro de P&D adaptava os produtos standard ao mercado nacional. 

Em 1999, a atividade padrão de desenvolvimento da Ericsson representava o trabalho de 140 pessoas. Pela alta qualidade tecnológica dos softwares projetados no País e aplicados nos mercados interno e externo, a unidade foi qualificada como CMM Nível 3, um rigoroso modelo de aferição da capacidade e maturidade de uma organização de desenvolvimento de software estabelecido pelo Software Engineering Institute (SEI). Poucas instituições de P&D são detentoras do nível 3 ou acima dele.

A Ericsson é um fornecedor para o setor das comunicações, combinando mobilidade, Internet e multisserviços para criar a nova era da Internet Móvel, da Internet personalizada e da Internet de Banda Larga. Seu objetivo é antecipar oportunidades para os clientes e oferecer as mais avançadas soluções de comunicação disponíveis no mercado. Com mais de 100 mil funcionários em 140 países, a empresa procura simplificar as comunicações para os clientes em todo o mundo.