Ericsson inaugura instalações
em Indaiatuba
Maior
estrutura para pesquisas e desenvolvimento de software do Brasil, foi inaugurado
no dia 8/3/2001 o Centro de Pesquisas e Desenvolvimento da Ericsson, situado
em Indaiatuba, no interior paulista, distante 20 quilômetros de Campinas.
Com investimentos iniciais de R$ 95 milhões aplicados inclusive
em programas de capacitação no Brasil e no exterior e em
pesquisas, o novo centro concentrará atividades de desenvolvimento
de software para Sistemas Móveis Celulares de padrão TDMA,
CDMA, GSM e 3G; Sistemas de Comutação Fixa AXE, além
das atividades de pesquisa em cooperação com universidades.
As atividades de cooperação
serão desenvolvidas com universidades brasileiras, em especial as
localizadas em São Paulo, Campinas, Rio de Janeiro, Recife e Fortaleza,
com ênfase em comunicação de dados móveis de
alta velocidade (sistemas celulares de Terceira Geração),
Internet, sistemas de comunicação ópticos, reconhecimento
de voz e segurança na comunicação de dados.
Em 2000, foram assinados convênios
com a Universidade de São Paulo (USP), Unicamp, PUC-RJ e as Universidades
Federais de Pernambuco (UFPE), Alagoas (UFAL), Ceará (UFCE) e Rio
Grande do Sul (UFRS), além de convênios de cooperação
científica com universidades do Vale do Paraíba e com o Centro
de Pesquisa e Desenvolvimento em Telecomunicações (CPqD),
fundação de direito privado com sede em Campinas/SP.
Tecnologia de ponta - A infra-estrutura
instalada no novo Centro de Pesquisas e Desenvolvmento baseia-se em tecnologia
de ponta, incluindo cabeamento em fibra óptica (Ribonet/Fiber to
the Desk), Roteadores ATM/IP, PABX sem fio e no sistema Digital Wireless
Office System (DWOS).
"Os grandes investimentos da Ericsson
no Centro de P&D de Indaiatuba tiveram três razões básicas:
a confiança da Ericsson no Brasil, onde está presente desde
1924, o excelente desempenho da unidade e a Lei de Informática,
que acaba de ser renovada até 2009", afirma o presidente Gerhard
Weise. "Ainda este ano, a Ericsson criará em Fortaleza, no Ceará,
uma segunda unidade do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento", revela.
Como conseqüência da expansão
do Centro de Pesquisas e Desenvolvimento, a Ericsson contratou no ano passado
368 profissionais especializados com formação superior. Hoje,
esse número foi ampliado para 414, totalizando um quadro direto
de 541 pessoas trabalhando na atividade fim. Até o final do ano,
a meta é contar com um quadro funcional de 700 pessoas. A Ericsson
também está recrutando funcionários experientes da
empresa no exterior, com o objetivo de assegurar a competência necessária
aos profissionais locais, de forma que as atividades anteriormente executadas
fora do Brasil prossigam sem interrupção.
"Este será um dos cinco maiores
centros da Ericsson no mundo e o maior da América Latina em número
de pesquisadores", explica Fernando Aragão, vice-presidente do Centro
de P&D da Ericsson no Brasil. "Estamos permanentemente empenhados em
aprimorar a competência e a capacitação dos profissionais
da Ericsson. Só no ano passado, enviamos 150 pessoas para treinamento
nos países de onde estamos transferindo tecnologia: Canadá,
Estados Unidos, México, Holanda, Suécia, Austrália,
Alemanha, Itália, Hungria, Finlândia e Irlanda", ressalta
Aragão.
A Ericsson é uma das empresas
que mais aplica recursos em pesquisas no mundo. Anualmente, a empresa investe
cerca de 20% do faturamento global em pesquisas e desenvolvimento de novas
tecnologias, novos sistemas e produtos.
Localizado na Rodovia Ermênio
de Oliveira Penteado (km 57,5 da Rodovia Santos Dumont), o Centro de Pesquisas
e Desenvolvimento ocupa um terreno com área total de 40 mil m²
e 10.250 m² são de área construída.
O complexo é composto por
três prédios. Em dois deles, com três andares e 4 mil
metros quadrados cada um, estão concentrados os escritórios
para pesquisadores e projetistas. O terceiro, com dois andares e 2.200
m², abriga laboratórios, auditório e restaurante.
Atividades no Brasil - Em
constante crescimento, as atividades da Ericsson em desenvolvimento de
produtos no Brasil tiveram início há mais de três décadas,
com o projeto de Sistemas Crossbar. Inicialmente, eram desenvolvidos apenas
projetos de hardware. Na década de 80, foi iniciado o trabalho de
desenvolvimento do software, que foi crescendo gradativamente e substituindo
as atividades de hardware, hoje não mais executadas.
O Centro de Pesquisas e Desenvolvimento
tornou-se parte integrante do grupo de desenvolvimento global da Ericsson
em 1990, passando a desenvolver software não só para o Brasil,
mas também para outros mercados, participando assim do desenvolvimento
do produto denominado standard (padrão), ou seja, o produto
genérico que atende a qualquer mercado. Anteriormente, o Centro
de P&D adaptava os produtos standard ao mercado nacional.
Em 1999, a atividade padrão
de desenvolvimento da Ericsson representava o trabalho de 140 pessoas.
Pela alta qualidade tecnológica dos softwares projetados
no País e aplicados nos mercados interno e externo, a unidade foi
qualificada como CMM Nível 3, um rigoroso modelo de aferição
da capacidade e maturidade de uma organização de desenvolvimento
de software estabelecido pelo Software Engineering Institute (SEI).
Poucas instituições de P&D são detentoras do nível
3 ou acima dele.
A Ericsson é um fornecedor
para o setor das comunicações, combinando mobilidade, Internet
e multisserviços para criar a nova era da Internet Móvel,
da Internet personalizada e da Internet de Banda Larga. Seu objetivo é
antecipar oportunidades para os clientes e oferecer as mais avançadas
soluções de comunicação disponíveis
no mercado. Com mais de 100 mil funcionários em 140 países,
a empresa procura simplificar as comunicações para os clientes
em todo o mundo. |