ABTA quer capital externo em TV
a cabo
Objetivando
alterar a Lei do Cabo, para permitir maior participação de
capital estrangeiro nas operadoras de televisão a cabo, a Associação
Brasileira de Telecomunicações
por Assinatura (ABTA) fará
uma série de gestões, inclusive uma ampla análise
dessa legislação para sugerir alterações.
No dia 16/1, a assembléia
da ABTA aprovou em São Paulo a realização de esforços
pela entidade para que seja alterado o dispositivo da Lei do Cabo (Lei
8.977, de 6 de janeiro de 1995) que limita o capital estrangeiro nas operadoras
de TV a cabo. A moção foi aprovada por 62 votos contra 24
e uma abstenção, o maior quorum já registrado numa
assembléia da ABTA.
Também foi aprovada por unanimidade
na assembléia a criação de uma comissão que
deverá elaborar um estudo aprofundado da Lei do Cabo. O objetivo
do estudo é no futuro propor uma revisão mais abrangente
da lei, com sugestões de alterações de outros de seus
dispositivos.
A justificativa da ABTA para alteração
da Lei 8.977 no que se refere ao capital estrangeiro é que as restrições
existentes sobre o controle societário na TV a cabo limitam severamente
a capacidade de expansão do setor, em virtude da carência
de capital nacional alocável à atividade e em função
dos altos juros praticados internamente.
ABTA - Criada em 1993, a Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) é
uma sociedade civil de âmbito nacional, sem fins lucrativos, constituída
por empresas privadas e associações com atividades relacionadas
direta ou indiretamente com a prestação de serviços
de telecomunicações no regime de assinatura. Tem como compromisso,
desde a sua fundação, contribuir para o desenvolvimento e
a profissionalização da indústria das telecomunicações
por assinatura no País.
Tem como associados representantes
das operadoras (empresas proprietárias e/ou operadoras de centrais
de recepção, processamento, geração e retransmissão
do sinal para os assinantes); fornecedores de equipamentos e prestadores
de serviços (suprem equipamentos, material de instalação,
acessórios, peças e materiais de manutenção);
programadores (atuam na compra de programação externa, adaptação,
produção e edição de programas) e sócios
aspirantes (empresas que ainda não atuam no setor representado pela
ABTA). |