WebKaraokê - Vem aí mais uma moda, na esteira das novas tecnologias de uso da Internet: o Internet Karaokê. No dia 3/1/2001, os jornais Philadelphia Inquirer/San Jose Mercury News informaram que o site Paltalk já conta com uma centena de salas de karaokê ativas simultaneamente, permitindo acesso a qualquer pessoa com um microfone. Pode-se até participar cantando em celebrações religiosas ou casamentos via Internet ao redor do mundo... Imaginem só as possibilidades...

Smart(?) Cards - Apontados como sucessores dos cartões magnéticos usados pelos bancos, das fichas telefônicas e até do dinheiro para pequenas despesas, os cartões inteligentes nem chegaram a decolar e já poderão ser abatidos por outra tecnologia, que vem crescendo nos últimos meses: o pagamento de contas por transferência de fundos, comandada pelo telefone celular. Em alguns países, por exemplo, você para diante de uma daquelas máquinas de venda automática de refrigerantes, aponta o telefone celular, disca um código e recebe a latinha da bebida, enquanto o valor correspondente é debitado de sua conta bancária.

A previsão não é do Buguinho, o nosso assessor para assuntos aleatórios, mas do Gartner Group, empresa especializada em informações sobre tecnologia. Segundo o consultor desse instituto, Antonio Pedro Coco, o uso do protocolo de aplicações sem fio (WAP - wireless application protocol) como método para efetuar as transações "pode substituir ou matar" o cartão inteligente, pois os cartões com processadores (chipcards) precisam de toda uma infra-estrutura própria: "Não só é preciso ter o smart card, mas as lojas devem comprar equipamentos para validar a transação".

O mercado de celulares no mundo já é de 420 milhões de aparelhos, dos quais 20 milhões no Brasil. Em 2005, segundo o Gartner Group, serão mais de um bilhão de celuares no mundo, dos quais 50 milhões no Brasil. Desses totais, 70% estarão habilitados a usar o protocolo WAP.

Chip de plástico - No segundo semestre de 2001, a empresa britânica Plastic Logic pretende lançar o chip de plástico, criado pela Universidade de Cambridge para substituir os caros processadores de silício hoje usados pela indústria de computadores. Especialistas imaginam que a tecnologia usada por essa empresa envolva a impressão dos circuitos com jato de tinta. Devido ao custo mínimo, poderiam ser colocados até em etiquetas de preço ou ingressos de cinema, embora um de seus principais uso possa ser em monitores com tela grande e plana, do tipo thin-film transistor ou TFT, que empregam um transistor por pixel.

Com um mercado estimado em US$ 200 bilhões/ano, há outros competidores pesquisando, como os laboratórios da IBM e da Lucent, e até de grupos gigantes do setor químico, como Dupont e Hoechst.

Cenários 2001 - Usaremos dinheiro de papel? (Sim, segundo Armínio Fraga, do Banco Central); Para onde vai a Web? (para a integração de conceitos com a economia convencional e para a diversificação das formas de acesso, segundo Marcello Póvoa); Como as crianças brincarão? (do mesmo jeito, diz Raquel Zumbano Altman); As fontes de água doce secarão? (este é um dos maiores problemas, segundo Mikhail GOrbachev); O casamento sobreviverá? (sim, ainda mais fortalecido, diz Nilton Bonder); O que ouviremos? (talvez música clássica chinesa, mas nunca um concerto ao ar livre em Marte, segundo o pianista Arnaldo Cohen); O negativo desaparecerá? (sim, os cinemas usarão produtos digitais, diz Carlos Reichenbbach); Viveremos 100 anos? (em 2025, a expectativa média de vida dos brasileiros já será de 75 anos, diz Alexandre Kalache); Como será a intimidade entre as pessoas? (a intimidade se foi. A vontade e a criatividade continuam conosco, diz o psicanalista Jurandir Freire Costa). 

Esses e outros temas, junto com análises do escritor Arthur C. Clarke, do cirurgião público Ivo Pitanguy, do divulgador da IBM Jean Paul Jacob e outros especialistas fazem parte da edição especial 21 cenários para o século XXI, da revista Época, com data de capa de 1º de janeiro de 2001.

Buscando um buscador - Os internautas, segundo pesquisa da Roper Starch Worldwide, estão irritados e frustrados com a ineficiência dos mecanismos de busca de informações na Internet. Isso ocorre, em média, após 12 minutos de pesquisa infruutífera, mas a partir dos primeiros três minutos 7% dos internautas já mostra sinais de irritação. Um dos mais prestigiados mecanismos de busca da atualidade, o Google, cobre 1,3 bilhão de páginas Web, o que é apenas 20% da capacidade total apenas sob o domínio de primeiro nível ".com". Entre os entrevistados por aquele instituto, um terço afirma gastar cerca de 2 horas semanais na busca por informações, e 71% das pessoas se sentem frustradas ao pesquisar na Web, mesmo sendo a busca bem sucedida.

Marketing estranho - Com a cada vez mais usada desculpa por empresas do gênero, de que o acesso gratuito era parte da estratégia para entrar no mercado, o portal Cidade Internet (na Argentina pertencente ao grupo jornalístico Clarín e no Brasil mantido em parceria com o jornal carioca O Dia) encerrou o acesso grátis, que tinha sido aberto em agosto de 2000. Continua em operação o acesso pago Cidade Flash...