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Última modificação em (mês/dia/ano/horário): 12/21/00 15:12:04
ABTA mostra em Londres conquistas do setor

Para divulgar o desempenho da indústria brasileira de televisão por assinatura em 2000, a Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) organizou um seminário em Londres no dia 11/12, no Park Lane Sheraton Hotel, patrocinado pelos bancos Goldmann & Sachs e Chase Manhattan. Participaram representantes do Ministério das Comunicações, Anatel, BNDES, Câmara dos Deputados, diretores da ABTA e empresários do setor, que apresentaram aos investidores europeus as novas oportunidades de negócios na TV paga brasileira - que entrou, definitivamente, na era da banda larga. 

O encontro incluiu painéis sobre macroeconomia brasileira, ambiente regulatório, com destaque para a nova regulamentação sobre comunicação multimídia, digitalização da televisão no Brasil, além de um painel específico sobre banda larga e o importante papel da TV por assinatura nesta nova fase tecnológica das telecomunicações. 

Moysés Pluciennik, presidente da ABTA, considerou o encontro de Londres importante como estratégia de marketing, levando informações do segmento a investidores estrangeiros. "O encontro similar que realizamos em Nova York, em junho deste ano, foi excelente. Tivemos a presença de empresas investidoras importantes e fizemos excelentes contatos". 

Números - A entidade divulgou alguns números referentes à performance da televisão paga no Brasil:

O setor faturou em 1999 R$ 1,9 bilhão, apenas levando-se em consideração as operadoras e programadoras. Esta é a receita total das operadoras com assinaturas (adesões), mensalidades e outros, como venda de revista de programação ou publicidade. 

Desse total, 25% em média, são destinados à compra de programação. Pode-se estimar, portanto, uma receita das programadoras, apenas com assinaturas, de cerca de R$ 475 milhões. 

O investimento total das operadoras em 1999 foi de cerca de R$ 300 milhões. 

A TV paga tem uma contribuição crescente na receita dos fabricantes de equipamentos de telecomunicações e prestadores de serviços como instalação, projeto e construção de redes. 

O setor de distribuição de sinais de TV (operadoras) emprega diretamente cerca de 10 mil funcionários, 30% nas áreas técnica e de operação, 60% nas áreas administrativa e de vendas e 10% em instalação. 

Criada em 1993, a Associação Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) é uma sociedade civil, de âmbito nacional e sem fins lucrativos, constituída por empresas privadas e associações com atividades relacionadas direta ou indiretamente com a prestação de serviços de telecomunicações no regime de assinatura. 

A entidade tem como associados representantes das operadoras (empresas proprietárias e/ou operadoras de centrais de recepção, processamento, geração e retransmissão do sinal para os assinantes); fornecedores de equipamentos e prestadores de serviços (suprem equipamentos, material de instalação, acessórios peças e materiais de manutenção); programadores (atuam na compra de programação externa, adaptação, produção e edição de programas) e sócios aspirantes (empresas que ainda não atuam no setor representado pela ABTA). A associação tem como compromisso, desde a sua fundação, contribuir para o desenvolvimento e a profissionalização da indústria das telecomunicações por assinatura no país.