ABTA mostra em Londres conquistas
do setor
Para
divulgar o desempenho da indústria brasileira de televisão
por assinatura em 2000, a Associação Brasileira de Telecomunicações
por Assinatura (ABTA) organizou um
seminário em Londres no dia 11/12, no Park Lane Sheraton Hotel,
patrocinado pelos
bancos Goldmann & Sachs e Chase Manhattan. Participaram representantes
do Ministério das Comunicações, Anatel, BNDES, Câmara
dos Deputados, diretores da ABTA e empresários do setor, que apresentaram
aos investidores europeus as novas oportunidades de negócios na
TV paga brasileira - que entrou, definitivamente, na era da banda larga.
O encontro incluiu painéis
sobre macroeconomia brasileira, ambiente regulatório, com destaque
para a nova regulamentação sobre comunicação
multimídia, digitalização da televisão no Brasil,
além de um painel específico sobre banda larga e o importante
papel da TV por assinatura nesta nova fase tecnológica das telecomunicações.
Moysés Pluciennik, presidente
da ABTA, considerou o encontro de Londres importante como estratégia
de marketing, levando informações do segmento a investidores
estrangeiros. "O encontro similar que realizamos em Nova York, em junho
deste ano, foi excelente. Tivemos a presença de empresas investidoras
importantes e fizemos excelentes contatos".
Números - A entidade
divulgou alguns números referentes à performance da televisão
paga no Brasil:
O
setor faturou em 1999 R$ 1,9 bilhão, apenas levando-se em consideração
as operadoras e programadoras. Esta é a receita total das operadoras
com assinaturas (adesões), mensalidades e outros, como venda de
revista de programação ou publicidade.
Desse
total, 25% em média, são destinados à compra de programação.
Pode-se estimar, portanto, uma receita das programadoras, apenas com assinaturas,
de cerca de R$ 475 milhões.
O
investimento total das operadoras em 1999 foi de cerca de R$ 300 milhões.
A
TV paga tem uma contribuição crescente na receita dos fabricantes
de equipamentos de telecomunicações e prestadores de serviços
como instalação, projeto e construção de redes.
O
setor de distribuição de sinais de TV (operadoras) emprega
diretamente cerca de 10 mil funcionários, 30% nas áreas técnica
e de operação, 60% nas áreas administrativa e de vendas
e 10% em instalação.
Criada em 1993, a Associação
Brasileira de Telecomunicações por Assinatura (ABTA) é
uma sociedade civil, de âmbito nacional e sem fins lucrativos, constituída
por empresas privadas e associações com atividades relacionadas
direta ou indiretamente com a prestação de serviços
de telecomunicações no regime de assinatura.
A entidade tem como associados representantes
das operadoras (empresas proprietárias e/ou operadoras de centrais
de recepção, processamento, geração e retransmissão
do sinal para os assinantes); fornecedores de equipamentos e prestadores
de serviços (suprem equipamentos, material de instalação,
acessórios peças e materiais de manutenção);
programadores (atuam na compra de programação externa, adaptação,
produção e edição de programas) e sócios
aspirantes (empresas que ainda não atuam no setor representado pela
ABTA). A associação tem como compromisso, desde a sua fundação,
contribuir para o desenvolvimento e a profissionalização
da indústria das telecomunicações por assinatura no
país. |