Bips
Para pensar - O Maurício
Macedo, da empresa santista Smart Media, enviou no dia 16/10, a uma lista
de debates sobre negócios (Widebiz) esta mensagem, que nos convida
à reflexão:
"Estou tentando
vislumbrar o futuro da Internet, vamos a um pequeno exercício: imagine
que o telefone fosse inventado em 1994:
1ª
fase - Poucos possuem telefone. Muitos nunca ouviram falar de telefone,
nem de sua utilidade. Não é possível conversar com
amigos pois eles não possuem telefones. O primeiro serviço
a surgir é um DPHOO disque-piada Hoo (onde o fulano conta a piada
ao vivo). As empresas ignoram o telefone, só serve para deixar os
funcionários fofocarem e ouvir piadas.
2ª
fase - Mais e mais jovens usando telefone. Função primordial,
bate papo. Algumas empresas contratam funcionários para atender
o telefone e dizer o que a empresa faz. Mas não atendem clientes,
só dizem o que a empresa faz e o endereço dela. O DPHOO já
é um sucesso, e com a tecnologia de mensagens gravadas consegue
atender dezenas de pessoas por dia.
3ª
fase - Começam a surgir empresas baseadas a tecnologia telefônica.
Pizzarias em que você pode encomendar pizza e será entregue
em sua casa. Além de farmácias e supermercados. Como cada
empresa tem um número diferente, elas precisam de bastante investimento
em marketing. É consenso do mercado que o usuário só
se lembrará de um ou dois números de pizzarias, a terceira
ou quarta no mercado morrerão. Algumas empresas começam a
aceitar encomendas via telefone, com o crescimento da tecnologia e introdução
do FAX.
4ª
fase - O mercado começa a perceber a necessidade do telefone,
ele se torna um item de primeira necessidade em casas e empresas. A imprensa
se maravilha com o telefone e com as possibilidades de novos serviços.
Acredita-se que, com o telefone, tudo muda. Todas as empresas são
iguais agora, do tamanho de sete dígitos. É a nova economia.
5ª
fase - Empresas baseadas no telefone começam a falir. Muitas
idéias, como a substituição de reuniões por
teleconferência, compras de supermercado, jóias e roupas por
telefone, leitura de livros via fax, não funcionam, por falta de
tecnologia ou de maturidade do mercado. A imprensa se decepciona com o
telefone, e indaga se é mesmo uma grande novidade ou apenas mais
uma tecnologia para agilizar a comunicação.
6ª
fase - O telefone faz parte da vida das pessoas. Dizer que não
possui um telefone ainda chega a se uma heresia. Empresas usam o telefone
com freqüência, sem intermediadores. Pessoas usam o telefone
para fazer pedidos de farmácias e pizzarias locais, que já
adotaram a tecnologia. O telefone é também a principal forma
de contato entre empresas e consumidores. É reconhecido o valor
da comunicação por telefone, mas ela não acaba com
a comunicação face a face, nem com as compras em lojas normais."
Pois é... - Nosso Buguinho
de plantão (para quem não sabe, é um personagem que
bissextamente freqüenta estas páginas, trazendo informações
e comentários) leu o texto acima e lembrou que o aparelho de fax
também foi considerado inútil por muito tempo, tanto que
é muito mais antigo do que se pensa. Nem quando sua produção
duplicou, de um para dois (he, he, he...), as pessoas perceberam claramente
sua utilidade e como mudaria muitas coisas na área de comunicações.
Mas seu uso explodiu nos anos 70/80 e só começa a declinar
agora, nesta mudança de século e milênio, com o aumento
da facilidade de uso da Internet.
Talvez acabe junto com o serviço
de telex, que a Embratel pensa extinguir em breve, e que só não
desapareceu antes porque as mensagens de telex são aceitas como
documento, ao contrário das emitidas por fax (não por acaso,
há quem rotineiramente envie uma página por fax e em seguida
uma mensagem por telex se referindo ao fax, para documentá-lo...). |