Crescimento de site exige planejamento
Até
2002, 75% dos sites de comércio eletrônico atuais terá
fechado, por falta de estrutura para o atendimento aos internautas, segundo
análise do Gartner Group. Daí a importância de se atentar
para a infra-estrutura usada na construção dos sites, salienta
o especialista Paulo Celso Flores Nogueira, que proferiu palestra no dia
14/6 no colégio santista Afonso Pena, sobre "Novas tendências
de ferramentas para desenvolvimento da Web"
Aberta ao público interessado
e com a participação de grande número de alunos do
colégio, com apoio da Enterdata Informática, do jornal eletrônico
Novo
Milênio e do jornal Boqueirão News, a palestra
mostrou como pode ser simples ou traumática a expansão de
um sistema ou sua transferência para outra plataforma de computação,
quando o crescimento do negócio exige sistemas mais robustos para
manter a eficiência no atendimento aos usuários.
Na oportunidade, Paulo exemplificou
com o uso do programa Cold Fusion, voltado a sites dinâmicos, que
exijam transações, acesso a e-mail etc., como os dos
bancos, em que são normais 800 a 900 mil acessos simultâneos
a um servidor: "o programa foi criado para suportar esse nível de
acessos. O Cold Fusion Server permite também que vários servidores
Web processem simultaneamente a mesma página, e que um servidor
problemático seja retirado do circuito sem prejudicar a performance".
Segundo o palestrante, o Cold Fusion
permite interação na forma nativa com os bancos de dados
Informix, DB/2, Sybase e Oracle, e com os padrões OLE-B e ODBC.
Além disso, opera com os padrões Com (Windows) e Corba (Unix).
Permite ainda integração
com HTML, DHTML, Java, Javascript, HDML, VRML, MME, Flash, XML, SML e outras
linguagens; com legacy data, diretorios, servidores de arquivos, object
middleware transaction, sistemas ERP, pagamentos on-line e sistemas
legados, criptografia, SSL. Por ser totalmente baseado em linguagem XML,
tem perfeita integração com essa linguagem.
Agilização -
Ao contrário do concorrente SP, permite que o acesso à base
de dados seja feita em três linhas de código, além
de contar com tags prontas no mercado para diversos usos, agilizando o
trabalho do programador. Mesmo um super-site como o do Universo On Line
(UOL), por exemplo, pode ser levantado em quatro meses por uma equipe desenvolvedora
que use esse programa. Aliás, o prédio usado pelo UOL tem
quatro andares só para os equipamentos, e o pessoal técnico
em breve vai ter de mudar para outro prédio.
Segundo o palestrante, o UOL já
atingiu o limite de capacidade da versão 4.0 do Cold Fusion e está
fazendo atualização para a versão 4.5, que dá
30% mais de capacidade de processamento. Ele explica que com esse programa,
as transferências inclusive entre plataformas não são
traumáticas, como no caso NT/Linux, por exemplo, onde apenas se
troca o programa, mantendo-se a base de dados e não havendo necessidade
de reescreer uma linha de código sequer. O Cold Fusion pode ser
rodado em servidores Sun Solaris, HP-UX, NT e Linux, mantendo controle
total na máquina de desenvolvimento dos programas independentemente
do servidor de destino (e sem que o usuário precise conhecer em
detalhe esses ambientes operacionais).
Para o usuário final, o processo
também é transparente, respondeu ele a uma das questões
do auditório: quando é solicitado um dado ao Cold Fusion,
o que ele devolve ao computador cliente é uma página HTML,
com processamento mínimo, o que não exige um equipamento
poderoso no lado cliente para acessar as informações.
Completando, Paulo Celso destacou que
entre as parcerias do Cold Fusion estão a Macromedia, Real, NetObjects,
Alaire, Verity, AutoDesk, Sun, HP, Compaq, PSINet, CyberCash, Net Perceptions
e outras empresas. Entre os clientes, destacam-se a Kodak, Caterpillar,
Ford, Boeing, Lockhead Martin, Lucent, T&T, J.C.Penney, Deutsche Bank
e, no Brasil: UOL, Pão de Açúcar, Correios, StarMedia,
Ideia.Com, portal Zeek!, AmigoMouse.com. Pontocom. Todosport, FFC. A Telefônica
já usava o Cold Fusion em seus sistemas internos e agora começa
a aplicá-lo ao seu site na Internet. |