Carnaval: entrevistas exclusivas
na Som Livre
Em ritmo
de Carnaval, a Som Livre Loja Virtual
apresenta em seu site entrevistas exclusivas com destaques da festa brasileira,
como Dona Ivone Lara, Nenê da Vila Matilde, Nelson Sargento e Ricardo
Chaves.
Dona Ivone Lara foi a primeira
mulher a compor samba-enredo, em 1965, até então uma atividade
essencialmente masculina e vinculada à malandragem. "Ninguém
aceitava, ninguém aceitava de jeito nenhum mulher na ala de compositores",
relembra D. Ivone Lara. O carnaval de antigamente e o relacionamento dos
artistas com a indústria fonográfica também são
assuntos abordados na entrevista.
Ricardo Chaves, do bloco Coruja
e um dos destaques do carnaval baiano, relata o início das bandas
tradicionais como Pinel e Chiclete com Banana e sua passagem pelo bloco
Eva, o sucesso nacional depois da música "É o Bicho", a relação
de "amor e ódio" entre a imprensa e a axé music e até
o recente mal entendido com Ivete Sangalo. Chaves está animadíssimo
com a folia carnavalesca. "Este ano Salvador promete! Em termos de datas
o Carnaval nunca foi tão importante: 500 anos de Brasil, 50 anos
de trio elétrico, 15 anos de axé music e o ano 2000, o último
carnaval do milênio, e para alguns o primeiro. Só por isso
já promete!"
Nélson Sargento, da
Mangueira, tem mais de sessenta anos de samba e se considera um artista
reconhecido pelos estudiosos e até mesmo pela juventude. "Com os
jovens, é impossível um trânsito melhor do que o meu.
Fui a Curitiba agora e fiquei surpreso, porque os caras sabiam de mim.
Isto me surpreendeu! Não sou um dos mais ilustres desconhecidos.
E isto me satisfaz!" Sargento comenta ainda a divulgação
da memória musical brasileira e o trabalho de recuperar o passado
das escolas de samba.
Nenê da Vila Matilde
recorda os Carnavais da sua infância, as músicas, os blocos,
e conta as mudanças do carnaval de São Paulo ao longo do
tempo, relembrando a época em que o paulistano pulava carnaval de
paletó. "Paletó com camisa de cetim, se não listrada,
por baixo. Não saía! O paulistano é fogo. Fazia calça
branca, roupa de marinheiro. Encontrava marinheiro a torto e a direito".
O sambista fala também do relacionamento das escolas de samba e
do carnaval com a administração municipal e comenta como
a televisão mudou o carnaval de São Paulo sua influência
estética na escola de samba.
As entrevistas estão disponíveis
no formato texto e também em Real Audio, onde o internauta ainda
encontra uma página dedicada exclusivamente às músicas
de carnaval. Os destaques são os CDs com os samba-enredos das escolas
de São Paulo e do Rio de Janeiro. |