Banda C no Brasil será debatida
no dia 15
Mais
de 300 profissionais da área de telecomunicações estarão
reunidos no dia 15/2/2000, no auditório hotel paulistano Renassaince
(Alameda Santos 2.233, das 8h30 às 18h30), para o “Debate Nacional
Banda C-PCS”. O objetivo será discutir a entrada da banda C e os
prós e contras das duas faixas de freqüência possíveis:
1.900 MHz, utilizada nas Américas, e 1.800 MHz, européia.A
abertura do debate será realizada pelo presidente da Agência
Nacional de Telecomunicações (Anatel),
Renato Guerreiro, e a mediação da discussão ficará
por conta do jornalista Ethevaldo Siqueira. O evento receberá 300
profissionais do setor e já está com as vagas esgotadas.
Mais informações pelo telefone: (0**11) 7922-5012.
O encontro, que é patrocinado
pelos consórcios UWCC (sigla de Consórcio Universal de Comunicações
sem Fio) e CDG (Grupo de Desenvolvimento do CDMA) e organizado pela Global
Eventos, é cercado de muita expectativa. As empresas fabricantes
que têm filiais no Brasil dividiram-se em duas frentes: de um lado
a Siemens, Alcatel e Nokia defendem a freqüência 1.800 MHz;
do outro, Ericsson, Qualcomm, Nortel e Lucent acreditam na implantação
da freqüência 1.900 MHz. A Motorola não se posicionou
a respeito.
Polêmica - A questão
que divide opiniões reside num fator: a compatibilidade do sistema.
Em alguns anos, o mundo estará na 3ª geração
do celular, o 3G, cuja gama de serviços promete revolucionar o mercado
de telecomunicações. Vislumbrando essa evolução,
a banda C deverá ser implantada de forma a facilitar a futura migração
para o 3 G. Por outro lado, as empresas já têm capital investido
em tecnologia européia ou americana e obviamente, apostam nesses
investimentos.
O evento será dividido em
quatro painéis, com a participação de representantes
de empresas operadoras, laboratórios de pesquisa, organismos reguladores
e especialistas brasileiros e internacionais. “Diante do cenário
traçado, a Anatel terá massa crítica suficiente para
definir o melhor sistema para o país”, declara o organizador Paulo
Hamada.
Segundo ele, existe a real necessidade
de introduzir-se a banda C, já que há um mercado não
atendido no país. “A previsão é que pelo menos cinco
regiões metropolitanas atraiam novas operadoras celulares: São
Paulo, Rio de Janeiro, Belo Horizonte, Salvador e Recife e, em 3 anos,
espera-se que mais de 5 milhões de usuários, cerca de um
terço do total, estejam utilizando o novo sistema”, analisa Hamada.
Programa Preliminar - Serão
4 painéis de discussão:
1) Faixas de freqüência:
1.800 ou 1.900 MHz? - participação de fabricantes, operadores
e investidores;
2) Tecnologias e Terceira Geração
- participação de fabricantes, operadores e UIT (União
Internacional de Telecomunicações);
3) Divisão de áreas
e número de licenças - participação de investidores,
operadores, deputados, consultorias e bancos; e
4) Experiência dos Reguladores
- participação de órgãos reguladores de vários
países. |