MAPAS DE SANTOS
Mapa "Kuntsmann III", 1503/1506
Após muitas controvérsias sobre sua origem, este mapa foi considerado português.
Executado entre 1503 e 1506, admite-se que a representação da América seja posterior, e valeu como uma grande carta de navegação para a costa Noroeste
da África, a Islândia, o Sul da Groenlândia, a "Terra de Corte Reall" (América do Norte), o Ocidente da Europa e a costa brasileira desde o cabo de São
Roque até o rio Cananéia.
O Atlântico é cortado por linhas cruzadas em várias direções, indicando os ventos que deveriam ser
aproveitados pelos navegantes. Por muito tempo, pensou-se que a linha Norte-Sul que passa pela Bahia fosse a de Tordesilhas. Mas ela dista 187,5 léguas
de Cabo Verde, enquanto o meridiano estabelecido pelo tratado situava-se a 370 léguas do mesmo arquipélago.
Na costa brasileira aparecem 23 nomes. Acima do cabo de São Roque e abaixo do rio Cananéia o traçado é
interrompido e o mapa não mostra as terras de Castela, situadas mais a Oeste.
De autoria ignorada, o mapa ficou conhecido como "Kunstmann III", por fazer parte de um atlas publicado em
1859, em Munique, por Friedrich Kunstmann, Karl von Spruner e George M. Thomas. O original está na Biblioteca do Exército em Munique. Clique na imagem
para ampliá-la:
Imagem: Mapas Históricos Brasileiros, da enciclopédia Grandes Personagens da Nossa História,
ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1969. Reprodução do fac-simile da mapoteca do Ministério das Relações Exteriores, situada no Rio de Janeiro, no
então estado da Guanabara
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