MAPAS DE SANTOS
Mapa das Minas, cerca de 1745
A descoberta do ouro em Minas Gerais, no século XVIII, transformou a região. Onde
antes nada havia senão metais, iam surgindo pequenas vilas, quase da noite para o dia. Apesar dos informes pouco corretos da época, a arte da
cartografia também chegou ao sertão mineiro.
Este mapa, de autor desconhecido, embora sendo uma carta bem cuidado artisticamente, apresenta uma série de
enganos, como a distância entre as vilas e a localização delas em relação aos acidentes geográficos. Se o mapa contasse com uma rosa-dos-ventos,
veríamos que alguns pontos estão mais ao Sul e outros mais ao Norte do que são na realidade.
As serras do Mar e da Mantiqueira estão absolutamente paralelas, como se entre elas houvesse apenas uma
pequena passagem intransitável. São Paulo não é o ponto central, mas sim o núcleo mineiro que, na época, apagava o brilho da cidade que havia sido
cabeça de ponte para a peregrinação.
No mapa, já aparecem Vila Rica, Sabará, Catas Altas, Caeté, Santa Bárbara. É dado grande destaque à Vila de
Nossa Senhora do Ribeirão do Carmo, porque a 6 de dezembro de 1745 tornou-se sede do bispado das Minas. E, como os bispos eram equiparados aos nobres,
não poderiam residir em vilas. Ribeirão do Carmo transformou-se, então, em cidade, como o nome Mariana. Clique na imagem para reduzi-la:
Imagem: Mapas Históricos Brasileiros, da enciclopédia Grandes Personagens da Nossa História,
ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1969. Reprodução do fac-simile da mapoteca do Ministério das Relações Exteriores, situada no Rio de Janeiro, no
então estado da Guanabara
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