MAPAS DE SANTOS
Novus Brasiliae Typus, 1625
Movidos pelo interesse de conquistar as terras brasileiras, os holandeses elaboraram
uma vasta coleção de mapas, que surpreende pela perfeição de pormenores. Um desses excelentes mapas é o Novus Brasiliae Typus, gravado por
Jodocus Hondius por volta de 1625. Depois da tiragem de alguns exemplares, o clichê foi adquirido por Guiljelmus Blaeuw, que substituiu o nome do
gravador pelo seu.
Ao publicar a versão digital em 2009, a Biblioteca Digital Mundial da Unesco
registrou: "Nova imagem do Brasil (Novus Brasiliae typus) - Este mapa do
Brasil é obra de Willem Janszoon Blaeu (1571-1638), o fundador de uma famosa dinastia de cartógrafos holandeses. Blaeu estudou astronomia, matemática, e
produção de globos com o acadêmico dinamarquês Tycho Brahe antes de fundar seu estúdio de criação de mapas em Amsterdam, Holanda. Em 1633, ele foi
designado cartógrafo da Companhia Holandesa das Índias Ocidentais. Em 1635, junto com seus filhos Joan e Cornelis, Blaeu publicou o Atlas Novus (Novo
Atlas), uma obra de 11 volumes constituída por 594 mapas".
Informa a página da Unesco que o mapa, em latim, mede 38 x 49 cm e é conservado na Biblioteca
Nacional, no Rio de Janeiro. Ao longo do litoral, o autor assinalou dezenas de nomes de acidentes geográficos - sempre em português -, inscrevendo todas
as capitanias em que o Brasil estava dividido. Área de especial interesse da Holanda, a Baya de Todos os Santos mereceu destaque, figurando no
cartão de detalhe que aparece no bordo superior, no próprio corpo da carta, envolvido por motivos ornamentais.
Sem maiores informações sobre as áreas do interior, o autor procurou preencher as lacunas com pequenos
desenhos, representando animais e cenas típicas da vida indígena. A preocupação artística é uma constante no mapa. Vejam-se, por exemplo, as ilustrações
que guarnecem as cartelas de inscrição do título e das escalas.
O mar do Norte, como era então conhecido o oceano Atlântico, aparece na parte inferior da carta, que tem a face oriental
voltada para baixo. Clique na imagem para reduzi-la:
Imagem: Biblioteca Digital Mundial - Unesco
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