MAPAS DE SANTOS
Atlas Miller, cerca de 1519
Bastaram apenas alguns anos após a chegada de Cabral ao Brasil para que os europeus
mapeassem, com impressionante detalhamento, toda a costa atlântica sul-americana.
Este mapa da Terra Brasilis - incluído no Atlas Miller, que apesar do nome é de origem
portuguesa, sendo atribuído a Lopo Homem (cartógrafo oficial do Reino nas primeiras décadas do século XVI) e a Pedro Reinel, foi produzido por volta de
1519, ainda sob o reinado de Dom Manuel, sendo conservado na Biblioteca Nacional em Paris, França.
Feito a mão sobre pergaminho, possui detalhada nomenclatura (146 nomes) indicando pontos da costa brasileira,
do Maranhão à embocadura do rio da Prata. No interior, é decorado com animais exóticos, plantas e indígenas em atividades extrativas diversas
(especialmente a do pau-brasil), e as inscrições, como de hábito na época, estão em latim As bandeiras (uma ao Norte, na atual Guiana, e outra ao Sul,
na atual Argentina) assinalam os pontos extremos do avanço português. Antes de 1520, o Tratado de Tordesilhas, que limitava as terras de Santa Cruz com
as possessões espanholas, já não era cumprido. Nesta obra, já se vê a Ilha de São Vicente, com os rios que a banham e levam ao interior, sob a linha
alaranjada que representa o Trópico de Capricórnio.
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Imagem: Mapas Históricos Brasileiros, da enciclopédia Grandes Personagens da Nossa
História, ed. Abril Cultural, São Paulo/SP, 1969. Reprodução do fac-simile da mapoteca do Ministério das Relações Exteriores, situada no Rio
de Janeiro, no então estado da Guanabara
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