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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - BELMONTE - BIBLIOTECA NM
No tempo dos bandeirantes [25]

Conhecido principalmente pela atividade cartunística nos jornais paulistanos, e pelo seu personagem Juca Pato, o desenhista Benedito Bastos Barreto (nascido na capital paulista em 15/5/1896 e ali falecido em 19/4/1947), o Belmonte, foi autor de inúmeros livros, entre eles a obra No tempo dos Bandeirantes, que teve sua quarta e última edição publicada logo após a sua morte.

A edição virtual preparada por Novo Milênio objetiva resgatar esse trabalho, que, mesmo sendo baseado em pesquisas sem pleno rigor histórico, ajuda a desvendar particularidades da vida paulistana, paulista e, por conseqüência, também da Baixada Santista. Esta edição virtual é baseada na quarta edição, "revista, aumentada e definitiva", publicada pela Editora Melhoramentos, São Paulo, sem data (cerca de 1948), com 232 páginas e ilustrações do próprio Belmonte (obra no acervo do professor e pesquisador de História Francisco Carballa, de Santos/SP - ortografia atualizada nesta transcrição):

Leva para a página anterior[...]                                            NO TEMPO DOS BANDEIRANTES

[25] Os bandeirantes

Rumo ao sertão - Antes da partida - O que um sertanista leva consigo - O temor da morte - Armas e munições - O "gibão de armas" e a "coura" - A "rodela" e o "machete" - A bandeira

urante todo o século, vive a Câmara em contínuos atritos com a população porque esta insiste em invadir os sertões, a prear índios. Anos a fio, da casa do Conselho se eleva sempre a mesma cantilena que, se varia na forma, é sempre uniforme na substância: "... pelo procurador foi dito que lhe requeria da parte de sua majestade impedissem e estorvassem a ida ao sertão porque estava informado que iam algumas pessoas ao sertão..."

Ou então, requer outro procurador que se tomem providências severas contra os que demandam as selvas, "porquanto se despejava a terra e se iam todos para o sertão..."

Às vezes, contudo, há vereadores que, diante do angustioso problema, fecham os olhos. Outros vão além, como a Câmara de 1661, que autoriza o vereador mais moço, Lucas de Camargo Ortiz, a ir para o sertão buscar o seu remédio. Outros, ainda, vão aos extremos, como os vereadores de 1628 que partiram, incorporados, na bandeira de Raposo Tavares, ou como os conselheiros de 1622 que, segundo o depoimento dos seus sucessores, se esqueceram de suas obrigações e foram atrás do íncola, "nem os officiaes passados deram conta de nada e ora estavam no sertão..."

Há épocas em que a vila, como assolada por uma peste, fica vazia e muda: foram todos buscar o seu remédio... Não atendem a avisos, nem se temem de ameaças; placidamente, como quem vai a um passeio rápido, fazem seu testamento, tomam suas armas e vão...

É inutilmente que os poderes públicos se esfalfam: "os que são idos ou foram ao sertão têm incorrido nas penas que, por quarteis, foram postas e por quebrantarem as leis de Sua Magestade, por qual razão ficaram criminosos e não podem ministrar cargo na republica".

O paulista arruma a sua caixa, ajeita os seus pequenos negócios, dita ou escreve suas últimas vontades, toma seu arcabuz e, tranqüilamente, parte.

Brás Gonçalves, o moço, que fica dois anos no sertão, indo até Minas, escreve antes de partir: "Digo eu Braz Gonçalves o moço morador na villa de S. Paulo que devo a Braz Mendes treze cruzados em dinheiro de contado os quaes lhe pagarei em vindo desta entrada que faz Nicolau Barreto capitão".

Belchior Carneiro, que parte em 1644, afirma: "Digo eu Belchior Carneiro que devo a Jaques Felix vinte e quatro cruzados do fato que me vendeu a qual quantia lhe pagarei trazendo-me Nosso Senhor do sertão".

Mais feliz que Brás Gonçalves, que morre na jornada, Belchior Carneiro volta dessa entrada para saldar sua dívida com o fundador de Taubaté. Menos acalentado pela sorte é Antônio Castanho da Silva, o segundo desse nome. O primeiro é o grande bandeirante que, antes de Raposo Tavares, galga a cordilheira dos Andes e vai morrer no Peru, nas minas de Tataci. Este segundo Antônio Castanho da Silva leva vida sedentária em São Paulo quando, certo dia, lhe ocorre partir como os outros. Apresta-se, faz compras, contrai dívidas. E deixa este documento porque... "Porquanto eu não tenho cabedal para pagar estas dividas e ellas foram contrahidas para se pagar á volta das minas para onde eu estava aviado para partir quando me deu esta doença".

E morre sem realizar o seu grande sonho.


Gibão de armas
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro

Não partem, todavia, sem testar, determinando suas últimas vontades, porque sabem que a fascinação das selvas é traiçoeira; que, dos tremedais lutulentos, se levantam miasmas mortíferos; que, das brenhas híspidas, chovem flechas envenenadas; e que, por toda a parte, nas lezírias nas balseiras, nos chapadões, a morte os espreita, invisível e implacável...

Lourenço de Siqueira escreve: "Estando eu de viagem e temendo-me da morte..."

Temendo a morte, ainda, na jornada incerta, escreve outro bandeirante, em 1678: "Estando eu Antonio de Almeida Lara em meu perfeito juizo para fazer viagem para o sertão temendo a morte e desejando pôr minha alma no caminho da salvação..."

De Mateus Leme, que parte em 1633: "Estando eu Matheus Leme com todos os meus cinco sentidos e juizo perfeito e por estar de caminho para o sertão..."

Outro: "Eu, Miguel Leite de Carvalho estando em meu juizo perfeito e entendimento que deu sem doença alguma e querendo seguir viagem para o sertão..."

Outro ainda: "Saibam quantos esta cedula de testamento virem que no anno de Nosso Senhor Jesus Christo de mil seiscentos e quarenta e oito annos em os quinze dias do mez de maio neste porto de Pirapetingy estando para me embarcar e fazer uma viagem rio abaixo e temendo-me da morte..."

Lourenço Gomes parte do Tietê: "Estando eu Lourenço Gomes no porto do rio Anhemby na companhia de Martim Rodrigues a o acompanhar onde são os Bilreiros..."

Esse bandeirante volta, mas o capitão Martim Rodrigues fica para sempre na terra das minas, no sertão de Paracatu.

Outro sertanista, que sai no encalço dos guaianás, parece temeroso e apega-se a todos os santos: "... peço ao Anjo S. Miguel e ao santo do meu nome e ao Anjo da minha guarda me queiram acompanhar e livrar dos demonios amen e por não saber da morte nem da vida desta viagem que vou fazer aos Guayanazes..."

Mais assustado do que esse, somente André de Burgos que nunca foi ao sertão mas que se agarra à Corte celeste com desespero de náufrago em alto mar:

"Primeiramente encommendo minha alma a Deus Nosso Senhor que haja misericordia della pois a remiu com seu precioso sangue e á Virgem Nossa Senhora Mãe Sua para que ella como mãe de misericordia alcance de seu bento filho perdão de meus peccados e ao santo meu nome e ao anjo da minha guarda e ao Archanjo São Miguel e a todos os santos e santas da côrte dos céus e ás onze mil virgens e a todos anjos, archanjos, cherubins e serafins, thronos e dominações e aos patriarchas e prophetas..."


Mosquete com sua forquilha
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro

E marcha a bandeira para as selvas, com seus índios de arcos, seus homens de armas, seus gentios carregadores e, às vezes, seus cavalos [1]. E em que consiste a matalotagem de um bandeirante?

Vejamos, ao acaso, o testamento de um: Afonso Dias, que "morre no sertão", integrante da bandeira do cap. Antônio Domingues:

"Declaro que aqui em minha companhia trago minhas armas a saber minha espingarda e o meu terçado e o meu gibão de armas mais quatro libras de pólvora mais doze libras de chumbo mais seis braças de corrente com trinta collares mais seis camisas e tres ceroulas, duas bombachas de algodão, duas toalhas de rosto e duas de mão, três gibões sendo dois de algodão e um de bombazina, cinco guardanapos, quatro varas de pano de algodão, um lençol de dois panos, uma rede e um cobertor e umas almofadinhas, um cabeção de estamenha e um capote, um chapéu, três machados, uma foice, um facão, um tacho de seis ou sete libras, três foicinhas, um bahú de boi, uma carapuça de pano, duas navalhas e uma lanceta, uma pedra de afiar, uma forma de munição com seu candieiro, um estojinho, uma bocetinha com pedra hume e verdete e outras miudezas, seis ou sete carreiras de alfinetes, duas colheres de prata, dois molhos de fumo, um bolinho de cera..."

Cremos que não viajam, hoje, com tão minucioso conforto, os civilizados turistas internacionais. É claro que nem todos se dão ao trabalho de transportar tão copiosa matalotagem e preferem trocar o conforto no acampamento pela segurança de sua vida em constante risco.

É, por exemplo, o caso do capitão João Tenório que se desfaz de certas superfluidades como guardanapos e travesseiros para se garantir com munição mais farta e melhores armas. Além do seu gibão de armas, sua coura e seu ferragoulo bandado, indispensáveis a um chefe de tropa, eis o que deixa ao morrer no sertão: 4 arráteis de pólvora ruiva de bombarda, um polvarinho, uma escopeta de seis palmos, uma escopeta de quatro palmos, um cantil, duas pistolas com suas bolsas, adereço de espada e adaga, um terçado, uma ecopeta oitavada, uma pistola estrangeira, um arcabuz, uma espingarda clavina, uma adaga de concha - além de uma rede e umas botas de cordovão.

Francisco Barreto, o grande sertanista, além de muitas armas, leva também 117 libras de pólvora, duas arrobas de chumbo, 38 cunhas, 3 papéis de alfinetes, duas alavancas, uma coura, 6 facas, sal e 88 anzóis.

Se nem todos podem levar tão terríficos arsenais, pouquíssimos dispensam objetos e utensílios de imediata utilidade, como pratos de estanho, colheres, caldeirões, redes, tipóias com seus cadilhos, toalhas, cobertores, anzóis, cabaças de sal, foices, machados.

Às vezes, nos espólios dos bandeirantes que morrem nas selvas, surgem armas pouco encontradiças alhures, como o broquel de aço de Bento Pires Ribeiro, os escudos de Domingos Barbosa e de Garcia Rodrigues, o estoque de André Botelho. Mas a arma bandeirante por excelência é a escopeta que, segundo o autorizadíssimo Bluteau, é uma arma mais curta e de menor bala que a espingarda e carabina e de coronha mais curta. Há, todavia, quem prefira a espingarda; outros a clavina, ou o arcabuz, ou o bacamarte. Às vezes, pistolas. À cinta, o adereço de espada e adaga, com seus talabartes e talins. Ao lado, o frasco de osso de botar pólvora. E a fôrma de fazer munições e pelouros com as barras ou arrobas de chumbo. No corpo, como defesa, o gibão de armas, ou armas de algodão, ou armas de vestir - que é um gibão ou ferragoulo recheado de algodão com um acolchoado e que porá o bandeirante a salvo de flechadas.

Há, todavia, quem prefira a coura, ou coira, que é um gibão de couro de anta, sem mangas, e que encontrei nos espólios de Rafael de Oliveira, Custódio Gomes, Domingos Rodrigues, Francisco Barreto, Bento Pires Ribeiro, Domingos Cordeiro, Domingos Luís e João Tenório.

Todas são de couro de anta, sendo que a deste último é guarnecida com suas fitas e forrada de tafetá azul. Não se trata, como afirma Alcântara Machado, do gibão de armas, que é muito mais barato e feito de pano recheado de algodão.


Bandeirante com gualteira de couro de anta, gibão de armas, rodela, espada, arcabuz e forquilha
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro

A coura foi muito usada na Europa e na Ásia nos séc. XV e XVI [2]. Os espanhóis davam-lhe o nome de coleto de ante, havendo também medios coletos bordados a passamanes. Aliás, nota-se nos inventários uma grande desproporção entre a avaliação dos gibões de armas e a das couras. Aqueles oscilam entre um e cinco mil réis, enquanto estas se avaliam em dez e onze mil réis. Prova de que o gibão de armas não é feito de couro, mas de qualquer outro material, como pano grosseiro e resistente - perpetuana, barregana ou picote. Mas a coura é, como seu nome o indica, feita sempre de couro.

Miguel Vaz Pinto tem um colete de couro que, a julgar pela avaliação (800 réis) não pode ser couraça de bandeirante. E quanto a calções de couro, só pude encontrar cinco, todos no espólio de Antônio Leite Falcão, o homem que é o único a possuir essas preciosidades, além de outras, como um chapéu-de-sol e um par de luvas enfeitadas.

Não deixa de ser curioso observar que duas armas raras - uma defensiva, outra ofensiva - as únicas que aparecem nos inventários, se acham em poder do sexo frágil: um broquel de aço, com Sebastiana Leite da Silva, irmã de Fernão Dias Pais e viúva do capitão Bento Pires Ribeiro, e uma alabarda, com Isabel Sobrinha. A fragilidade do sexo é, às vezes, muito relativa...

Há bandeirantes que, além do que se arrolou aqui sumariamente, se aparelham para todos os riscos. E é assim que vemos, no espólio de Mateus Leme, uma caixa de boticas; no de Manuel Fernandes Sardinha, um estojo de lancetas; no de João da Costa, um estojo de cirurgia com 6 lancetas, uma tesoura, agulhas, uma pinça e um cautério. Aqui é um estojo de tesoura e duas navalhas, pedra de afiar e pente. Ali, um boticão e dois escarnadores com mais dois ferros como tenazes.

Muitos levam livros, como Sebastião Pais de Barros, Mateus Leme, Martim Rodrigues, Antônio de Almeida. Outros, como Pero de Araújo e Luís Janes, não deixam o seu tinteiro. Gaspar Fernandes não abandona o seu tabaqueiro com bocal de prata, enquanto Manuel Preto, o moço - porque o herói do Guairá parece que não gosta dessas coisas - leva o seu naipe, para um truque no arraial.

Falamos atrás, acidentalmente, nas três rodelas que aparecem nos inventários. Esses escudos, parentes próximos das rotas que se usavam nos torneios e das tablachinas arredondadas, são feitos, geralmente, de madeira, circundados por um arco de metal e cobertos com couro de anta - o que lhes permite oferecer uma extraordinária resistência às flechas, aos chuços e aos pelouros de barro cozido. Os inventários só nos denunciam cinco rodelas. Sabe-se, entretanto, que na grande bandeira que acometeu as reduções guairenhas, sob o comando de Raposo Tavares e Manuel Preto, iam os paulistas armados com "escopetas, espadas, rodelas, machetes, balas y otras armas en compañia de uns dos mil doscientos indios" [3].


"Coura" de anta
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro

Os inventários, todavia, só registram cinco desses escudos e nenhum machete - o que demonstra a relativa insuficiência da parte editada desses preciosos documentos -, o mesmo podendo dizer-se dos capuzes ou gualteiras de couro de anta, modestos e rudes descendentes da celada e da borgonhota quinhentistas.

Quanto à bandeira que os paulistas levam... No começo do século, em 1603, não existe em São Paulo nenhuma bandeira da cruz da Ordem de Cristo, dos domínios ultramarinos de Portugal. No dia 4 de janeiro desse ano, o procurador do Conselho requer que se ajunte o povo para pedirem ao povo dinheiro para uma bandeira, porque não há na vila, nem o Conselho tem dinheiro para isso.

Se a Câmara não possui uma bandeira, nem tem dinheiro para isso, não admira que, pelo menos no início do século, os paulistas levem ao sertão outros pendões que não o das quinas. Os padres Justo Mansilla e Simón Maceta, na ruidosa "Relacioón de los agravios", afirmam que, quando os paulistas investiram contra as reduções jesuíticas de Guairá e Iguaçu, "las vanderas que levavan no tenian las armas del Rey sino otros señales diferentes".

Que sinais ou insígnias serão? O padre Vasques Trujillo, provincial do Paraguai, em carta que escreve a Filipe IV, em 12 de junho de 1632, afirma que os bandeirantes não o reconhecem como rei, pois têm um soberano próprio, cujas insígnias e brasões ele viu nas bandeiras que os invasores levavam. Embora o informe possa ser verdadeiro, não está de acordo com a relação da viagem que o governador Valverde faz, em 1657, aos pueblos jesuíticos do Paraná, nem com a carta do padre Miguel Gomes, datada de 1651, os quais viram, entre os troféus tomados aos bandeirantes na refrega, uma bandeira com a efígie de Santo Antônio.

É possível, contudo, que os cinco estejam certos e que, na legião de Raposo Tavares houvesse mais de uma bandeira - justa compensação ao fato de, nas Atas e nos Inventários, não se encontrar senão raríssimas referências ao pendão bandeirante. Assim parece que a primeira vez a empregar-se o termo bandeira, no planalto, na sua acepção de tropa sertanista, é o requerimento que os oficiais da Câmara de 1612 enviam ao governador da Capitania, queixando-se da ação draconiana do administrador Mateus da Costa Aborim:

"... o dito administrador os avexa com excomunhões sendo a jurisdição real de sua magestade e sua justiça não indo contra a ninguem nem levantam bandeira..."

Seja, porém, como for, o certo é que a denominação de bandeirantes dada, nos primórdios do século XVII, aos ciclópicos desbravadores paulistas, preenche um espaço que a pobreza documental do seiscentismo deixou em claro. E é assim, com a bandeira desfraldada no recesso das florestas pávidas, que os vemos passar, rumo ao desconhecido, para a fortuna ou para a morte...


A "coura"
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro


[1] No inventário dos bens deixados pelo bandeirante cap. Francisco Ribeiro de Morais, "no sertão dos Guaiaz" encontram-se, entre os objetos e armas deixados pelo morto, dois cavalos: "mais dois cavalos um sellado e enfreiado com suas estribeiras de ferro gineta".

[2] "... apareceo com oitenta e seys tendas de campos muytas ricas, cada uma das quais rodeava trinta elifantes postos en ala de duas fileyras a modo de guerra com seus castellos embãdeirados & doze mil Bramas de cavallo, com jaezes & cubertas ricas, que tambem por sua ordem fechavão todo o dopo em quatro fileyras, & todos estes armados de cossoletes, & Couras, & sayas de malha..."

Fernão Mendes Pinto, Peregrinações, cap. 149.

[3] Henrique de Gandia, "Las Missiones Jesuiticas y los Bandeirantes Paulistas", pág. 31.

Na carta que dom Luís Céspedes Xéria envia ao rei da Espanha, a 8 de novembro de 1628, sobre o assalto dos paulistas ao Guairá, encontram-se estas palavras: que os moradores da vila de São Paulo, em dias de festa, costumam ir ao povoado "armados com escopetas rrodelas y pistolas...".


Assinatura do "Caçador de Esmeraldas" sem o Leme que às vezes lhe emprestam
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro


Assinatura de Amador Bueno, quando juiz em São Paulo
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro


Assinatura de Antônio Raposo Tavares
Ilustração: Belmonte, publicada com este capítulo do livro


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