Capa da publicação, no acervo de Novo Milênio
Breve sumário biográfico
Amador Bueno era, pelo lado materno, descendente do
cacique Pequerobi, pois nasceu de Maria Pires, filha de Salvador Pires com Mecia Fernandes ou Mecia Ussú. Além dos sangues tupi e português, também
tinha o de espanhóis: seu pai, Bartolomeu Bueno, era natural de Sevilha.
Primeiro filho do consórcio, que se realizou em 1571, é possível que tenha nascido em
1572. Na época da aclamação para rei de São Paulo, teria, portanto, cerca de setenta anos.
Exerceu, na Capitania de São Vicente, os mais altos cargos públicos de eleição e
nomeação.
Conhecem-se de Amador Bueno os nomes de nove filhos, ligados aos representantes das
mais nobres famílias da Península Ibérica. Destacou-se Amador Bueno, o moço, que também exerceu, como seu pai, os mais altos cargos da Capitania.
Amador Bueno foi bisavô de Amador Bueno da Veiga, que comandou os Paulistas na Guerra
dos Emboabas. Foi, ademais, tio e tutor de Bartolomeu Bueno da Silva, o primeiro "Anhangüera".
Faleceu, ao que parece, com oitenta anos presumíveis, entre 31 de outubro de 1646,
quando compareceu ao testamento de uma sua filha, e 1 de janeiro de 1650, quando o seu filho Amador Bueno, o moço, foi eleito juiz ordinário da
Câmara de São Paulo. Quanto ao local do seu sepultamento, conjectura-se que tenha sido na parte desaparecida do Convento de São Francisco, em que
funcionou a Faculdade de Direito de São Paulo.
As principais sesmarias de Amador Bueno localizavam-se à margem direita do rio Tietê,
provavelmente, a começar no atual bairro da Casa Verde, onde ficaria sua sede. Na cidade, sua moradia parece ter sido na Rua Direita, lado ímpar, em
frente à atual (N.E.: em 1941) Casa Alemã, mais ou menos. |