Recebidos cordialmente pelos srs. Luís Gonzaga de Araújo Cintra, chefe do Gabinete, e
Armando P. Guimarães, diretor administrativo da Prefeitura, estiveram em visita de cortesia ao prefeito Sílvio Fernandes Lopes os srs. eng. Ulrico
Zanotti Cavazoni e dr. Ettore Mário Pagani, diretores da Pibigás do Brasil S. A., os quais manifestaram ao operoso chefe do Executivo os
agradecimentos da organização de que são dirigentes pela maneira fidalga como ela foi recebida na cidade, oferecendo-se a Santos a grata
oportunidade de ser a primeira cidade do Brasil e da América Latina a dotar suas construções do mais moderno e econômico sistema de distribuição de
gás liquefeito, mercê, aliás, do espírito de compreensão e da visão administrativa do prefeito Sílvio Fernandes Lopes.
Santos, portanto, tem o privilégio, no Brasil, de ser o primeiro município a usufruir
dos benefícios do arrojado sistema de abastecimento de gás e, mais precisamente, os edifícios São Judas Tadeu e São Domingos, recentemente
inaugurados. Idênticas instalações estão em fase de acabamento em outras grandes cidades do Brasil, como S. Paulo, Brasília, Porto Alegre, Recife e
João Pessoa, enquanto em Santos o gás centralizado está sendo também instalado nos prédios Argonauta, da Companhia Construtora Labate, Corrêa da
Costa e Furegatti-Damaso Montero Esteves e Carmen Cid Perez, de propriedade de Antonio Cid Perez, bem como em outras construções nas vizinhas
cidades de Guarujá e São Vicente.
Que são as instalações centralizadas - Durante a visita ao prefeito municipal,
os srs. eng. Ulrico Zanotti Cavazzoni e dr. Ettore Mário Pagani, diretores da Pibigás do Brasil S.A., salientaram à nossa reportagem a satisfação
que os anima ao lançarem em Santos, em primeira mão, o novo e bem sucedido sistema, esclarecendo que se trata de instalações idealizadas e
realizadas pela Pibigás destinadas ao fornecimento de gás liquefeito em prédios de apartamentos, conjuntos residenciais e na indústria, com absoluta
dispensa do uso dos botijões individuais e, conseqüentemente, com o total afastamento dos conhecidos inconvenientes de tal método de abastecimento
(N.E.: corrigido aqui um empastelamento de linhas existente na composição original).
O processo para o abastecimento e armazenamento do gás liquefeito até o seu uso nos
queimadores dos fogões, aquecedores e outros aparelhos é o seguinte: da refinaria, onde estão armazenadas elevadas quantidades, o gás é transportado
por meio de caminhões-tanques especiais para cilindros menores, instalados dentro de determinados princípios técnicos, nos locais de consumo.
Destes últimos poderão partir canalizações que levarão o gás até os pontos de queima.
O consumo do gás será registrado por medidores individuais por apartamento, cuja leitura será procedida mensalmente por funcionários da fornecedora
Pibigás.
Será fácil aos consumidores conferirem o total de gás consumido, porquanto o sistema
de registro dos medidores em uso é dos simples possíveis no que tange à sua leitura.
Garantias das instalações e da dosagem do gás liquefeito - Em substância -
disseram o eng. Ulrico Zanotti Cavazzoni e o dr. Ettore Mário Pagani - o sistema de distribuição do gás liquefeito, com "centralizados", é análogo
ao do chamado "gás de rua", devendo-se ressaltar, no entanto, que o Pibigás possui um poder calorífico seis vezes superior ao daquele, além de , por
características especiais, manter permanente a constância da sua pressão e chama, isto é, sem flutuações.
Vantagens das instalações centralizadas - A existência de tais instalações nos
modernos edifícios de apartamentos virá, indiscutivelmente, valorizar o prédio, trazendo a preferência dos compradores ou inquilinos, face às
vantagens que oferece o novo sistema:
a) Com a total eliminação do uso de botijões e, conseqüentemente, de todos os
inconvenientes que apresenta, como seja, o da necessidade de troca periódica, da impossibilidade de controlar em cada momento a quantidade de gás
nos botijões, da falta de gás por qualquer irregularidade na entrega, ou, ainda, por consumo superior ao previsto como normal etc.;
b) Garantia da disponibilidade permanente de gás em reservatórios de capacidade
adequada ao consumo mensal dos apartamentos do prédio, cujo reabastecimento é feito independente do controle dos consumidores e sem necessidade de
importunar estes em suas residências;
c) Segurança absoluta no abastecimento, armazenamento e distribuição do gás pela
garantia que oferece o sistema já comprovado nos vários anos de uso em outros países, empregado agora pela Pibigás no Brasil, com a assistência de
seu corpo de técnicos especializados e com a aprovação dos órgãos públicos técnicos do país;
d) Uso de medidores individuais para cada apartamento, os quais garantem a exatidão da
cobrança, após o consumo, do total realmente gasto, ao preço normal da praça, sem necessidade de rateio das despesas de condomínio.
Integral aprovação dos órgãos federais - Durante a entrevista que mantiveram
com a reportagem, os dirigentes da Pibigás fizeram questão de destacar que o sistema dos "centralizados", lançado em Santos, mereceu integral
aprovação dos órgãos competentes federais, entre os quais o Conselho Nacional do Petróleo (CNP) e o Departamento Nacional de Iluminação e Gás (INIG),
assim como a devida autorização de funcionamento em todo o território nacional.
No caso particular de Santos, como cidade pioneira do abastecimento de gás liquefeito,
pelo moderno e revolucionário sistema, os srs. eng. Ulrico Zanotti Cavazzoni e dr. Ettore Mário Pagani manifestam, de público, especial
agradecimento ao prefeito Sílvio Fernandes Lopes e às demais autoridades que tributaram apoio à Pibigás, possibilitando-lhe a introdução do
elogiável sistema de distribuição de gás.
A foto mostra a central de estocagem de gás instalada no Edifício São Domingos
Fotografia apanhada no gabinete do prefeito Sílvio Fernandes Lopes durante a visita dos diretores
da Pibigás, srs. eng. Ulrico Zanotti Cavazzoni e dr. Ettore Mário Pagani, os quais aparecem em companhia dos srs. Luiz Gonzaga de Araujo Cintra,
chefe do gabinete do prefeito; Armando P. Guimarães, diretor administrativo da Prefeitura, e eng. Luiz La Scala Júnior, diretor de Obras Públicas da
Prefeitura
Um dos caminhões que abastecem as instalações centralizadas Pibigás
Cada apartamento é dotado de medidor individual de consumo