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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - PORTO DO CAFÉ
O auge do café e o início do porto santista (5-b)

Na sua edição especial de 26 de janeiro de 1939, comemorativa do centenário da elevação de Santos à categoria de cidade - exemplar no acervo do historiador Waldir Rueda -, o jornal santista A Tribuna publicou esta matéria (grafia atualizada nesta transcrição). Clique na imagem para reduzi-la:

MOVIMENTO DE IMPORTAÇÃO E EXPORTAÇÃO PELO PORTO DE SANTOS

Aí está, com meridiana clareza, o movimento conjugado da importação e exportação, em volume, do porto de Santos, no período de 1895 a 1937. Logo no primeiro desses anos se verifica que a importação excedeu de quatro vezes o peso da exportação: cerca de 400 mil toneladas, contra pouco mais de 100 mil, respectivamente.

Aliás, tem sido esta a regra geral, com exceção apenas dos anos de 1901, 1909, 1915, 1917 e 1918, nos quais, ainda assim, a superioridade do volume exportado, em relação ao importado, foi mínima.

O gráfico revela como foram crescentes as importações de 1911 a 1913 e como decresceram de 1914 a 1918, época do grande conflito europeu, em que a guerra submarina fez desertar dos mares a navegação comercial. De 1919 em diante, porém, o volume das importações volveu a ascensionar, superiorizando-se grandemente ao da exportação no período de 1925 a 1929.

No ano seguinte, com a grande crise mundial refletindo-se desastrosamente em nossa economia, e durante os que se lhe seguiram, até 1932, em que comoções intestinas, inclusive a revolução paulista, abalaram o país, as importações declinaram, para retomar, de então para cá, a sua coluna ascendente, acusando, em 1937, cerca de 2.250 mil toneladas, peso ainda assim inferior ao de 1928 e de 1929, quando atingiu a 2.350 mil e a mais de 2.400 mil toneladas, respectivamente.

Em 1938, porém, o volume da importação, como o da exportação, bateu todos os recordes, acusando, para a primeira, 2.200 mil toneladas e, para a segunda,  mais de 1.800 mil. Globalmente, portanto, um volume superior a quatro milhões de toneladas, o que dá a Santos, pelo convênio internacional existente, a categoria de porto de primeira classe.

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