Associações assistenciais
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Humanitária
No ano de 1959, quando ocorreu o 80º aniversário da Sociedade Humanitária dos
Empregados no Comércio de Santos, foi editada revista comemorativa.
Foi na gestão do presidente sr. Oscar Martins Pinheiro, cidadão de elevadas virtudes
morais e cívicas e que em outros cargos diretivos, como o de presidente do Conselho Deliberativo, tributou serviços dedicados e úteis à Humanitária.
Gota de Leite
No período em que a Associação de Assistência à Infância de Santos - Gota de Leite -
comemorou o cinqüentenário de sua fundação, foi editado álbum de divulgação da atividade protecional da benemérita instituição. Foi na gestão do
presidente Mariano Laet Gomes.
Na capa, a fachada do prédio da Avenida Conselheiro Nébias. No texto, a história da
Gota de Leite, seu movimento, pormenores estatísticos e outros temas que só evidenciam e engrandecem a Assistência à Infância em seu desvelado e
diligente mister de dar saúde e bem-estar à criancinha pobre da Cidade. A publicação foi mais um lançamento da Editora e Publicidade Roman Ltda.
Sociedade de São Vicente de
Paulo
Por ocasião do cinqüentenário de sua fundação, a 1º de junho de 1944, a Sociedade de
São Vicente de Paulo editou revista comemorativa em que assinalou os principais fatos e acontecimentos da vida e obra dessa respeitável e pujante
entidade de benemerência social.
O Conselho Central da São Vicente de Paulo, em 1944, era o seguinte: presidente -
Vicente Severiano Morel; vice-presidentes - prof. Pedro Crescenti e Alexandre Negrini; secretário - Reynaldo Cruz; tesoureiro - Joaquim Fernandes
Leal; conselheiros - João de Sá, João Batista de Azevedo, Abel Pinto de Almeida Ramos e Antônio Martins Júnior. Exercia o cargo de bispo diocesano
d. Idílio José Soares.
União Operária
A Sociedade União Operária, que completou em 1978 a respeitável idade de 88 anos,
distingue-se como das mais nobres e gloriosas agremiações do ambiente assistencial de Santos. Sua escola, consagrada aos filhos de associados, às
classes pobres e a quantos lhe batam às portas, prestou e ainda presta os mais belos serviços educativos à infância e à juventude do Município.
Até jornais os alunos e o corpo docente publicaram. O primeiro deles foi A Escola,
em 1891. Depois, União, Justiça e Liberdade e, por ocasião do seu aniversário no dia 25 de março de 1900, novo jornalzinho foi distribuído.
Em suas 46 páginas, de bom papel, a revista em que é exalçado o octogésimo aniversário da precursora do mutualismo no Brasil apresentou matéria
interessante e variada.
- Em outubro de 1969 foi editada outra revista comemorativa, a do 90º aniversário da
respeitável Sociedade, durante a gestão do presidente sr. Manoel Neves dos Santos e presidência do Conselho Deliberativo ocupada pelo sr. Oscar
Martins Pinheiro. Na capa, o monumento em homenagem a Braz Cubas, o fundador de Santos. A edição foi do Indicador Turístico de Santos, de que era
diretor Bandeira Júnior, estabelecido à Praça da República n. 52.
Centro Español y
Repatriación de Santos
Pela ancianidade gloriosa e pelo teor de assistência protecional que tributa aos seus
associados e ainda pela integração na vida social de Santos, o Centro Español y Repatriación impõe-se ao nosso respeito e louvor.
Por ocasião do 82º aniversário de sua instituição, a tradicional entidade da
coletividade hispânica editou revista comemorativa contendo 62 páginas, em bom papel, com texto quase todo em idioma espanhol, mas também
interessante matéria em nossa língua.
A revista foi editada por Komunik Editora e Assessoria de Comunicações S.C., sendo
editores Ana Maria Gruber Branchini e Silva e Márcia Mota e Correia. Jornalista responsável: F.H. Vieira de Freitas. Foi composta e impressa na
Editora Danúbio Limitada, na Rua João Ramalho, 960, em São Vicente.
Possivelmente o Centro Español y Repatriación haja publicado outros órgãos de
publicidade. Registrando apenas aquela revista comemorativa do seu 62º aniversário de fundação, nosso maior propósito é cumprimentar o Centro
Español y Repatriación, louvando e aplaudindo sua obra de benemerência, sociabilidade e associativismo.
Sindicato dos Jornalistas Profissionais do Estado de S. Paulo
(delegacia de Santos)
Durante algum tempo, o Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado de São Paulo
dispunha de um delegado em Santos, o jornalista Francisco Azevedo.
Não havia organização, poucos, muito poucos os associados, não subsistindo, portanto,
conscientização de classe entre os profissionais da imprensa. Não havia unidade, muito menos aproximação. Os jornalistas de Santos viviam isolados,
divididos, cada qual separado do outro, como convinha aos empregadores, mas como ato nocivo aos seus próprios interesses econômicos, sociais e
profissionais. Os poucos que pertenciam ao sindicato em Santos só exerciam uma função: pagar a mensalidade ao delegado. Só. E com atraso, de
ordinário.
Impunha-se a unificação. E a coesão. Depois de entendimentos com o delegado em Santos
e a Diretoria Central, foi convocada ampla reunião na sede do Sindicato do Comércio Varejista, na Praça Visconde de Mauá, com o comparecimento da
maioria dos profissionais da imprensa e prestigiosa orientação dos dirigentes centrais, entre os quais o saudoso Lima Santana.
Nessa oportunidade, reorganizada ou verdadeiramente organizada a delegacia, não
composta de um só elemento, mas de presidente, secretário e tesoureiro, foi proclamada a instituição da delegacia e procedida a eleição de sua
primeira diretoria. Tal o interesse verificado que concorreram 7 chapas, vencendo a que era encabeçada por este humilde jornalista.
Aí se deu a corrida para a sede social. Instalada em todo andar superior da Praça Rui
Barbosa n. 14, sua inauguração foi solene, verificada no dia 27 de junho de 1943, às 17 horas. Declarando inaugurada a sede, falou ligeiramente o
dr. Simão Eugênio de Oliveira Júnior, procurador-chefe da Divisão de Santos do Departamento Estadual do Trabalho. Seguiu-se o ato inaugural da 1ª
Exposição de Trabalhos de Repórteres Fotográficos de Santos e São Paulo, de que foi paraninfo o sr. Antônio Gomide Ribeiro dos Santos, prefeito
municipal.
Concorreram ao certame os repórteres fotográficos Pedro Peressin, de Santos; Sérgio
Lima, Lauro d'Ângelo, Antônio Correia Filho e Gil Passarelli (Folhas); Narciso Florentino dos Santos e Edgard Paino (Diários Associados);
João Montini e Ubaldo Terra (A Noite); Gilberto Santos (O Dia); Raul Ginjo e Manoel Ginjo (Diário Popular), todos de São Paulo.
Discursou o sr. M. Tulmann Neto, presidente do Sindicato dos Jornalistas
Profissionais no Estado, acentuando que a inauguração da sede e instalação definitiva da delegacia resultaram do esforço de Olao Rodrigues, Cândido
Hernandez e Vitório Martorelli e pôs em evidência o espírito de harmonia e compreensão dos jornalistas de Santos.
Em nome dos jornalistas de Santos respondeu o dr. Paulo Hourneaux de Moura. Ainda se
vez ouvir o sr. Rubens Ulhoa Cintra, da redação de O Diário, chefe do Departamento de Cultura da Delegacia dos Jornalistas, no ato de
inauguração da Biblioteca Social. Falaram mais, nessa oportunidade, os jornalistas paulistanos Tito Battini e Corifeu Azevedo Marques. Compareceram
à solenidade, além do prefeito municipal, os srs. capitão-de-mar-e-guerra Francisco Pedro Rodrigues; dr. Afonso Celso de Paula Lima, delegado de
Polícia; dr. Pedro Theodoro da Cunha; dr. Dias de Morais, dr. J. Gomes da Silva, dr. Júlio Moreno e José do Carmo Neves, além de outras pessoas
gradas.
Mais tarde, foi servido jantar comemorativo no Restaurante A Bodega. À sobremesa,
discursaram os srs. M. Tulmann Neto, presidente do Sindicato dos Jornalistas Profissionais no Estado; Vitório Martorelli; dr. J. Gomes da Silva, dr.
Pedro Theodoro da Cunha, Perilo Prado, José do Carmo Neves e Olao Rodrigues, presidente da Delegacia do Sindicato dos Jornalistas.
A delegacia permaneceu no prédio da Praça Rui Barbosa por mais de 10 anos, depois se
transferindo para a Praça Visconde de Mauá n. 49 e, finalmente, para a Rua Martim Afonso n. 106, no Edifício M. Ferramenta, ocupando todo o
pavimento 6, que lhe é próprio e dispondo de toda comodidade, inclusive auditório. Foi durante a gestão de Sérgio Sales Galvão, inquestionavelmente
o maior presidente que a delegacia teve até hoje.
E neste 1979 preside a Delegacia dos Jornalistas José Carlos Feliciano, editor do
Departamento de Pesquisas de A Tribuna.
Grêmio A Tribuna
Jornalistas, gráficos e administrativos do jornal A Tribuna costumavam
freqüentar a barraca de praia do Cruzeiro, para nós outros o mais simpático grêmio da Orla. Lá nos acamaradávamos com Walter Rozo, nosso companheiro
de jornal, Fuad, Umberto Fernandes, Miro, Haroldo Pereira, Alba (Peludo), Jesus, Gomes, Guilherme, Miguel Panzero e tantos outros.
Certo domingo, o pessoal do Cruzeiro quis reunir em sua barraca o maior número de
amigos de A Tribuna e seus familiares. E ofereceu-lhes chopada e salgadinhos. Seu porta-voz agradeceu o comparecimento dos "seus amigos
visitantes". Recebemos ordens para responder. Depois de louvar o espírito de união e harmonia que caracterizava a gente boa do Cruzeiro, sugerimos
que os funcionários de A Tribuna também deveriam congregar-se em associação recreativa e esportiva e todos os domingos e feriados, sob
acolhedora barraca própria, se reunissem e se entregassem a animadas competições de voleibol, tamboréu e tênis de praia, enfim, em salutar
convivência e comunhão de sentimentos de companheirismo, como elo de confraternidade e vínculo de entendimento e compreensão, longe do ambiente de
trabalho, além de proporcionar o intercâmbio de amizade entre as famílias dos funcionários do jornal.
Pelo entusiasmo e vigor das palmas, a idéia antecipava-se acolhedora e vitoriosa. No
dia seguinte, entre outros companheiros, Manoel Nunes de Souza, da Administração, Américo Augusto, Álvaro Coelho da Silva e Ubirajara Costa, das
oficinas, aplaudiram a iniciativa e predispuseram-se a colaborar.
Pois bem. No dia 30 de maio de 1954, na sede do Sindicato dos Gráficos, na Rua Braz
Cubas, esquina da Rua João Pessoa, funcionários de A Tribuna reuniram-se à tarde (era domingo), sendo aclamado presidente dos trabalhos o
gráfico Hissen Dias. Ficou fundado o Grêmio A Tribuna, fixadas suas cores (preto e branco) e nomeada uma Comissão Executiva até a aprovação do
Estatuto, constituída, ainda por aclamação, por Hissen Dias, na presidência, e mais Álvaro Coelho da Silva e Olao Rodrigues, também escolhido
relator da carta estatutária. Em tempo recorde, foi estudado e redigido o estatuto, que previu a organização de departamentos de Assistência Social,
Cultural, Esportivo e outros.
Nova assembléia se realizou, no mesmo local, sob a presidência de Hissen Dias. Estava
instalado o Grêmio A Tribuna, com a escolha de sua diretoria definitiva, cuja presidência coube a este amigo do ledor.
Dias antes da assembléia, fomos procurados por Nascimento Júnior que, contrafeito,
nos inquiriu (éramos secretário do jornal), se a tal entidade que fundáramos seria movimento de resistência à firma empregadora, ao que lhe
respondemos mais ou menos com estas expressões:
- Seu Nascimento. Estamos em dificuldade para escolher um presidente. Se o sr.
aceitar, está tudo resolvido.
O velho, tranqüilo, esboçou um sorriso.
A nossa primeira preocupação foi instalar a barraca de praia. Gozando de certo
prestígio junto ao então prefeito municipal, conseguimos privilegiada área do Gonzaga. Nós e Antônio Ferreira Pires, atual gerente de A Tribuna,
conseguimos que a Casa Moderna executasse a barraca de lona por meio de propaganda no jornal.
E a sua inauguração foi festiva. Talvez a maior festa até hoje organizada na areia de
nossas praias. Houve competições, almoço dentro e fora da barraca, shows e baile sobre tablado assentado sobre a areia. Memorável!
Hoje, o Grêmio A Tribuna, que reúne funcionários não só do jornal como das unidades a
ele ligadas, como a Rádio A Tribuna, Rádio Atlântica, Gráfica A Tribuna e Agência de Publicidade Hugo Paiva, além dos que trabalham nas sucursais,
representa uma força no setor associativista. Tem mais de 500 associados, contando-se os remidos. Todos seus órgãos funcionam admiravelmente. Sua
sede social é na Rua João Pessoa n. 129, 7º andar. Preside-o neste 1979 o sr. José Garcia, parecendo até que o cargo lhe é vitalício, pelas
sucessivas reeleições, tão bem se conduz.
Cooperativa dos Jornalistas de Santos Ltda. (Jornacoop)
Desde 15 de julho de 1977 os jornalistas de Santos têm a sua cooperativa, criada nos
moldes da Cooperativa dos Jornalistas de Porto Alegre (Coojornal), fundada 3 anos antes.
A Cooperativa dos Jornalistas de Santos Ltda. (Jornacoop), segundo o estatuto
aprovado pela Assembléia Geral naquele mesmo dia 15 de julho de 197, objetiva ampliar o mercado de trabalho, melhorar o piso salarial e valorizar a
produção, editar jornais, revistas, livros, boletins e outras publicações. Começando com 76 sócios, contava em setembro de 1978 com quadro
associativo de 118 elementos.
A Jornacoop vem prestando serviços a entidades classistas, editando boletins e
jornais, tais como as seguintes: Sintius - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas de Santos; Informativo do Sindicato de Hotéis,
Restaurantes, Bares e Similares; Sinpresan - Sindicato dos Professores de Santos; Quebra-Mar - revista voltada para o surfe; Escala -
boletim sobre aeromodelismo; Boqueirão News; Informativo Cerqueira; Santistão e Revista do Santos FC. Jornacoop edita
ainda boletim informativo especialmente consagrado aos jornalistas cooperados, que estava no número 16 em setembro de 1978, e Mural,
jornalzinho para os estudantes da Baixada.
No plano da Cooperativa dos Jornalistas de Santos Ltda. estão previstos, para fins de
1978, contratos com estas empresas: Santos FC (serviços de assessoria); Associação dos Advogados (para edição de um boletim); Montepio do Brasil
(boletim); Sindicato dos Eletricistas (boletim); Comissão dos Transportes (boletim) e edição de Cooperação, jornal das cooperativas da
Baixada.
Diretoria de Jornacoop eleita a 15 de julho de 1977, ou seja, a primeira: presidente,
Ouhydes Fonseca; vice-presidente, João Batista de Macedo Mendes Neto; secretário - Marcelo Luciano Martins Di Renzo; diretor administrativo
-financeiro - Aurelindo Teles; diretor comercial - Roberto Sassi; conselheiros efetivos - Sérgio Moita, Luiz Augusto Lane Valiengo; conselheiros
suplentes - Clea Noronha Reis, Osvaldo Ferreira de Mello Jr.
Jornacoop (Boletim)
Desde 1977 está saindo regularmente Boletim, órgão oficial da Cooperativa dos
Jornalistas de Santos Ltda. (Jornacoop). A primeira cooperativa dos jornalistas funciona à Avenida Senador Feijó n. 144 e o Boletim, composto
e impresso no Centro de Cópias Cerqueira, na Avenida Ana Costa n. 253. Distribuição interna e gratuita.
Temos em mãos o n. 7, do primeiro ano, correspondente a 23
de dezembro de 197, em que discorre sobre vários assuntos. Na parte social, dá destaque a uma sardinhada havida na residência do cooperado Rafael
Dias Herrera, a que compareceram mais de 30 cooperados, excedendo-se a família Herrera, como d. Heliete Rodrigues Herrera, em provas de atenção e
cortesia aos elementos da Cooperativa dos Jornalistas e suas famílias.
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