Entidades de classes [...]
O Comerciante
O Comerciante era órgão de propriedade da União dos Varejistas de Santos. Sob
a direção de Adolfo Gonçalves Rios e redação de Floriano Cruz, circulava com regularidade. Em dezembro o no Natal de 1936 saiu seu número 8,
apresentando não apenas matéria de interesse dos associados da entidade, senão também sobre o maior evento da Cristandade.
S.P.C.
Boletim informativo do Serviço de Proteção do Crédito, unidade do Sindicato do
Comércio Varejista de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão. Antônio Bento de Amorim Filho, além de redigi-lo, foi seu responsável perante o
Departamento Gráfico da Prodesan, que o compôs e imprimiu em off-set.
O Solidário
Em 1924 foi publicado O Solidário, órgão oficial dos trabalhadores em produtos
alimentícios. Em sua edição de 19 de junho de 1924, Jornal da Noite noticiou a circulação do periódico, acrescentando ser "órgão
de defesa dos legítimos interesses de uma classe honrada e mal paga".
Tribuna Proletária
No dia 8 de novembro de 1920 circulou pela primeira vez Tribuna Operária, que
apresentava muita matéria sobre as classes operárias, sublinhando em seu artigo de apresentação que o jornal pertencia aos trabalhadores, "sempre
esquecidos, sempre postergados e sempre injustiçados em suas pretensões de melhor vida social".
Sindipetro Jornal
Órgão oficial dos Trabalhadores na Indústria de Refinação de Petróleo de Cubatão,
Santos e São Sebastião. Distribuição interna e gratuita. Começou a circular por volta de 1965. Pelo menos em 1971 Sindipetro era composto e
impresso em Comercial e Editora São Vicente Ltda., em Santos, à Rua General Câmara, 216.
Sintius
Órgão informativo do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias Urbanas da Baixada,
editado por Jornacoop (Cooperativa dos Jornalistas de Santos Ltda.), 1978.
Informativo Hoteleiro
O Sindicato da Indústria de Hotéis, Restaurantes, Bares e Similares da Baixada lançou
em 1978 boletim informativo, editado por Jornacoop (Cooperativa dos Jornalistas de Santos Ltda.).
Sinpresan
Órgão de divulgação do Sindicato dos Professores de Santos, cuja editoria foi
confiada à Jornacoop (Cooperativa dos Jornalistas de Santos Ltda.).
Sindarais
Boletim informativo do Sindicato dos Armazéns Gerais no Estado de São Paulo. Em
maio/junho/julho/agosto de 1978, englobados, representavam o nº 21, do II ano. Diretor responsável, Augusto da Silva Saraiva e jornalista
responsável, Amílcar Bastos.
GAT Jornal
O Grêmio A Tribuna tem seu órgão oficial, o GAT Jornal. Executado na Gráfica
de A Tribuna, compõe-se de 8 páginas, tipo tablóide e seu editor é Eron Brum e o diagramador Lauro Freire da Silva. Supervisiona-o o
presidente da diretoria do Grêmio A Tribuna, José Garcia. Pelo menos em 1978. Bem cuidado, gráfica e redatorialmente, apresenta variada matéria
sobre as múltiplas atividades sócio-esportivas do Grêmio A Tribuna.
Portuários
O jornal Portuários, órgão oficial do Sindicato dos Empregados na
Administração dos Serviços Portuários de Santos, São Vicente, Guarujá e Cubatão, vai de vento em popa. Manuseamos ocasionalmente o número 28, do ano
V, correspondente aos meses de junho e julho de 1978.
A primeira página inteiramente dedicada às eleições no Sindicato. Nos dias 14 e 15 de
agosto de 1978, houve pleito para renovação da diretoria, verificando-se a 17 do mesmo mês e ano a apuração final. Antônio Gonçalves Pires Júnior,
da Oposição, logrou vencer, sendo portanto o atual presidente da simpática entidade sindical.
Em suas 10 páginas, com papel superior, Portuários cuida de matéria de elevado
interesse do seu grande número de associados. Composto e impresso na Gráfica de A Tribuna.
O Advogado
Em 1977 foi editado o primeiro número de O Advogado, correspondente aos meses
de julho/agosto. Órgão oficial da Associação dos Advogados de Santos, o periódico cuida de temas de imediato interesse da simpática e nobre classe,
inserindo em suas colunas não apenas matéria técnica da profissão como associativista, sobretudo em torno de recepções, jantares e coquetéis,
esportes e recreativismo. A Associação dos Advogados de Santos em 1978 comemorou 35 anos de fecunda existência.
Clube 2004 Jornal
Órgão oficial de divulgação do Clube 2004. Que clube era esse? Congregava ou ainda
congrega funcionários da Refinaria de Petróleo Presidente Bernardes, com sede do clube em Santos. Lemos o nº 2, do segundo ano, correspondente aos
meses de agosto e setembro de 1969. Nessa oportunidade, os redatores responsáveis eram José Alberto Coelho Lourenço e Luís Antônio Lociks.
Colaboravam com a direção, além de escrever: Zuleica Maria de Oliveira, Marcelo Paschoal, Alberto Coelho Loureiro, Álvaro Pinto Ricardo Filho,
Eunice Tomé e Emílio Queirós Tomás.
Tinha sede própria na Avenida Conselheiro Nébias, 595. O Clube 2004 proporciona
festas sociais e esportivas, mantém barraca de praia e até realizava desfile carnavalesco no sábado de Carnaval pela manhã.
Unimed Notícias
Unimed Notícias, informativo da Confederação Nacional das Unimeds, editado por
MEYF - Editoria e Assessoria de Comunicações S.C. Ltda., na Avenida Siqueira Campos, 670, em São Paulo. No entanto, tinha e ainda tem larga
distribuição em Santos e é aqui composto e impresso, na Gráfica de A Tribuna.
Dispõe até de redação em Santos, confiada a Fátima Menezello Thorley Gomes, Maria
Eugênia Schneider e Yara Sarubi Branda, todas registradas como jornalistas profissionais.
Ademe
Órgão informativo mensal de Ademe Administradora de Consórcios S.C. Ltda. para
distribuição interna e gratuita aos consorciados. A responsabilidade da publicação é da própria diretoria. SEu coordenador, José Carlos Figueira.
Ademe circulou pela primeira vez no mês de julho de 1978. Composto e impresso no Centro de Cópias Cerqueira.
Cefas em Marcha
O Centro dos Taquígrafos de Santos foi uma agremiação bem organizada e reunia a
maioria da classe de elementos inteligentes. Conhecemos vários deles que trabalhavam nas sessões da Câmara Municipal de Santos. Tão hábeis, tão
talentosos que as atas, ao final, saíam corretas, sem nenhum erro datilográfico ou gramatical...
Cefas em Marcha, seu órgão oficial, foi dirigido por Roberto Paulino. O
primeiro número saiu a 1º de setembro de 1966.
O Metalúrgico
Órgão oficial do Sindicato dos Metalúrgicos de Santos. Publicado semanalmente. Seu
primeiro número foi distribuído a 10 de novembro de 1974.
Jornal do Metalúrgico
Nova fase. editado de dois em dois meses. Órgão oficial do Sindicato dos Metalúrgicos
de Santos. Seu primeiro número correspondeu a maio-junho de 1978.
Associação dos Economistas
Já em seu número 57, correspondente a julho/agosto de 1978, lemos esse exemplar
composto e impresso no Centro de Cópias Cerqueira. Na primeira página, a matéria intitulada Recado do Presidente, que assim começa: "13
de agosto - Esse dia lembra a você alguma coisa? Sim? Isso mesmo, nesse 13 de agosto de 1978 estamos comemorando o 27º aniversário da instituição da
profissão de economista no Brasil, através da lei nº 1.411, de 1951".
Dez páginas, com matéria bastante sobre as atividades sociais e profissionais da
nobre classe.
Gráfico Santista
Houve mais de um jornal da simpática classe dos gráficos. Porém o mais importante
deles e o de melhor feição técnica foi o Gráfico Santista, que iniciou em 1955 sua publicação. Órgão oficial do Sindicato dos Trabalhadores
nas Indústrias Gráficas de Santos, com redação na Rua Braz Cubas, 68. Tinha e ainda deve ter uma particularidade esse jornalzinho. Não incluía
matéria rigorosamente administrativa, senão de sentido diverso e até literário. Como órgão representativo de classe, pujante, enérgico e simpático.
SMTC
O Serviço Municipal de Transportes Coletivos tinha um boletim informativo, que
apareceu em julho de 1952. Formato: 25x36. Órgão informativo dos funcionários dessa autarquia municipal.
Clube Foto Amigos
Em agosto de 1978, o Boletim Informativo do Clube Foto Amigos de Santos estava
no terceiro ano e nº 33 de publicação. Compõe-se de 6 páginas. Destina-se à distribuição inteiramente gratuita a seus associados e a sede fica na
Avenida Marechal Floriano Peixoto, 24.
Na última página daquele número, com seu retrato, a matéria intitulada Kauffman -
exemplo a ser seguido. Na verdade, o artista Kauffmann foi dos mais adiantados, senão o mais adiantado, dos fotógrafos profissionais de Santos.
Era um esteta da fotografia. mestre de grande número de profissionais de agora. Além de excelente fotógrafo comercial, era cidadão de elevada moral,
nobre, compassivo e culto. Como chefe de família, atingira o maior grau de dignidade.
Composto e impresso no Centro de Cópias Cerqueira.
Jornal da A.C.D.S.
Órgão noticioso e científico da Associação dos Cirurgiões-Dentistas de Santos.
Editado por Tablóide - Empresa Jornalistica Limitada, Avenida Ana Costa, 532, conj. 75. Jornalista responsável - Catarina Vitória Penna. Diretor
comercial - Luiz Gonzaga Alca de Sant'Anna.
Composto e impresso em Editora Danúbio. Pelo menos nos meses de abril-maio, número
40, do ano 8º. Em abril de 1971 publicou o número 2, em que foi homenageado o dr. Pedro Capp, hoje infelizmente desaparecido.
O Engenheiro
Há meia dúzia de anos que é editado O Engenheiro, órgão oficial da Associação
de Engenheiros e Arquitetos de Santos, entidade representativa da nobre classe liberal, considerada de utilidade pública pela lei n. 1.073, de 3 de
novembro de 1949.
O Engenheiro, de circulação interna, apresenta em seus números matéria técnica
e associativista, dando destaque aos atos e festividades realizadas na sede da acreditada agremiação que congrega os engenheiros e arquitetos da
Cidade.
O número 16, do ano 6, publicou reportagem sobre a festa de entrega do primeiro
título de sócio benemérito ao engenheiro José de Menezes Berenguer.
Composta e impressa na Gráfica de A Tribuna.
O Quadro-Negro
Órgão oficial da Associação dos Docentes da Sociedade Visconde de São Leopoldo.
Quando saiu não se sabe. Parece piada que professores e até jornalistas profissionais registrem o número 1, o primeiro ano, mas esqueçam o mês ou
meses e o ano da publicação do periódico.
O Quadro-Negro, com 4 páginas, cuida de matéria de interesse da Associação dos
Docentes da Visconde de São Leopoldo. Composto e impresso gratuitamente no Centro de Cópias Cerqueira.
Korneta
Era o título de uma revista editada por estabelecimento comercial do mesmo nome,
situado na Ra Luís Suplicy,71. Órgão de propaganda e informações dessa casa comercial que opera em aparelhos do sistema eletro-acústico, fitas,
discos e mais aparelhos de som. Circulou até o número 5, correspondente a abril deste ano (N.E.:
1979), sob a responsabilidade e Fernando Rodrigues dos Santos. Composta e impressa na Gráfica
da Prodesan.
Sindicato do Comércio Varejista
O Sindicato do Comércio Varejista de Santos editava ou quiçá ainda edite boletim
informativo de interesse imediato dos associados, mas transformava-se em revista nos eventos importantes da prestigiosa entidade classista, como em
janeiro de 1971, para comemorar o seu 40º aniversário de fundação.
Na capa, o presidente Jorge Bechara assinando mensagem de saudação ao comércio
varejista. Nas outras páginas, além de matéria histórico-associativista, trabalhos com estes títulos: De Mário Pavão a Jorge Bechara,
assinado por Amorim Filho; 40 anos de vida, artigo do dr. Raphael Sampaio Filho; A tarefa do SPC e a importância do crédito na vida
nacional, crônica de Carlos Frigério; Homenagem póstuma a Abib Elias e outros.
Na oportunidade do lançamento da revista comemorativa - repetimos - presidia o
sindicato o sr. Jorge Bechara. Quem era ele? Co-proprietário da Casa do Rádio, era dos cidadãos mais estimados de Santos, pela franqueza,
sinceridade e operosidade. Quando da gestão do prefeito José Gomes, ocupou a presidência do Conselho Municipal de Turismo, onde desenvolveu
atividade produtiva e correta.
Homem sério, ponderado e equânime, sabia porém ser alegre, folgazão e até mesmo usar
linguagem de gíria quando se fazia preciso, como na festividade de Carnaval, conferida ao órgão oficial e específico sua direção.
Cronistas carnavalescos, diretores de escolas de samba, todos já crismados,
costumavam "batizar" os neófitos de Momo, com ritual esquisito e que terminava por dar um banho em regra no noviço. Num domingo anterior ao Carnaval
de 1963, antes do almoço no cassino do Morro de Santa Terezinha, foi a ocasião adequada para o batismo de Bechara. Escribas de Momo, diretores e
blocos e escolas de samba, Momo e rainha, além de muitas outras pessoas foram ao Planalto assistir à pagodeira em que a "vítima" era Jorge Bechara.
À hora aprazada, todos reunidos à frente do cassino, lá surgiu ele de "short", peito nu, toalha amarrada à cabeça, como beduíno, descalço e a tocar
tamborim. E cantando samba! Submeteu-se espontaneamente ao banho-batismo, cantando, tocando e gingando.
Presidiu à cerimônia momesca, como sempre, disfarçado de "padre", o irrequieto lorde
Lobisomem, pseudônimo de Antônio Nunes, de O Diário. Fez mais o Bechara. Já batizado e com o resto da água dos baldes, arremessou-a sobre
Momo, rainha, "padre" Lobisomem e demais circunstantes, dando-lhes banho igual ao que antes recebera. Aquela cena de extroversão e patuscada deixou
a turma desapontada e lograda. Enquanto o "batizando", em trajes sumários, facilmente se enxugava, os "batizantes" tiveram de secar-se ao sol...
Outro aspecto - oposto - da personalidade de Bechara. em pleno I Simpósio Nacional de
Turismo, realizado em Brasília, no plenário do Senado, sob a presidência do senador Nélson Carneiro, foi pela mesa lida indicação do Conselho
Municipal de Turismo de Santos, que preconizava para o nosso Município o Palácio das Convenções, imediatamente contrariada a propositura por três ou
quatro simposistas, um dos quais o prefeito municipal de Lindóia.
Quando coube a vez de o proponente pronunciar-se, o presidente do Conselho Municipal
de Turismo houve-se com tal poder de argumentação, tão claro e objetivo se houve na justificativa improvisada, falando com muita segurança e
convicção, embora não de sua autoria pessoal a matéria, que a indicação foi aprovada por esmagadora maioria.
Era assim Jorge Bechara. Ele não apoiara simples
propositura, não defendera o Conselho Municipal de Turismo, nem mesmo a Prefeitura Municipal de Santos. Brigara por sua Santos! Há homens que não
deveriam desaparecer tão cedo. Precisariam viver durante mais algum tempo, a fim de que continuassem a ser úteis, prestadios e proveitosos à
comunidade.
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