Despejo pode parar a Justiça do Trabalho
Uma ordem judicial poderá provocar a paralisação de 4.291 ações trabalhistas de
toda a Baixada Santista. Uma ação de despejo contra a Justiça do Trabalho de Santos - para demolição do prédio - já está decretada, e a qualquer
momento poderá ocorrer a sua execução.
A Justiça do Trabalho de Santos foi instalada em 1953, no 1º andar do prédio 53 da Rua
Braz Cubas, e tem sob sua jurisdição os municípios de Cubatão, Piaçagüera, Guarujá, São Vicente, Praia Grande, até Solemar. Suas duas Juntas de
Conciliação e Julgamento recebem uma média diária de 20 processos. Em acomodações precárias, ali trabalham 38 pessoas, entre juízes, vogais e
pessoal administrativo.
Difícil acesso - Uma escada estreita e um elevador que dificilmente funciona
levam os trabalhadores às salas das duas Juntas. E é comum ver pessoas idosas ou doentes e mulheres grávidas deixarem de comparecer às sessões de
julgamento por não terem condições de subir a escada. Os corredores estão sempre lotados de trabalhadores, que ali se aglomeram quase que
diariamente à espera do julgamento de seus processos. Contra isso há constantes reclamações dos juízes e dos funcionários.
Distribuição dos feitos - Com a criação da 2ª Junta de Conciliação e Julgamento
- a 1ª funcionava anteriormente na Praça Rui Barbosa - foi instalada em 1º de abril de 1964 a Distribuição dos Feitos da Justiça do Trabalho em
Santos. Daquela data até 31 de dezembro de 1966, a DFJT recebeu 36.774 processos e deu baixa em 32.829. De janeiro até 26 de junho deste ano
entraram na Distribuição dos Feitos 2.505 processos, com baixa para 2.159. |