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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - SANTOS EM 1913 - BIBLIOTECA NM
Impressões do Brazil no Seculo Vinte - [49]

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Clique nesta imagem para ir ao índice da obraAo longo dos séculos, as povoações se transformam, vão se adaptando às novas condições e necessidades de vida, perdem e ganham características, crescem ou ficam estagnadas conforme as mudanças econômicas, políticas, culturais, sociais. Artistas, fotógrafos e pesquisadores captam instantes da vida, que ajudam a entender como ela era então.

Um volume precioso para se avaliar as condições do Brasil às vésperas da Primeira Guerra Mundial é a publicação Impressões do Brazil no Seculo Vinte, editada em 1913 e impressa na Inglaterra por Lloyd's Greater Britain Publishing Company, Ltd., com 1.080 páginas, mantida no Arquivo Histórico de Cubatão/SP. A obra teve como diretor principal Reginald Lloyd, participando os editores ingleses W. Feldwick (Londres) e L. T. Delaney (Rio de Janeiro); o editor brasileiro Joaquim Eulalio e o historiador londrino Arnold Wright. Ricamente ilustrado (embora não identificando os autores das imagens), o trabalho é a seguir reproduzido, em suas páginas 1.021 a 1.030, referentes ao Estado (ortografia atualizada nesta transcrição):

Impressões do Brazil no Seculo Vinte

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São Luiz, capital do estado
Foto publicada com o texto, página 1.021. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

Maranhão

Maranhão ocupa, em relação aos demais estados da federação brasileira, o quarto lugar em litoral, com 120 léguas, desde o cabo Gurupi ao Norte, até a barra das Canárias, no Rio Parnaíba; o sexto em superfície, com 459.884 quilômetros quadrados, isto é, maior que a Espanha, Suécia, Noruega, Itália, Inglaterra, Turquia, Portugal e outros países da Europa; e oitavo em população, tendo aproximadamente 600.000 habitantes.

A sua maior extensão é de 258 léguas, contemplado de Norte a Sul, entre a Ilha de Itacupi e as cabeceiras do Rio Parnaíba, na Serra Tabatinga; e a sua maior largura é de 174 léguas, contando de Leste a Oeste, entre a barra das Canárias e a embocadura do Parnaíba, em um lugar próximo à Vila de São Francisco, em frente à confluência do Tocantins com o Araguaia.

São seus limites: ao Norte, o oceano Atlântico, desde a embocadura do Rio Gurupi até a barra das Canárias no Rio Parnaíba; ao Sul: os estados do Piauí e Goiás, separados do Maranhão pelo Rio Parnaíba, serras Tabatinga e Mangabeiras e Rio Manoel Alves Grande; a Leste: o mesmo estado do Piauí, servindo de limites o Rio Parnaíba que separa os dois estados em todo o seu longo curso; e a Oeste: os estados de Goiás e Pará, daquele separada pelo dito Rio Manoel Alves Grande e pelo Rio Tocantins, de onde recebe o Manoel Alves Grande até concluir com o Araguaia e deste por uma linha reta tirada da confluência do Tocantins com o Araguaia até encontrar as nascentes do Rio Gurupi, na Serra da Desordem, pelo álveo deste último rio até o mesmo se lançar no Atlântico.

O Maranhão, que está situado no hemisfério austral, tem 9º40', estando na seguinte latitude: a extremidade setentrional, no Cabo Gurupi, fica no paralelo de 0º50' S, e a extremidade meridional, nas vertentes do Parnaíba, fica no paralelo de 10º30'S. A sua longitude, relativamente  ao meridiano que passa pelo Rio de Janeiro, é a seguinte: a extremidade oriental, na barra do Parnaíba, fica a 1º45', a Leste do Rio, e a extremidade ocidental, na confluência do Tocantins com o Araguaia, fica a 5º55' a Oeste do Rio, havendo, portanto, de Leste a Oeste, 7º40'.

E, para caracterizar perfeitamente o aspecto geométrico do Maranhão, ai está a lição do notável engenheiro André Rebouças, que disse ser a sua configuração a de um gigantesco trapézio irregular, formando o Rio Parnaíba, desde a foz, na barra das Canárias, até à sua nascente, na Serra de Tabatinga, o primeiro lado; a Serra das Mangabeiras, os rios Manoel Alves Grande e o Tocantins até a confluência com o Araguaia, o segundo lado; deste ponto à foz do Rio Gurupi, o terceiro lado; o litoral, desde a foz do Gurupi até a do Parnaíba, na barra das Canárias, o quarto lado.

Teria, uma vez traçado, esse interessante trapézio, por maior diagonal a linha reta de 186 léguas, tirada da foz do Gurupi ao limite do Maranhão com o Piauí, sobre o Rio Parnaíba, e por menor, a de 140 léguas, traçada da confluência do Tocantins com o Araguaia até a barra do Rio Parnaíba.

A média anual da temperatura é de 28º. Essa temperatura, que à primeira vista espanta, é perfeitamente suportável, pois que sensivelmente a suavizam os fortes ventos que sopram constantemente do N-NE, e que são vulgarmente conhecidos pelo nome de ventos gerais. "As estações", diz Viveiros de castro, "são completamente discriminadas e não temos a recear as bruscas variações de temperatura que tão perigosas são para as pessoas ainda não aclimadas. O inverno começa regularmente em janeiro e termina em julho, sendo que, no sertão e nas cabeceiras dos grandes rios, começa em outubro, quando as estações são normais".

O Maranhão é, na terra, um dos lugares em que mais chove, o que dá grande e surpreendente fertilidade ao seu vasto território. Henry Buff, professor de Física da Universidade de Giessen, cita primeiro Mahabuleshwar, depois Guadalupe, uma ilha das Antilhas e, finalmente, o Maranhão, onde a quantidade d'água é avaliada em 259,9 polegadas de Paris. O estado sanitário é bom.

Não são muitos os lagos no território maranhense. Entre os mais importantes contam-se: o de Viana, próximo à cidade desse nome; a Lagoa da Mata, onde nasce o Rio Codó; a do Capim, a Redonda, a da Jussara; o Lago da Morte, o Açu, o  Verde e ainda mais alguns espalhados pelo interior.

O estado do Maranhão é banhado por  numerosos rios, alguns dos quais navegáveis em grande parte dos seus cursos. Notaremos aqui os principais: o Parnaíba, que separa o Maranhão do Piauí; o Itapecuru, fertilizando vastíssima zona do estado; o Mearim, de notória importância para a navegação e famoso pelas suas pororocas, em português macaréu, fenômeno de brusco e violento crescimento de águas e vazão consecutiva,idêntico ao que se verifica em alguns rios na Ásia; o Pindoré, o Gurupi, que forma parte do limite do Maranhão com o Pará; o Tocantins, o Manoel Alves Grande, o Pericumã, o Moni e os rios Anil e Bacanga, que banham a cidade de S. Luiz e formam, na sua confluência, o porto desse nome.

As serras do Maranhão são consideradas de grande riqueza, pelo que contêm de minérios, todos ainda por explorar. As principais são a da tabatinga, a Desordem, a Negra, a do Canela, a das Alporcatas e a do Valentim.

Além da de S. Luiz, onde está a cidade de S. Luiz, capital do estado, há as seguintes ilhas: Priá, Sant'Ana, do Medo, Livramento, dos Ovos, S. João dos Caranguejos e outras.

O principal porto, pelo seu comércio e movimento de embarcações, é sem dúvida o de S. Luiz, que fica a 2º30'40" de latitude Sul e 1º7' de longitude ocidental do meridiano do Rio de Janeiro. No livro Estado do Maranhão, de Viveiros de Castro, vêm sobre o porto de S. Luiz os seguintes e interessantes informes: "Situado a NO da Ilha do Maranhão, na confluência dos esteiros do Bacanga e Anil, forma a ponta oriental da vasta baía de S. Marcos, que lhe dá acesso.  É ele inteiramente abrigado dos fortes ventos de largo, predominando de julho a dezembro, nas primeiras horas do dia, fraca brisa de NO; e do meio dia em diante,  sopra com mais violência o alísio de NE. Durante a estação invernosa é o vento inconstante, variando freqüentemente de quadrante. A corrente equatorial, devido à proximidade do Equador e à forma especial desta parte da costa do Brasil, desvia-se de sua direção normal, e as águas intumescidas, pela ação periódica do Sol e da Lua, lançam-se sobre o porto e baías, penetrando pelo interior até a distância de cerca de 30 milhas da foz de rios caudalosos como o Itapecuru, Mearim, Pindoré etc. De modo que este porto é classificado entre os de grandes marés, sendo a oscilação em preamar de águas vivas de equinócio de 7,40 m; em águas vivas ordinárias, 6,20 m, e em águas mortas, na média, de 4,00 m. O estabelecimento do porto é as 6h55'".

Segue-se, em importância, o porto de Itaqui. É limitado ao N pela Ponta da Madeira, ao S pela de Itaqui e a O pela Ilha de Carapirá. Os fundos são no máximo de 25,00 m. Diz Fabio Hostillio do porto de Itaqui: "É um dos mais belos portos do Brasil e só comparável ao do Rio de Janeiro. É acessível a todas as horas e em qualquer estado da maré, com profundidade e área suficiente para milhares de navios e do mais elevado calado. Abrigado pela Ilha do Medo, que lhe serve de atalaia, tem franco acesso pelo canal do Boqueirão, entre aquela ilha e a do Maranhão, ou pelo canal do Medo e o continente".

As baías mais importantes são as de S. Marcos, S. José, Cuman, Caçocoeira, Maracassumé etc. Das barras, merecem citação especial as de Mungunsa e Uru.

O mais importante farol é o denominado da Barra, situado na ponta da Areia, do recinto da antiga Fortaleza e Santo Antonio. Este farol indica a entrada do porto de S. Luiz, apresentando luz fixa, branca e vermelha. Fica na latitude de 2º30'20" S e longitude de 1º7'30" O do meridiano do Rio de Janeiro. Seguem-se o de S. João, de Itacolomin, de Sant'Ana, de S. Marcos e de Alcântara.

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A baía de São Luiz
Foto publicada com o texto, página 1.022. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

História

A descoberta do território hoje conhecido por Maranhão é devida ao espanhol Vicente Pinzon. Em 1534, deu o governo português a João de Barros e Fernando Alvares e Andrade toda a costa e as regiões do interior, que hoje compreendem os estados do Rio Grande do Norte, Ceará, Piauí e Maranhão, para serem administradas como duas capitanias.

Uma expedição, com cerca de 1.000 colonos, partiu de Portugal, para tomar posse destas terras; mas, tendo naufragado nas costas do Maranhão, apenas uma centena daqueles homens sobreviveram. Dez anos depois, Luiz de Mello trouxe ao Brasil uma nova expedição, que também teve fim desastroso.

Conquanto Portugal tivesse sempre considerado suas as costas do Maranhão, não eram elas, entretanto, nem bem conhecidas, nem tampouco colonizadas quando, em 1594, os franceses, comandados por Jacques Riffault, de Dieppe, se estabeleceram na Ilha do Maranhão, procurando aí firmar o seu domínio. Em 1612, fundaram eles a cidade de São Luiz, assim denominada em homenagem a Luiz XIII, Rei de França.

Em 1614, foram os franceses batidos e expulsos do Maranhão, por Jeronymo de Albuquerque; e em 1621, o Maranhão, constituído pelas capitanias do Pará e Ceará, ficou definitivamente organizado. Durante o domínio holandês em Pernambuco, também o Maranhão caiu em seu poder; mais tarde, porém, foram os invasores expulsos.

Em 1733, residiam os governadores do Maranhão em Belém do Pará, e a administração foi exercida no Maranhão por capitães-gerais até 1772, quando o território maranhense foi definitivamente separado do Pará. Com a separação das coroas brasileiras e portuguesa, ficou o Maranhão constituindo uma província do Império; e em 1889, com a proclamação da República, tornou-se um dos estados autônomos, que constituem hoje a Federação Brasileira.

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Vista de Axixá
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Imigração - Riqueza do solo

Embora só empiricamente tenha sido tentada a imigração, é o Maranhão um dos estados do Brasil mais aptos para receber o estrangeiro, especialmente o inglês, o francês, o italiano, o espanhol e o português. Estado com uma população pouco disseminada, com vastíssimas terras devolutas e de notória e provada fertilidade, aí está o Maranhão a desafiar a cobiça do braço e do capital estrangeiros.

O seu clima, seco no alto sertão e doce no litoral, oferece abrigo seguro às raças mais diferentes, permitindo as sua terras todas as lavouras e indústrias.

É a mais variada possível a produção do estado do Maranhão. Mas, não só variada, rica também, restando ainda a maioria dos seus veios de incalculável riqueza, inteiramente por explorar. No seu solo existem os seguintes minerais: ouro, ferro, cobre, esmeraldas, safiras,  zinco, platina, arsênico, prata, carvão, mármore, calcário, quartzo, argila, sal, nitrato de potassa, sulfatos de sódio e de cal, clorureto de sódio, pedra-hume, águas minerais e ferruginosas etc. etc.

Todo o território do estado é farto de boas madeiras. E tão longa é a lista da sua riqueza vegetal que apenas vão aqui relacionadas as mais usuais: aroeira, pau-d'arco, baruci, maçaranduba, sapucaia, angelim, piqui, sucupira, tabajuba, cedro, louro, timbaúba, pau-santo, jatobá, angico, jacarandá, pau-brasil e urucu, além de variadíssimas plantas com diversas  propriedades industriais e de fácil aplicação. Essas madeiras podem ser empregadas com superior vantagem nas construções civis, navais e em obras de marcenaria e tinturaria. É farto também o Maranhão em produtos animais, indo a sua produção desde o cavalo, o boi, o carneiro, a cabra, até as aves domésticas e de caça.

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São Luiz e seus arredores: 1) Praça Gonçalves Dias; 2) Rua Afonso Pena; 3) Praça Odorico Mendes
Foto publicada com o texto, página 1.023. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

Vias de comunicação

Se bem que desprezadas, ainda assim são numerosas as estradas de rodagem que servem às comunicações no interior do estado. Neste particular, apenas essas importantes vias de comunicação esperam, para se tornarem verdadeiramente úteis, um pequeno auxílio do governo e um pouco de cuidado dos poderes municipais locais na conservação das estradas e caminhos.

Existe no Maranhão apenas uma estrada de ferro em efetividade de tráfego. É a que vai de Caxias a Teresina, capital do estado do Piauí. Está em adiantada construção a de S. Luiz a Caxias e em estudos a do Itapecuru, chamada de penetração. Há vários projetos de futuras vias férreas, entre os quais são dignos  de menção o da que, saindo de Caxias, vai à cidade de Carolina, passando pela Barra do Corda; e o da outra que parte também daquela cidade e se dirige a Porto Franco, no Rio Tocantins, tocando em Pedreiras e Grajaú.

Dessas estradas depende exclusivamente a prosperidade do Maranhão, que luta com a falta de meios de transportes rápidos, seguros e baratos.

A navegação fluvial é feita por duas companhias de vapores, que empregam nesse serviço um número regular de pequenos paquetes. A navegação com os estados e com a Europa e América é feita por várias companhias nacionais e estrangeiras. Em média, o movimento anual do porto de S. Luiz é de 255 vapores e 34 navios.

Todo o território do estado é ligado à capital por linhas telegráficas, e a cidade de S. Luiz tem uma estação do cabo submarino. Existe correio em todas as cidades e vilas, havendo muitas povoações que,pela sua importância agrícola, também possuem agências do correio.

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A cidade de Cururupu
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Exportação, importação, comércio

A exportação é feita por cabotagem e para portos estrangeiros. Esta tem atingido nos últimos anos uma média de Rs. 4.000:000$000, valor posto a bordo. E aquela, em média, a 12 milhões de quilogramas.

A importação, como a exportação, é também realizada por dois meios, por cabotagem e de portos estrangeiros. A importação, por cabotagem, nestes últimos dez anos, tem atingido a um máximo de 5 milhões de quilogramas; e a de portos estrangeiros sobe, em média, a Rs. 8.000:000$000, valor posto a bordo.

Fazendo, embora, a praça do Maranhão pequenos negócios, estes são em grande número e seguros. Mantendo comunicação direta com a Europa e com a América do Norte, não raro as mercadorias, fazendas, objetos de luxo, novidades da moda, chegam primeiro a S. Luiz que ao Rio de Janeiro, por exemplo, para citar apenas a capital do país.

Fazem o serviço de comunicação entre aqueles portos três importantes companhias inglesas, duas com sede em Manaus e uma em Londres.

A praça de S. Luiz é o centro comercial de mais movimento de todo o estado, servindo a todo o interior, bem como avultado número de mercados dos estados do Piauí, Pará e Goiás. Funcionam ali, com fortes capitais, três bancos; o Hipotecário, o Comercial e o do Maranhão; uma agência do Banco do Brasil e várias casas bancárias, todos com correspondência com as principais praças da América, da Europa e capitais dos estados que formam o Brasil.

Há, regulando as relações do governo com o comércio, uma Associação Comercial, a qual tem sido até aqui dirigida com ponderação e elevado critério, tendo por isso grande peso junto ao governo do estado. A cidade de S. Luiz é sede de mais de seis companhias de seguros marítimos e terrestres, servindo vantajosamente às relações comerciais da praça com as suas congêneres no interior e nos demais estados. Há igualmente uma companhia telefônica, com suas linhas estendidas por todo o perímetro urbano ou suburbano, a qual serve às relações do comércio com os consumidores da capital.

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Ruas de São Luiz: 1) Avenida Gomes de Castro; 2) Praça Odorico Mendes; 3) Avenida Maranhense; 4) Rua Portugal; 5) Praça João Lisbôa
Foto publicada com o texto, página 1.025. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

Finanças, administração, divisão judiciária

Apesar de todos os fartos recursos naturais do solo maranhense, aberto a toda e qualquer cultura, não são absolutamente prósperas as  finanças do Maranhão. O estado, por falta de uma regular e inteligente corrente migratória, tão fácil de se estabelecer e de se adaptar, luta desde longa data com intensa crise de braços para a lavoura.

Esta situação vai, porém, mudar. Com o empréstimo ultimamente realizado, para ser pago com os próprios recursos do estado, há esperanças duma mudança para melhor da atual situação econômica. Parte desse empréstimo foi destinado à construção de uma via férrea de penetração, a qual virá trazer, em futuro não muito remoto, grandes benefícios ao estado, desafogando as suas finanças.

Ainda outra parte foi empregada no estabelecimento de esgotos na capital e uma nova rede de canalização d'água potável. Todos esses serviços de caráter reprodutivo garantem, de algum modo, a futura prosperidade financeira do estado do Maranhão.

O estado é administrado por um governador eleito, por escrutínio direto, de quatro em quatro anos. Há, para a confecção das leis, um congresso, composto de trinta deputados, eleitos por três anos.

A instrução é ministrada por um Liceu, uma Escola Normal, uma Escola Modelo e vários grupos escolares: o Liceu e a Escola Normal destinados ao ensino preparatório, as demais ao ensino primário. Além desses institutos de ensino há, espalhadas por todo o território do estado, avultado número de escolas públicas para a instrução primária.

Para a repressão da criminalidade e manutenção da ordem, há um corpo de polícia com sede na capital e destacamentos nas cidades e vilas do interior. O serviço de policiamento é dirigido por um chefe de polícia, bacharel em Direito, auxiliado por delegados e sub-delegados.

O estado se divide em 24 comarcas de 1ª, 2ª e 3ª entrância, compreendendo 49 termos, incluindo os das sedes das respectivas comarcas. Há um Supremo Tribunal de Justiça, para onde há sempre recurso das sentenças dos juízes locais.

O Maranhão goza da fama tradicional de ser um dos estados mais intelectuais do Brasil. O seu  movimento literário, por exemplo, em todos os tempos se tem feito notar e apreciar. Entre os mais notáveis nomes das letras brasileiras, contam-se os dos maranhenses Odorico Mendes, Sotero dos Reis, João Lisboa, Gonçalves Dias, Gomes de Souza, Candido Mendes, Raymundo Corrêa, Teixeira Mendes, Aluizio e Arthur Azevedo, Coelho Netto, Graça Aranha e outros. Além de diversas outras instituições literárias, há no estado uma Academia de Letras.

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Edifícios públicos em São Luiz: 1) A catedral; 2) Parte do Palácio do Governo; 3) Quartel Federal; 4) Intendência Municipal; 5) Palácio Episcopal
Foto publicada com o texto, página 1.026. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

A capital

S. Luiz do Maranhão, ou simplesmente S. Luiz, cidade fundada em 1612 pelos franceses La Ravardière e Jacques Riffault, é a capital do estado. Está situada na Ilha de S. Luiz, assim denominada por aqueles descobridores em honra ao rei de França, a qual é banhada pelas baías de S. Marcos e S. José, ficando separada do continente por um pequeno canal, chamado o Estreito do Mosquito.

A cidade conta cerca de 50.000 habitantes e, pela sua vida, como pelos seus monumentos e aspecto geral, é sem dúvida uma das mais interessantes do Norte do Brasil.

A cidade está edificada em uma colina de terreno acidentado e o seu aspecto é muito pitoresco. Dois rios refrescam o ambiente, cortando quase em círculo a parte mais habitada da ilha e lançando-se depois em pequenos cursos na baía de S. Luiz, formada pelas suas águas e pelo braço de mar que vem do Atlântico. Circunda toda a cidade um extenso cais, chamado da Sagração, de belíssima perspectiva.

A cidade moderna, com excelentes ruas, limpas, bem calçadas e praças ajardinadas, possui bons edifícios públicos e sólida construção particular. Esta circunstância fez a um ilustre viajante e notável geógrafo dizer que a cidade de S. Luiz era a cidade dos pequenos palácios, tal a imponência de muitas das suas casas particulares.

Entre os mais notáveis edifícios, uns como construção, outros como conforto e elegância, convém destacar os seguintes: a Catedral, a igreja e convento do Carmo, o templo de Santo Antonio, com seu Seminário anexo; a igreja de S. Pantaleão, que tem, numa das suas dependências, instalada convenientemente, a Casa dos Expostos; o Palácio do Governo e o da Intendência Municipal; o Teatro S. Luiz, o Tesouro Público do Estado, a Escola 11 de Agosto, em cuja sala principal funciona o Congresso; o Quartel Federal, os hospitais da Santa Casa de Misericórdia, Militar e Português; o Liceu Maranhense, a Escola Normal, o Recolhimento, o Palácio Episcopal, o Centro Caixeiral e os palacetes Prado, Moreira, Jorge e outros.

Nos seus subúrbios há excelentes vivendas de verão, de moderna edificação e com vastas chácaras plantadas de árvores frutíferas. As suas praças principais, que são ajardinadas pelo sistema inglês, denominam-se do Palácio, do Carmo, Benedicto Leite, Gonçalves Dias, Deodoro, Odorico Mendes, João Lisboa, da Justiça, Gomes de Castro e Silva Maia.

Na Praça Gonçalves Dias está a estátua, em mármore, do poeta desse nome, o maior lírico do Brasil, o vulto mais eminente da Escola Indianista, o poeta nacional por excelência, como o apelidam todos os tratados históricos que se ocupam das letras brasileiras.

Há na Praça Odorico Mendes uma herma feita pelo escultor Rodolpho Bernardelli, representando o grande tradutor de Homero e Virgilio, o patriarca das letras maranhenses, Manoel Odorico Mendes. E brevemente se erguerão mais em S. Luiz as estátuas de João Lisboa, o eminente historiador, e a do político senador Benedicto Leite.

A cidade tem boa água potável, perfeitamente canalizada; excelente iluminação a gás carbono e ruas bem calçadas e limpas, percorridas por várias linhas de bondes. Dentro em breve, a atual iluminação a gás passará a ser elétrica, assim como se introduzirá a eletricidade para tração dos bondes. A limpeza pública em S. Luiz é cuidada com desvelo pela Municipalidade, a cujo cargo estão também os serviços de mercado, matadouro e cemitério.

Entre as ruas e avenidas da cidade, merece especial menção a Avenida Maranhense, larga, bem calçada e provida de esplêndida arborização, que constitui o orgulho de todos os maranhenses. Na Praça Sotero dos Reis, foi ultimamente construído um moderno mercado, que abastece a cidade de carne verde, de peixe fresco e legumes.

A indústria fabril em S. Luiz tem tido grande desenvolvimento, atestando o seu progresso numerosas fábricas de tecidos, que fazem desde o pano grosseiro à fina casimira; diversas fábricas de pilar arroz, outras de fazer sabão, uma de pregos, outra de chumbos esféricos para armas de caça e pequenas outras, explorando outros ramos industriais.

A mais importante, porém, das indústrias maranhenses, é a de tecidos de algodão, representada em S. Luiz, além de outras, pela Companhia Fabril Maranhense, que trabalha com 700 teares, nas duas fábricas de suas propriedade.

Possui S. Luiz duas companhias de navegação a vapor, que fazem a comunicação com o interior do estado, devendo brevemente estar ligada por duas vias férreas que vão a Caxias e ao Itapecuru. A instrução, pública e particular, está muito adiantada, havendo nessa cidade vários jardins-da-infância e escolas-modelo. As 22 escolas públicas, que conta a cidade, foram freqüentadas, durante o ano de 1911, por uma média diária de 897 alunos, havendo, matriculados, 1.571.

Entre os institutos de caridade e educação, contam-se a Escola Popular Onze de Agosto, o Liceu Maranhense, a Casa da Misericórdia, o Asilo de Meninas Desvalidas, a Escola Modelo etc. Contam-se em S. Luiz 10 ou 12 tipografias, algumas oficinas de encadernação. Há quatro jornais diários de grande formato e bem informados: o Diario Official, a Pacotilha, o Diario do Maranhão e o Correio da Tarde; alguns hebdomadários e duas publicações anuais.

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Cunha Santos & Cia.
Foto publicada com o texto, página 1.027. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

A cidade é administrada por um intendente e por uma câmara, eleitos diretamente pelo povo, sendo esta o órgão legislativo e aquele o executivo. É sede do município e da comarca da capital. As rendas do município se elevaram, em 1911, a 586:177$301. O seu atual intendente é o coronel Mariano Martins Lisbôa.

As outras cidades principais do estado são: Caxias, à margem direita do Rio Itapecuru, com 10.000 habitantes; Alcântara, na Baía de S. Marcos, com 3.000 habitantes; Itapecuru-Mirim; Codó, com importantes fábricas de tecidos e larga plantação de tabaco, tendo 6.000 habitantes; Picos, Viana, Barra do Corda; Grajaú, com 5.000 habitantes, possível de grande desenvolvimento desde que lhe sejam facultados fáceis meios de transporte para as suas produções agrícolas e de indústrias locais; Turi-Açu, Brejo; Carolina, situada à margem direita do Tocantins, cidade de grande futuro industrial e comercial.

As vilas mais importantes são: Poço do Gumiar, Rosário, Coroatá, Mirador, Icatu, Miritiba, Barreirinhas, Vargem Grande, Chapadinha, S. José dos Matões; Pastos Bons, de grande fertilidade para toda e qualquer plantação; Tutóia, Cajapio, |S. Vicente Ferrer; S. Bento, onde há excelente e abundante leite e onde floresce uma adiantada indústria de queijo, com 8.000 habitantes; Anajatuba, Pedreiras, Vitória do Baixo Mearim, Guimarães, Cururupu, Imperatriz e outras.

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Cia. Rio Anil e Jorge & Santos: 1) Seção de fiação; 2) Seção de tecelagem; 3) Edifício da companhia; 4) Fábrica de algodão do Rio Anil
Foto publicada com o texto, página 1.028. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil - A Companhia de Fiação e Tecidos do Rio Anil foi oficialmente constituída no ano de 1890, sendo sua primeira diretoria composta dos srs. Henry Airlie, Jeronimo José Tavares Sobrinho, Manoel José Francisco Jorge, Antonio Cardoso Pereira, Francisco Xavier de Carvalho e dr. José Francisco de Viveiros.

A companhia, cujo capital é de Rs. 1.596:000$000, possui vastos terrenos onde se encontra o edifício da fábrica, que ocupa uma área de 9.991 metros quadrados, bem como as casas para acomodações do gerente, mestres e operários.

A fábrica produz fio e morins de ótima qualidade; tem 400 teares dos fabricantes Henry Livesey Ltd. e emprega cerca de 600 operários. A máquina motora é fabricada por John Musgrave Sons, e de força de 500 hp; as máquinas de fiação são de Howard & Bullough. Os seus atuais administradores são os srs. Jorge & Santos, e Tavares & Cia.

Oliveira Neves & Cia. - Esta importante casa bancária, de que são sócios os srs. José Alves de Oliveira Neves e Eduardo Burnett Junior, foi fundada em 1840. A casa, que tem presentemente a gerência do sr. Eduardo Burnett Junior, faz também um largo movimento de exportação e importação. Executam os srs. Oliveira Neves & Cia. cobrança de letras sobre todas as praças do Brasil, realizam pagamentos por telegrama e fazem toda a sorte de operações bancárias.

São agentes e correspondentes dos seguintes bancos: Banque Française et Italienne pour l'Amérique du Sud, Paris; Banco Español del Rio de la Plata, Londres; Banco do Pará; Brasilianische Bank für Deutschland, Rio de Janeiro; The British Bank of South America Ltd., Londres; Banco do Recife; Banco Comercial do Rio de Janeiro; Banco Alemão Transatlântico; Banco do Ceará; London & River Plate Bank Ltd., Londres; London & Brazilian Bank Ltd., Londres; Banco Comercial de Lisboa; Commerz und Disconto Bank, Hamburgo; Dresdner Bank, Londres; Deutsche Bank, Berlim; e de numerosos outros bancos ou casas bancárias.

Os srs. Oliveira Neves & Cia. são também agentes e comissários de avaria, no Maranhão, das seguintes companhias de seguros: Lloyd Inglez, Londres; London and Provincial Marine & General Insurance Co. Ltd., Londres; Compagnie Francfortoise, Francfort-sur-Maine; Frankena, Francfort-s.-M.; L'Alliance, Berlim; La Suisse, Zurique; La Baloise, Bâle, Suíça; Agrippina, Colonia, Alemanha; Kölner Lloyd, Colonia; Comitato della Compagnia d'Assicurazioni Marittime di Genova.

Booth & Cia. - Esta firma representa em São Luiz do Maranhão a Booth Steamship Company Ltd., proprietária da conhecida linha de paquetes correios, que fazem o serviço regular entre Maranhão, Pará e Manaus e Londres, Liverpool e portos europeus, assim como para os Estados Unidos.

Presentemente, dois navios da companhia tocam mensalmente em São Luiz, um procedente dos portos europeus e o outro procedente de Nova York, sendo que a companhia pretende estabelecer um serviço mais freqüente.

O escritório da firma fica à Avenida Maranhense, 9 (Largo do Palácio), e ela se acha estabelecida no Maranhão há dez anos, como representante da Booth Line, a qual foi antes representada por agentes locais.

Além de representar esta companhia, faz também a firma avultado negócio de carvão, tendo sempre um estoque de seiscentas a setecentas toneladas de carvão. Para o serviço de sua seção marítima e para o transporte de carvão, dispõe a firma de um poderoso rebocador de alto mar, chamado Mero, e de uma lancha automóvel de tipo moderno, chamada Cação, assim como de 21 saveiros.

O gerente da firma é o sr. C. E. Clissold, que é também vice-cônsul britânico em São Luiz, cargo para que foi nomeado em 1908. Entrou para a firma Booth & Cia. em 1901 e, depois de servir nas sucursais de Nova York, Pará e Manaus, foi nomeado para o presente posto.

Carlos A. Franco de Sá - O Lloyd Brasileiro, em seu serviço de navegação costeira, toca semanalmente no porto de São Luiz, havendo assim partidas semanais, deste porto, tanto para o Norte como para o Sul da República. Desde 1911, é agente do Lloyd Brasileiro no Maranhão o sr. Carlos A. Franco de Sá, que também ocupa o elevado posto de sub-intendente de São Luiz.

Friedheim, Aguiar & Cia. - Os srs. Friedheim, Aguiar & Cia. representam, no Maranhão, várias casas nacionais e estrangeiras; são agentes e representantes da Companhia de Seguros Mannheimer. A firma é também agente da Hamburg-Amerika Linie, da Hamburg Süd-amerikanische Dampfschifffahrts Gesellschft; da Prok Co., Rio Grande do Sul e Berlim; da Nestlé & Anglo Swiss Cond. Milk; da R. Singlehurst Co., Liverpool; da Gasmotoren Fabrik Deutz, Köln; da Orenstein & Koppel, Berlim; da North British & Mercantile Insurance Co., Londres; da Ocean Marine Insurance Co., Londres; de Theodor Wille & Cia., Rio de Janeiro; de Mendes Lima & Cia., Pernambuco; Zenh Ramos & Cia., Rio de Janeiro.

Para o serviço de sua seção marítima, possui a firma seis chatas, com uma capacidade total de 1.200 toneladas, um rebocador e uma lancha a vapor. O sr. Friedheim é o vice-cônsul austríaco em São Luiz.

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Algumas vistas do estado do Maranhão: 1) Codó; 2) Icatu; 3) Porto de Caxias; 4) Barro Vermelho; 5) Monção
Foto publicada com o texto, página 1.029. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

Fernandes Pinto & Cia. Sucessores - Esta importante firma maranhense importa, em larga escala, fazendas e secos e molhados da Europa, América do Norte e diversos estados da União. Exporta também a firma cereais para o Pará e Manaus, couros, tapioca para a Europa. As suas vendas são feitas localmente e também para o interior do estado. A casa foi fundada em 1896 e são, atualmente, seus sócios os srs. José Lopes da Cunha e Manoel Vieira de Azevedo.

Cunha Santos & Cia. - A firma Cunha Santos & Cia., fundada há 45 anos, faz largo comércio de importação e exportação, recebendo da Europa e Estados Unidos da América do Norte ferragens, drogas etc. Exporta a firma couros, sementes de algodão, tapioca, cera de carnaúba para a Europa e cereais para o Pará e para Manaus.

Os srs. Cunha Santos & Cia. dispõem de vários depósitos, para as suas mercadorias, que vendem por atacado e a varejo, não só em São Luiz, como no interior do estado. São sócios da firma os srs. José Custodio da Silva Guimarães, José da Cunha Santos Guimarães, Francisco José de Castro, Alfredo Guedes de Azevedo e Francisco Xavier Ribeiro da Fonseca.

Tavares & Cia. - A firma Tavares & Cia., de que são sócios os srs. Alfredo José Tavares, Acrisio José Tavares e Antonio José Tavares, é estabelecida em São Luiz do Maranhão, à Rua de Nazareth, 38, com escritório de comissões e consignações. Recebe consignação de vapores nacionais e estrangeiros e de navios com carregamento de carvão. Encarrega-se também de todo serviço do porto, para o qual dispõe de pessoal habilitado e um número regular de embarcações de ferro e um rebocador, assim como fornece qualquer quantidade de lastro e de água às embarcações.

Jorge & Santos - A firma Jorge & Santos, fundada em 1850, ocupa lugar proeminente no comércio de exportação e importação da Praça de São Luiz. Envia para o Pará, Manaus e Sul da República, cereais, algodão e couros; a firma opera também como casa bancária.

Os srs. Jorge & Santos são agentes da Companhia Comércio e Navegação do Rio de Janeiro; da Brazil Transport Line, Antuérpia; e da Companhia de Seguros Interesse Público da Bahia; são correspondentes do Banco Aliança do Porto, do Banco da Província do Rio Grande do Sul, do Banco da Bahia, do Banco do Recife, do Banco do Ceará, do Banco do Crédito Popular do Pará e da casa bancária A. F. de Souza do Pará. São sócios da firma os srs. Manoel José Francisco Jorge, João Jorge Rodrigues da Silva e José Francisco Jorge.

Marcellino Gomes de Almeida & Cia. - Esta firma, que tem como sócios os srs. Marcellino Gomes de Almeida e Marcellino Gomes de Almeida Junior, foi fundada há 11 anos. Possui a casa um completo sortimento de louça, vidros, miudezas, chapéus-de-sol, de feltro, palha e manilha, artigos de fantasia e outros. Exportam também os srs. Marcellino Gomes de Almeida & Cia. penas, plumas, caroço de algodão, crina, couros, borracha etc.

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Tavares & Cia.
Foto publicada com o texto, página 1.030. Clique >>aqui<< ou na imagem para ampliá-la

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