"Em 1923, Dom Duarte Leopoldo e Silva,
arcebispo de São Paulo, convenceu as madres de que Santos necessitava de um colégio semelhante ao da capital. Então, a superiora de São Paulo e mais
duas Irmãs vieram especialmente ao litoral para procurar um imóvel. Fretaram um carro de aluguel, percorreram diversas residências que estavam à
venda, mas não obtiveram sucesso.
"Desanimadas, decidiram retornar a São
Paulo. O automóvel pegou o caminho da Av. Conselheiro Nébias para levá-las até a estrada de ferro. Assim que o carro entrou na avenida, uma linda
casa com sua graciosa torre chamou a atenção de uma das madres. Pediram ao motorista que parasse e decidiram conversar com os proprietários. Foram
recebidas por d. Amélia Carraresi, que ficou muito espantada com a coincidência, pois pretendia mesmo vender o imóvel, por haver perdido sua mãe há
pouco tempo.
"Faz parte da história desse encontro a
revelação de dona Amélia às madres; dias antes de elas chegarem, um de seus filhos teria tido um sonho onde Nossa Senhora lhe comunicara que aquela
casa seria DELA"
"A crescente exportação do café, o
desenvolvimento do porto e a construção da rede de canais de drenagem foram fatores determinantes para o crescimento de Santos. Estabelecimentos
bancários e comerciais, e a presença de empresas estrangeiras na Cidade, exigiam mão-de-obra mais qualificada. Nessa época, os bairros à beira-mar,
como o Boqueirão, tornam-se mais habitáveis".
Bairro do Boqueirão, por volta de 1925
Rua XV de Novembro, centro comercial e
bancário, por volta de 1930
"Madre Marie de Jésus (ao centro) veio
especialmente de Jupille (Bélgica) para inaugurar o Stella Maris. Nomeou as seis Irmãs que fariam parte da nova comunidade: madre Marie Thérèze,
superiora, junto com as outras mères Ildephonse, Dosithée, Johanna, Regina e Teresa".
"A idéia era dedicar o estabelecimento de
ensino à Mãe de Jesus e, por isso, acataram a sugestão de Madre Patrícia, dando ao colégio o nome de Stella Maris, como uma homenagem a Nossa
Senhora, a Estrela do Mar".
"A inauguração solene do colégio foi em
março de 1924. Como a língua usada pelas madres era o francês, as quatro classes formadas receberam as seguintes denominações: Amarante (4º
ano), Violette (3º ano), Rose-liserée (2º ano) e Rose (1º ano). Acima, foto da turma do 1º semestre de 1924".
"Obedecendo à filosofia da congregação -
proporcionar ensino gratuito às classes menos favorecidas -, a primeira edificação erguida no terreno do Stella Maris foi o Externato Santa Tereza.
Na foto acima, que registra a solenidade da bênção da primeira pedra, em 30 de novembro de 1926, vê-se ao fundo os chalés da Rua Oswaldo Cruz,
posteriormente substituídos por edifícios. Na imagem abaixo, da mesma cerimônia, aparecem os casarões da Avenida Conselheiro Nébias, altura do nº
772. São poucos os que ainda existem".
Fotos: acervo da Fams. Nas imagens
preto-e-branco, cor acrescentada por Novo Milênio
Texto entre aspas: informação usada
originalmente na exposição da Fams |