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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - CLIMA
Um fantasma azul na praia (19-b)

Identificada a causa da bioluminescência na praia: fitoplâncton, que também causa a chamada "maré vermelha"
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Publicado pelo portal G1/Santos, da Rede Globo de Televisão/TV Tribuna, publicou em 29 de junho de 2016:

Cetesb identificou o organismo que causa a chamada "maré vermelha"

Foto: Gisela Bello/Arquivo Pessoal, publicada com a matéria

 

Cetesb diz que mancha vermelha no litoral de SP é gerada por fitoplâncton

“Marés vermelhas” ocorrem naturalmente em várias partes do mundo.
Pela noite, é possível ver efeito bioluminescente causado por organismo.

29/06/2016 09h04 - Atualizado em 29/06/2016 09h04

Do G1 Santos

Diversos moradores de Santos, no litoral de São Paulo, observaram uma mancha vermelha no mar da cidade nesta terça-feira (28). Ao analisar a água, especialistas encontraram um organismo bioluminescente, o mesmo que o causa o fenômeno 'onda azul fluorescente', filmado por internautas na madrugada do último domingo (26).

A Companhia Ambiental Do Estado De São Paulo (CETESB) realizou uma coleta na área para detectar a causa da coloração na água. Foi encontrada uma espécie de protozoário flagelado chamada Noctiluca scintillans.

De acordo com pesquisadores da companhia, este organismo faz parte do fitoplâncton e é bioluminescente. Ele é associado a florações marinhas, conhecidas como "marés vermelhas", que ocorrem naturalmente em diversos lugares no mundo. Pela noite, com menos luz, é possível ver o efeito fluorescente.

Thiago Nascimento, biólogo do Instituto Gremar, explica que o efeito luminoso ocorre por conta do agito das ondas do mar. "Os fitoplânctons realizam esse processo biológico, que ocorre quando bilhões deles são agitados ao mesmo tempo", esclarece.

Ainda segundo a CETESB, a espécie não é considerada tóxica, mas pode causar irritações na pele de banhistas. A companhia não recomenda entrar em contato com a água durante a maré vermelha. Em alta quantidade, os organismos também podem estar associados a mortandades de peixes, por causar queda de oxigênio na água.

Efeito azul nas ondas apareceu na praia do Embaré

Foto: Thiago Lemos Flipper/Arquivo Pessoal, publicada com a matéria

A investigação prosseguiu e no dia 4 de julho de 2016 a versão digital do jornal A Tribuna registrou:

Técnico da agência ambiental recolhe amostras para análise

Foto: Silvio Luiz/A Tribuna, publicada com a matéria

 

Cetesb avalia mar da região para encontrar vestígios de possível alga tóxica

Técnicos da agência ambiental coletaram amostras da água do mar na Ponta da Praia, em Santos, e na Praia do Guaraú, em Peruíbe

DÉBORA PEDROSO   04/07/2016 - 16:15 - Atualizado em 04/07/2016 - 17:31

O fenômeno mar brilhante, ou bioluminescência, está sob investigação da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb). No domingo (3), técnicos da agência ambiental coletaram amostras da água do mar na Ponta da Praia, em Santos, e na Praia do Guaraú, em Peruíbe. O resultado deve sair no meio desta semana.

A Cetesb quer saber se junto com a Noctiluca scintillans, microalga que causa a bioluminescência, há a presença de um organismo marinho tóxico – o Dinophysis acuminata –, que pode causar diarreia. A primeira investigação deu resultado negativo.

Naquela ocasião, a coleta de amostra na Ponta da Praia ocorreu no dia 27, dois dias após o relato do fenômeno ser postado em redes sociais.

No litoral norte de SP

Nas praias Martim de Sá e da Cocanha, em Caraguatatuba, a Cetesb identificou a presença da microalga tóxica Dinophysis acuminata, na quinta-feira (30). No dia anterior houve relato de moradores com intoxicação alimentar, após consumo de mexilhões. As prefeituras e o setor pesqueiro do Litoral Norte receberam um alerta.

No Sul do Brasil

Segundo a Cetesb, em praias de Santa Catarina e do Paraná, o mar brilhante ocorreu associado à microalga. Nas áreas com a presença de algas tóxicas não se recomenda, preventivamente, o consumo de moluscos como mexilhões e ostras.

Também é recomendável evitar contato direto com a água em que a presença da mancha avermelhada seja visível. Essa recomendação não chegou à Baixada Santista, porque esse organismo tóxico ainda não foi identificado em amostras da água do mar.

Mancha vermelha

Até a noite de sábado, moradores testemunharam a visão do mar brilhante nas praias de Santos. Curiosamente, durante os dias seguidos à ocorrência do fenômeno, surgiram manchas vermelhas na água do mar.

De acordo com o professor de Biologia Marinha da Universidade Santa Cecília (Unisanta), João Miragaia, esse acontecimento chama-se FAN, sigla para as palavras Florações de Algas Nocivas.

"Muitas dessas algas são tóxicas, como a Dinophysis acuminata. Esse aumento de algas favorece o crescimento do organismo que faz a bioluminescência".

O especialista faz questão de ressaltar que a informação é teórica, e a existência do Dinophysis acuminata precisa ser comprovada com análises.

Outra hipótese cerca o fenômeno do mar brilhante: a de que esteja associado ao aumento de nutrientes, como nitrato ou fosfato. De acordo com Miragaia isso ocorre quando há excesso de chuvas, que varrem organismos do solo continental para o mar, ou excesso de esgoto.

"No verão, quando há maior produção de esgoto pela presença de turistas, esse fenômeno ocorre porque o ambiente fica degradado por bactérias, que transformam nutrientes. Mas não há ainda uma explicação para o ocorrido agora", ressalta.

Mar brilhante


Algas tóxicas favorecem o crescimento do organismo que causa o mar brilhante. Entre elas, a microalga causadora de diarreia, que apesar de não ter sido identificada, continua sendo pesquisada pela Cetesb.

No dia 6 de julho de 2016, a versão digital do jornal A Tribuna publicou:

Coleta de amostras nas praias da região ocorreu no domingo

Foto: Silvio Luiz/A Tribuna, publicada com a matéria

 

Cetesb encontra microalgas tóxicas em praia de Santos, Peruíbe e São Sebastião

Substância encontrada no mar pode provocar diarreia aos banhistas e a quem consumir moluscos

DE A TRIBUNA ON-LINE   06/07/2016 - 18:10 - Atualizado em 06/07/2016 - 18:10

A Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (Cetesb) constatou a presença da microalga "Dinophysis acuminata", produtora de uma toxina que causa diarreia, na Ponta da Praia, em Santos, Guaraú, em Peruíbe, e na praia das Cigarras, em São Sebastião. A coleta das amostras ocorreu no domingo (3).

De acordo com o órgão, esse tipo de substância é encontrada em moluscos, como ostras e mexilhões, organismos marinhos que filtram a água do mar e acabam acumulando a substância em seus músculos.

No final de junho, esse mesmo microorganismo, do grupo dos chamados dinoflagelados, já havia sido encontrado nas praias de Martin de Sá e Cocanha, em Caraguatatuba.

Ainda segundo a Cetesb, os resultados das análises em laboratório foram comunicados ao Centro de Vigilância Sanitária, da Secretaria de Estado de Saúde, para que alerte as prefeituras da região, do setor de pesca e a população, da necessidade de se evitar o consumo de moluscos neste período.

A Cetesb também recomenda que se evite contato direto com a água nessas praias e onde a presença de uma mancha marrom-avermelhada seja visível.

Histórico

A primeira ocorrência da microalga tóxica foi registrada em Santa Catarina e no Paraná. Desde a semana passada, o fenômeno é registrado no litoral paulista, trazidas pelas correntes marítimas. Os técnicos da Cetesb acreditam que esta ocorrência pode se perdurar, na costa paulista, por um período de até 30 dias, quando as algas devem se deslocar para outras regiões costeiras em direção Norte ou para alto mar, dependendo das condições oceânicas.

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