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HISTÓRIAS E LENDAS DE SANTOS - Raul Soares - DL
O navio-prisão (5-J)

Clique na imagem para voltar ao índice desta sérieUma das páginas negras da história santista

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Série de matérias publicadas no jornal santista Diário do Litoral, relembrando a história do navio-prisão e provocando para que o tema seja debatido na Comissão da Verdade instituída neste ano para a apuração dos fatos relativos ao regime militar implantado no Brasil a partir de 1964. Esta mensagem de um leitor foi publicada na edição de terça-feira, 30 de outubro de 2012, página 2:

Imagem: reprodução da carta de leitor na página 2

O LEITOR DO DL FALA
Nossos sindicalistas e o navio-prisão Raul Soares

Ao longo da última semana, o Diário do Litoral nos brindou com uma série de reportagens sobre o navio-prisão Raul Soares, nos anos 60.

Na época, eu tinha 10 anos (1964). Era início da ditadura e me lembro de, muitas vezes, ter visto pais de meus amigos de infância serem tirados de suas casas à força pela Polícia. Eu via esposas desesperadas e filhos chorando por conta da prisão de um pai de família, um trabalhador, um sindicalista.

Estas reportagens foram ótimas para que não esqueçamos esta história triste da ditadura. Onde trabalhadores, sindicalistas ou estudantes não podiam lutar pelos seus direitos. Eram presos, torturados e, muitas vezes, desaparecidos.

Foi ótimo ver o depoimento de Argeu Anacleto da Silva, que foi dirigente do Sindicato dos Operários Portuários (Sintraport), e também a lembrança de Iradil Santos Melo, já falecido, que tive o prazer de conhecer em um movimento que nós, portuários, fizemos em 1996, com ida a Brasília. Conheci também Lídia Maria de Melo, sua filha, no lançamento do livro Raul Soares, Um Navio Tatuado em Nós.

Só faltou a lembrança de mais alguns companheiros do nosso sindicato, com destaque para Ângelo Oswaldo Mastelini, que era dirigente na época em que o presidente era o Manoel de Almeida.

Mastelini, que faleceu em 05 de agosto de 2009, foi por muitos anos presidente do Departamento de Aposentados do Sintraport, hoje Aposintra.

Esta série de reportagem foi muito importante para que todos conheçam a participação do médico cientista Thomas Maack, que tanto ajudou os prisioneiros do navio.

Aqui na Aposintra, já arquivamos os jornais para que os nossos aposentados atuais e futuros não esqueçam esta importante história do cais santista. As diretorias da Aposintra e do Sintraport parabenizam e agradecem ao DL e ao repórter Francisco Aloise pela excelente matéria.

Luiz Augusto de Almeida Filho

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